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Visita
IEC recebe visita de turma 2024/2025 do Instituto Rio Branco
Os desafios na área da saúde na região amazônica, cooperação internacional e os impactos da poluição ambiental sobre a saúde pública. Esses foram alguns dos assuntos abordados durante a visita de diplomatas em formação do Instituto Rio Branco (IRBr), do Ministério das Relações Exteriores, ao Instituto Evandro Chagas (IEC/SVSA/MS), ocorrida na sexta-feira (10). A visita fez parte de uma viagem de estudos da turma 2024-2025 do Curso de Formação de Diplomatas (CFD) à região amazônica. O objetivo foi contribuir para a formação dos novos diplomatas e proporcionar uma experiência de importância política, considerando a recondução dos temas de mudança do clima, transição energética e meio ambiente ao centro da política externa brasileira.
Fizeram parte da comitiva 61 alunos em etapa inicial da carreira, todos Terceiros-Secretários, sendo: 53 brasileiros e 8 estrangeiros oriundos de Angola, Cabo Verde, Equador, Guiné Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, São Tomé e Principe e Peru. Tendo à frente o Ministro Paulo Cypriano, Coordenador Geral de Ensino do IRBr, eles receberam as boas-vindas da diretora do IEC, Lívia Carício, e conheceram um pouco sobre a atuação do Instituto por meio de palestras realizadas no auditório do Centro Nacional de Primatas (CENP). O grupo também visitou as áreas laboratoriais das Seções de Arbovirologia, Meio Ambiente e Virologia do IEC.
DIPLOMACIA EM SAÚDE
Segundo o Ministro Paulo Cypriano, a Coordenação de Ensino do IRBr fez questão de incluir o Instituto Evandro Chagas no roteiro da viagem, considerando que as emergências climáticas, que estão diretamente relacionadas às questões de saúde, têm estado no centro das preocupações atuais, inclusive da diplomacia brasileira. Além disso, a pandemia de Covid-19 e o período pós-pandemia trouxeram as questões de saúde para um lugar privilegiado dentro do Itamaraty. “O Itamarty está empenhado na negociação do novo tratado sobre pandemias e nós também vimos, durante a pandemia, a dificuldade da comunidade internacional de tratar o tema com o mínimo de governança, a fim de evitar consequências mais graves para vários países em desenvolvimento e países mais vulneráveis. Então essa vai ser uma das vertentes que os novos diplomatas irão se ocupar, a questão da diplomacia em saúde”, adiantou. Para ele, a experiência no IEC e na Amazônia foi extremamente enriquecedora para os futuros diplomatas, visto que do total de 61 alunos, 44 não conheciam a Região.
“Para nós, é uma alegria muito grande recebê-los aqui, portanto, sintam-se à vontade para vir ao Instituto Evandro Chagas sempre que puderem. Nós recebemos vários visitantes e é interessante ouvir as pessoas relatarem que não imaginavam que existia uma instituição desse porte, que desenvolvia pesquisa e que estava à disposição da saúde pública no estado do Pará e na região amazônica. Para mim é sempre prazeroso mostrar o trabalho que é feito e também estimular a minha equipe para que a gente consiga fazer cada vez mais e melhor”, afirmou a diretora do IEC.
AZULEJO ATHOS BULCÃO
Gustavo Baquião Rocha, representando os demais alunos do grupo, agradeceu à direção do IEC pela acolhida. “Sabemos que o tema da saúde nas relações exteriores e na diplomacia brasileira sempre teve uma centralidade muito grande, seja no licenciamento compulsório de vacinas, seja no enfrentamento de pandemias, seja na atuação do meio ambiente integrado, em especial no contexto de COP-30” afirmou. “Então ter essa experiência prática nesse lugar maravilhoso, ver que o Estado Brasileiro e o Instituto Evandro Chagas fazem pesquisa de ponta, de qualidade e que deixa o Brasil na vanguarda da pesquisa internacional é muito gratificante para nós e nos dá um ânimo para defender, com ainda mais vigor, o nosso país, que tem essa grandeza incrível e incomensurável”, finalizou.
Como demonstração de agradecimento, a turma presenteou a direção do IEC com o azulejo Athos Bulcão, símbolo do Instituto Rio Branco e da capital federal, Brasília.
PALESTRAS
Além de Lívia Carício, que falou sobre o tema “Visão panorâmica institucional e panorama sobre os desafios na área de saúde da Região Amazônica”; também ministraram palestra como parte da programação da visita, a assessora técnica especializada da Direção, Giselle Rachid, que falou sobre “Pesquisa em Saúde e Medicina Tropical Brasileira e a Cooperação Internacional”; o diretor substituto do IEC e chefe da Seção de Meio Ambiente, Bruno Carneiro, que falou sobre “Impactos da poluição ambiental sobre a saúde pública”; e a chefe da Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas, Lívia Casseb, que falou sobre o tema “Desvendando os segredos da Amazônia: a influência das atividades humanas na propagação e urbanização de patógenos selvagens”.
SOBRE O INSTITUTO RIO BRANCO (IRBR)
O Instituto Rio Branco foi criado em 1945, na esteira das comemorações do centenário de nascimento do Barão do Rio Branco, patrono da diplomacia brasileira. Inicialmente instituído com a dupla finalidade de tratar da formação e aperfeiçoamento dos funcionários do Ministério das Relações Exteriores e de constituir um núcleo de estudos sobre diplomacia e relações internacionais, o Instituto tornou-se, ao longo de seus quase 80 anos de existência, referência internacional como academia diplomática.