Laboratórios
Laboratório de Tuberculose e Outras Micobacterioses:
Pesquisador Responsável: Daniela Cristiane da Cruz Rocha
Pesquisador Responsável: Maria Luiza Lopes, Ana Roberta Fusco da Costa e Karla Valéria Batista Lima
Realiza o diagnóstico bacteriológico da tuberculose (TB) e outras micobacterioses, testes de sensibilidade antimicrobiana às drogas do esquema básico e alternativo da tuberculose, ensaios nacionais de proficiência e inquéritos nacionais de resistência do M. tuberculosis. Participa de ensaios de validação de novos testes diagnósticos para o SUS. Compõe a rede nacional de monitoramento e avaliação para o controle da tuberculose. Integra o Comitê Estadual de Controle da Tuberculose do Pará. É membro da Rede Nacional de Pesquisa em Tuberculose (Rede-TB). Desenvolve vigilância da TB e tuberculose droga-resistente nos estados do Pará e Ceará.
Laboratório de Hanseníase:
Pesquisador Responsável: Daniela Cristiane da Cruz Rocha
Pesquisadora responsável: Maria do Perpetuo Socorro Amador Silvestre e Luana Nepomuceno Gondim Costa Lima
Auxilia no diagnóstico da hanseníase através de técnicas de biologia molecular, baciloscopia, pesquisa de anticorpos IgM, IgA e IgG dirigidos contra PGL-1 de Mycobacterium leprae pelo método de enzimaimunoensaio com antígenos semi-sintéticos análogos ao PGL-1 trissacarídeo (NT-P-BSA) e dissacarídeo (ND-O-BSA) e pesquisa de anticorpos IgM contra PGL-1 (trissacarídeo) pelo método imunocromatográfico de leitura rápida Ml Flow. Através da biologia molecular realiza pesquisas de susceptibilidade genética humana à hanseníase; avaliação de amostras de água utilizadas por Ribeirinhos para detecção de M. leprae; monitoramento de pacientes em intervalos de 6 meses para avaliação da quimioterapia e mapeamento da transmissão ativa do M. leprae em municípios endêmicos no estado do Pará.
Laboratório de Leptospirose e outras zoonoses bacterianas
Pesquisador Responsável: Maria Luiza Lopes e Cintya de Oliveira Souza
O Laboratório de Leptospirose e outras Zoonoses Bacterianas desenvolve atividades como diagnóstico sorológico, ensaios de alta complexidade como manutenção de painel de cepas, cultivo e isolamento de Leptospiras. Também realiza teste confirmatório para leptospirose por meio da técnica de soroaglutinação microscópica (MAT) dando assim suporte aos Laboratórios Centrais de Saúde Pública da Região Norte na confirmação diagnóstica da Leptospirose humana e animal. O diagnóstico molecular é ofertado como apoio à vigilância epidemiológica na elucidação de casos de leptospirose e o resultado desta ação foi o primeiro registro de Leptospira santarosai na Amazônia Brasileira. Para outras zoonoses bacterianas, o laboratório desenvolve pesquisa sorológica da Doença de Lyme por meio de kits comerciais e atualmente está em fase de planejamento e implantação de técnicas sorológicas (ELISA in house e Western Blotting) para confirmação da Doença de Lyme e do diagnóstico molecular para outras zoonoses bacterianas transmitidas por carrapatos (Borrelia, Bartonella, Coxiella, Erlichia e Anaplasma) fortalecendo o conhecimento dessas zoonoses silenciosas e sua distribuição na região Norte.
Laboratório de Enteroinfecções Bacterianas I:
Pesquisador Responsável: Daniela Cristiane da Cruz Rocha
O Laboratório de Enteroinfecções Bacterianas (LabEntero) atua como Laboratório de Referência regional (Cólera e outras Enteroinfecções Bacterianas-com destaque a febre tifoide) do Ministério da Saúde (IEC/SVS/MS) realizando o isolamento e diagnóstico laboratorial de enteropatógenos bacterianos de origem humana, animal e alimentar pertencentes às famílias Enterobacteriaceae, Vibrionaceae e Aeromonadaceae. Para avaliação das características fenotípicas e genotípicas, utiliza métodos clássicos e marcadores moleculares na caracterização de fatores de virulência e genes de resistência, e avaliação das variantes circulantes, além de promover o monitoramento e o estudo dos mecanismos de resistência aos antimicrobianos de última geração. O LabEntero desenvolve pesquisas e atividades de Vigilância em Saúde particularmente na região Amazônica na elucidação de surtos, em conjunto com diferentes Instituições Públicas, analise de produção de alimentos a exemplo no monitoramento da qualidade higiênico-sanitária de ostras e mexilhões produzidos na região, avaliação permanente dos reservatórias animais silvestres e no diagnóstico molecular da febre tifoide e colibaciloses por E. coli diarreiogênicas e bactérias multirresistentes. Tendo como inovação a participação com outras instituições na identificação, caracterização e avaliação do potencial de compostos bioativos, extraídos de fungos e bactérias endofíticas, como lipopeptídeos de interesse por suas atividades antifúngica, antibiótica e surfactante entre outras.
