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Pesquisadores do Instituto Evandro Chagas Participam de Audiência Pública Sobre a Doença de Haff
Na manhã do dia 22 de setembro (quarta-feira), os pesquisadores da Seção do Meio Ambiente do Instituto Evandro Chagas (IEC), Marcelo Lima, Vanessa Tavares e Marcos Mota estiveram presente na audiência pública organizada pela Assembleia Legislativa do Pará (ALEPA), presidida pelo Deputado Estadual Orlando Lobato, com objetivo de discutir as Incidências e Origens da Síndrome de Haff no Pará, também conhecida como doença da urina preta.
Durante a audiência que também contou com técnicos da Secretaria de Saúde Pública do Pará (SESPA), Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), além de trabalhadores da área de pesca e aquicultura, o IEC destacou a sua preocupação para dar respostas céleres em relação à elucidação dos casos.
“Fizemos no dia 15 mesmo uma reunião, selecionamos vários especialistas, cada um na sua área, e dividimos os pesquisadores em área ambiental, com experiência em água, microoganismos, sedimentos, peixes; e a outra com especialistas na parte humana. E nesse sentido o Instituto Evandro Chagas, disponibilizou nesse primeiro momento toda a sua infraestrutura das suas seções científicas” destaca o pesquisador Marcos Mota.
Além da Doença de Haff, o Marcos Mota chama atenção para a necessidade de continuar tendo atenção para outros agravos, que cursam com sintomas semelhantes, e que as seções cientificas do IEC estão de prontidão para receber os materiais, a fim de realizar o diagnóstico diferencial e ressalta que a celeridade do IEC já tem contribuído no trabalho.
“Ontem (21/09), a SESPA identificou um caso suspeito da Doença de Haff em Belém, e a amostra foi encaminhada ao Instituto Evandro Chagas, e no final da tarde conseguimos chegar ao diagnóstico, e não era Doença de Haff, era um quadro de leptospirose”.
CUIDADO COM AS FAKENEWS: Como a doença de Haff não possui um agente identificador, tem ocorrido muitas especulações. Porém já existem alguns parâmetros científicos que ampare os pesquisadores e Marcos Mota pede para que a população fique alerta às informações confiáveis.
“Nós estamos no momento de investigação, e com isso, infelizmente leva algumas pessoas a levantar hipóteses com fundamentação inconsistente e nós devemos ter as informações corretas”.
Entre as diligências finais definidas pela ALEPA está na ocorrência de campanhas educativas em relação ao consumo de peixes, de combate a fake news e também de orientação aos produtores e trabalhadores ligados a cadeia de pesca.