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Instituto Evandro Chagas inaugura Laboratório de Resistência Bacteriana na Amazônia
O Instituto Evandro Chagas (IEC/SVSA/MS), por meio da Seção de Bacteriologia e Micologia (SEBAC), inaugurou, nesta segunda-feira, 22, o Laboratório de Resistência Bacteriana – LBREBAC, coordenado pela pesquisadora Danielle Murici Brasiliense. O LBREBAC tem como missão apoiar o controle e a vigilância da disseminação de bactérias multidroga resistentes na região Amazônica, assim como pesquisar novas alternativas para o tratamento dessas infecções. As bactérias multidroga resistentes são microorganismos que não apresentam sensibilidade a diferentes classes de antimicrobianos testados em exames microbiológicos, são as chamadas superbactérias, que não respondem ao tratamento com antibióticos. A inauguração contou com a presença do diretor em exercício do IEC, Bruno Carneiro, da assessora técnico-científica da direção, Giselle Rachid, da chefe em exercício da SEBAC, Silvia Marques, e de parte da equipe da SEBAC.
Segundo Danielle Murici, o laboratório irá atuar de forma estratégica em uma área que é considerada prioritária pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é justamente a da resistência aos antibióticos. “A nossa região carece de dados epidemiológicos nessa área, por isso é importante a contribuição do novo laboratório para o controle e monitoramento da disseminação dessas bactérias em serviços de saúde e no meio ambiente”, afirma a pesquisadora.
A equipe do LBREBAC conta com quatro servidores, sendo uma pesquisadora e três assistentes técnicos de gestão em pesquisa e investigação biomédica, além de uma bolsista Fiotec e alunos de iniciação científica e de mestrado.
Superbactéria
Nos últimos anos, OMS tem alertado para altos níveis de resistência em bactérias que causam infecção generalizada e para o aumento da resistência a tratamentos de várias bactérias que causam infecções comuns entre a população. Neste sentido, a resistência de microrganismos aos antibióticos tem sido considerada uma das 10 maiores ameaças à saúde global. O problema está associado diretamente ao uso excessivo e incorreto dos antibióticos disponíveis. O aumento no número de bactérias resistentes aos medicamentos, chamadas popularmente de superbactérias, coloca em risco a saúde de humanos e de animais em todo o mundo.
Atuação da SEBAC
A SEBAC atua desde 2017 em atividades de pesquisa e vigilância voltadas para a área de resistência antimicrobiana, apoiando a Rede Nacional de Vigilância em Resistência Antimicrobiana como centro colaborador do Ministério da Saúde, além de participar de projetos de pesquisa nesta área, em colaboração com instituições nacionais e internacionais.
Na vigilância, a SEBAC realiza, desde 2018, a pesquisa de genes de resistência em bactérias de pacientes internados em hospitais da nossa região, fornecendo aos serviços de saúde informações relevantes para o controle das infecções causadas por esses microrganismos. Além disso, outras metodologias de análise são utilizadas em projetos de pesquisa, como genotipagem e sequenciamento de genoma completo, para melhor compreensão do perfil dessas bactérias na região Amazônica, buscando soluções para o enfrentamento deste grande desafio.
RESUMO
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Inauguração do LBREBAC: O Instituto Evandro Chagas (IEC) inaugurou o Laboratório de Resistência Bacteriana (LBREBAC), coordenado por Danielle Murici Brasiliense, para apoiar o controle e vigilância de bactérias multidroga resistentes na Amazônia.
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Objetivos e Importância: O LBREBAC busca fornecer dados epidemiológicos, monitorar a disseminação de superbactérias e pesquisar novas alternativas de tratamento, abordando uma prioridade da OMS sobre a resistência aos antibióticos.
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Atuação da SEBAC: Desde 2017, a SEBAC realiza pesquisas e vigilância da resistência antimicrobiana, colaborando com a Rede Nacional de Vigilância e utilizando métodos avançados como genotipagem e sequenciamento genômico.
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