Laboratório de Enteroinfecções Bacterianas II:
Pesquisador Responsável: Cintya de Oliveira Souza e Marcia de Nazaré Miranda Bahia
O Laboratório de Enteroinfecções Bacterianas II desenvolve projetos para a vigilância da resistência aos antimicrobianos de última geração (carbapenêmicos) em bactérias Gram negativas isoladas de alimentos, animais e áreas ambientais como ecossistemas naturais e rurais. Esta pesquisa contempla a identificação de bactérias multirresistentes, a detecção dos mecanismos moleculares da resistência e seu contexto na saúde única (One health). Além disso, desenvolve parcerias para avaliar o potencial de compostos bioativos da flora regional contra bactérias envolvidas em processos infecciosos e bactérias multirresistentes.
Como complementação ao diagnóstico etiológico das doenças diarreicas, o laboratório investiga as principais espécies envolvidas na campilobacteriose humana (Campylobacter jejuni, C. coli e C. lari). Sabe-se que após a infecção por Campylobacter algumas manifestações clínicas podem ocorrer, entre elas, a diarréia e um distúrbio imunológico pós-infeccioso conhecido como Síndrome de Guillain-Barré (SGB). A ausência de uma notificação specífica para Campylobacter contribue para o desconhecimento da frequência deste patógeno, do seu potencial de virulência, resistência aos antimicrobianos e sua relação com a SGB em nosso contexto.
Assim, o LBENT-II atua no diagnóstico microbiológico, sorológico e
molecular das espécies de Campylobacter de processos entéricos humanos e investiga
sua relação com a síndrome pós-infecciosa de Guillain-Barré.
Laboratório de Infecções Sexualmente Transmissíveis de Origem Bacteriana e Tracoma - LBIST:
Pesquisador Responsável: Joana da Felicidade Ribeiro Favacho
O laboratório de IST/Tracoma contribui para o diagnóstico laboratorial, tratamento e controle das IST e Tracoma. Tem realizado vigilância e pesquisas com Chlamydia trachomatis e Treponema pallidum, envolvendo estudos para avaliar a acurácia de testes rápidos para o diagnóstico simultâneo da infecção por sífilis e HIV em gestantes, HSH e TS atendidas na rede de atenção à saúde do município de Belém estado do Pará, utiliza plataformas de diagnóstico simultâneo com níveis aceitáveis de desempenho que podem melhorar o acesso a testes e a detecção e tratamento oportunos de HIV e sífilis em todos os serviços de saúde, o LBIST foca o seu objetivo no principal benefício individual e a detecção o mais precocemente possível de sífilis.
O tracoma está no rol das doenças tropicais negligenciadas da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), e a Seção de Bacteriologia e Micologia participa da parceria técnica entre o Ministério da Saúde e a OPAS para a promoção e execução do protocolo Multiplex, com objetivo de fornecer evidências e demonstrar valor agregado desta plataforma de vigilância em diferentes cenários epidemiológicos, visando disponibilizar ferramentas complementares que tornem a vigilância epidemiológica eficiente, objetiva e dinâmica.
O LBIST será o centro focal para o recebimento de transferência de tecnologia, com capacidade instalada para o desenvolvimento da metodologia de vigilância sorológica integrada de doenças transmissíveis para implantação no Brasil da Plataforma Multiplex, mediante ensaio de Micro-esferas Multiplex na Região Norte. Também o LBIST participou de exitosa contribuição no desenvolvimento do teste molecular para o diagnóstico do tracoma, para a saúde pública do Brasil, denominado KIT Nat Tracoma do Instituto de Biologia Molecular do Paraná, o qual obteve recente registro na Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Participa das estratégias para a eliminação do tracoma como problema de saúde pública em comissões nacional e estadual por meio da participação no Plano Nacional Integrado de Doenças em Eliminação e mantém acordos de Cooperação Técnica- Científica firmada entre Instituto Evandro Chagas e Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (DOU Nº 201 de 16/10/2019), e Acordo de Cooperação Técnica entre o Instituto Evandro Chagas (IEC), Universidade Federal do Ceará (UFC) e Secretaria de Saúde do Estado do Ceará (SESA-CE).
