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IEC realiza workshop sobre Cyberbioproteção no contexto de instituições biomédicas e de pesquisa
Nos dias 21 e 22 de junho, servidores e colaboradores do Instituto Evandro Chagas (IEC), bem como convidados de instituições parceiras, participaram do Workshop “Cyberbioproteção no Contexto das Instituições Biomédicas e de Pesquisa: treinando a equipe”. O evento teve como objetivo sensibilizar os participantes sobre a importância do papel de cada um no apoio à segurança cibernética proativa, ajudando a proteger materiais biológicos valiosos, informações relacionadas, laboratórios e equipamentos laboratoriais, como uma estratégia de antecipação à ocorrência de possíveis ataques à instituição no futuro.
Fernando Molento, assessor técnico especializado do Serviço de Gestão Técnica e Administrativa (SEGAD) e um dos facilitadores do workshop, explicou que a iniciativa é resultado de um treinamento recebido por ele e pelos servidores do IEC, Cássia Kahwage e André Chagas, durante o evento “Cyberprotection for Biomedical Institutions: Train-The-Trainers”, que foi realizado em Brasília, em dezembro de 2022, e promovido pela Sociedade Brasileira de Biossegurança (SB3), com o apoio da Health Security Partners (HSP) e do Biosecurity Engagement Program (BEP), do governo dos EUA. “A gente quis trazer um pouco do que a gente conseguiu trabalhar nesse evento e trocar aqui com vocês, fazendo uma abordagem no contexto da biossegurança e dos espaços de laboratórios, equipamentos etc, para que assim a gente possa pensar estratégias e se antecipar a futuros ataques”, adiantou.
A diretora do IEC, Lívia Carício Martins, esteve presente na abertura do workshop e falou sobre a importância do tema abordado. “Estamos em um momento em que a geração de dados cresce cada vez mais, então é preciso entender que há uma fragilidade na informação gerada e por isso é necessário pensar de que forma podemos trabalhar isso. Como pesquisador, existe a questão de como que eu controlo e protejo o meu dado; enquanto isso, institucionalmente, é necessário que exista uma política para traçar estratégias a serem adotadas nesse sentido. Por exemplo, da mesma forma que a gente controla a nossa amostra biológica, a gente também tem que proteger as informações oriundas dela”, explicou.
Cássia Kahwage, assessora técnica especializada do Serviço de Recursos Logísticos, Orçamento e Finanças (SELOF) e também facilitadora do evento, destacou a relevância do curso em uma instituição de pesquisa como o IEC. “Além de colocar em risco a segurança de dados, os ataques cibernéticos podem resultar em perda de reputação, perda financeira e interrupção das operações. Portanto, é fundamental que as empresas invistam em medidas de segurança para minimizar riscos”, afirmou.
Patrícia Belo, chefe do Serviço de Gestão de Pessoas (SEGEP), afirmou que a realização do workshop atendeu a uma necessidade no Instituto. “É uma discussão importante, pois temos poucos eventos que tratam dessa informação, então parabenizo a equipe organizadora. Além disso, um dos pontos abordados foi justamente a questão do componente humano, ressaltando que ele é fundamental nesse processo de segurança. Além dos programas e da infraestrutura que deve ser preparada para segurança e biossegurança, tem o fator humano, que é justamente aquele servidor ou colaborador que tem que estar preparado e capacitado para contribuir nesse processo”, declarou.
A pesquisadora do SENAI/CIMATEC, Bruna Machado, considerou o evento inovador. “Me sinto agradecida por participar, pois são conceitos novos, como bioproteção, biossegurança e cyberbioproteção, que precisam ser disseminados para instituições de pesquisa e, principalmente, para quem trabalha com dados de saúde. A gente percebe que é um grupo interdisciplinar, com pessoas das áreas de TI, de saúde e de gestão, mas é um grupo com um conhecimento que precisa ser ainda mais disseminado em várias áreas de expertises mesmo, já pensando numa política institucional para agregar todos esses conceitos e informações”, resumiu.
Para a técnica de laboratório Elisabeth Menezes, do Laboratório Federal de Defesa Agropecuária do Pará (LFDA/PA), a temática envolvendo questões de biossegurança e bioproteção chama a atenção para a necessidade de um cuidado que todos precisam ter. “É um olhar que nem sempre a gente consegue ter, pois não se tem uma visão muito clara a respeito do tema. A gente precisa estar se aperfeiçoando, entendendo melhor o que é, e o tamanho dos problemas que podem aparecer, para poder se precaver e reagir de uma forma mais adequada caso a gente sofra um problema dessa natureza”, afirmou.