Laboratório de Infecções por Patógenos Especiais (LabPate) Pesquisador Responsável:
Danielle Murici Brasiliense e Ana Judith Pires Garcia Quaresma
O LabPate atua em pesquisa, vigilância e formação de recursos humanos em diversos campos da bacteriologia, em especial no estudo de patógenos multidroga resistentes (MDR), envolvidos em processos de infecções associadas aos serviços de saúde, assim como no diagnóstico de meningites bacterianas, coqueluche, difteria, diagnóstico laboratorial da febre tifóide em hemocultura e apoio diagnóstico na realização de culturas e antibiograma de materiais clínicos diversos para atender a demanda da comunidade externa e interna.
O LabPate atua como centro colaborador da Rede de Resistência Microbiana Hospitalar (Rede RM), da Secretaria de Vigilância em Saúde, recebendo isolados bacterianos de diversos hospitais da região Amazônica para investigação dos mecanismos de resistência a medicamentos antimicrobianos, além de monitorar a emergência e disseminação de bactérias multidroga resistentes. Esse serviço é fundamental para conhecer o perfil de bactérias MDR circulantes na região, fornecendo informações que irão auxiliar na implementação de medidas para controle de infecção por bactérias MDR nos serviços de saúde.
Realiza técnicas microbiológica e molecular aplicadas ao diagnóstico das meningites bacterianas causadas por S. pneumoniae, Neisseria meningitidis e H. influenzae. Apoia e desenvolve estudos de caracterização fenotípica e genotípica dos principais mecanismos de resistência bacteriana bem como estudos no âmbito da vigilância laboratorial da multirresistência bacteriana comunitária e hospitalar em diferentes microrganismos.
Laboratório de Micoses Superficiais e Sistêmicas:
Pesquisador Responsável: Silvia Helena Marques da Silva
Atende a pacientes encaminhados pela rede pública de serviço, realizando o diagnóstico de infecções fúngicas, nas suas mais variadas formas (micoses superficiais até as micoses sistêmicas). Presta auxílio diagnóstico a outros laboratórios e hospitais do estado do Pará e fora do estado, tais como Acre, Macapá, Teresina, Rondônia e Roraima, oferecendo principalmente o diagnóstico sorológico para infecções fúngicas sistêmicas (paracoccidioidomicose, histoplasmose, aspergilose). O laboratório de micologia é o único na região Norte, Nordeste e Centro-Oeste a produzir antígenos para o diagnóstico das infecções fúngicas sistêmicas. Desenvolve parcerias para avaliar o potencial de compostos bioativos da flora regional sobre microrganismos fúngicos de interesse em micologia médica, e assim aproveitar o conhecimento da cultura popular amazônica.
Busca a implantação do teste de sensibilidade para leveduras patogênicas. Outras linhas foram recentemente propostas, tais como: a busca epidemiológica, no ambiente, de microrganismos causadores de infecção fúngica sistêmica (Cryptococcus, Histoplasma capsulatum e Paracoccidioides).
Plataforma Multiusuário de Biologia Molecular:
Responsabilidade: Todos os pesquisadores e tecnologistas da SABMI
Realiza ensaios moleculares para elucidação diagnóstica, vigilância laboratorial e pesquisa de agravos de origem bacteriana. Dentre as principais atividades estão:
- (i) o diagnóstico molecular da tuberculose, hanseníase, leptospirose, meningites bacterianas, brucelose e sepses bacterianas;
- (ii) classificação taxonômica de micobactérias não tuberculosas (MNT); (iii) genotipagem de cepas do complexo M. tuberculosis e MNT;
- (iv) detecção molecular de resistência aos tuberculostáticos;
- (v) identificação de espécies de Leptospira e;
- (vi) detecção de Bordetella sp., Yersinia sp., Chlamydia sp., Clostridium sp., Borrelia sp. e Ricketsia sp. Como desafios a BioMol pretende ampliar as pesquisas com outras doenças bacterianas de notificação compulsória, serviços diagnósticos baseado em novas tecnologias, estudos relacionados a usceptibilidade genética às micobacterioses e pesquisas ambientais de leptospiras e micobactérias.