Notícias
CAPACITAÇÃO
IEC apoia iniciativa sobre vigilância da Febre do Oropoche
Um grupo de sete especialistas da Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas do Instituto Evandro Chagas (SAARB/IEC/SVSA/MS) contribuiu com a realização da “Oficina Técnica Integrada sobre Febre do Oropoche”, realizada no dia 21 de fevereiro em Manaus-AM. Promovida pelo Ministério da Saúde, por meio do Departamento de Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde (DEDT/SVSA) e pela Fiocruz Amazonas, o objetivo da iniciativa foi fortalecer a rede de saúde da Região Norte na detecção, prevenção e tratamento da Febre do Oropouche, promovendo um espaço de discussão e aprendizado sobre esta doença viral emergente, que tem formas de transmissão e sintomas similares aos da dengue e que, até a primeira quinzena de fevereiro, teve 1.568 casos registrados. O Amazonas concentra o maior número de casos (1.343), seguido dos de Rondônia (155), Acre (51) e Roraima (11).
PROGRAMAÇÃO
Durante a oficina, os profissionais ampliaram seus conhecimentos sobre a Febre Oropouche, incluindo sua epidemiologia, manifestações clínicas, diagnóstico, tratamento e medidas de prevenção. A compreensão da dinâmica de transmissão da doença irá aprimorar a atuação dos gestores e da rede de saúde na identificação de áreas endêmicas e a implementação de estratégias eficazes de controle para mitigar a propagação da doença na Região Norte do Brasil.
A equipe do IEC que apoiou a realização do evento foi composta pela Diretora, Lívia Caricio, pela chefe da Seção de Arbovirologia (SAARB/IEC), Livia Casseb, pelas pesquisadoras em Saúde Pública da Saarb, Socorro Azevedo, Daniele Henriques, Bruna Nascimento e Ana Cecília Cruz e pelo pesquisador emérito do IEC, Pedro Vasconcelos. O grupo pode compartilhar os conhecimentos acumulados na atuação do IEC como Centro Colaborador da OPAS/OMS para Arboviroses Emergentes e Reemergentes e outros Vírus Zoonóticos Emergentes. O grupo abordou temas como: “Características clínicas da Febre de Oropouchce” e “Lacunas de conhecimento sobre a Febre do Oropouche e avanços em diagnóstico laboratorial e vigilância entomovirológica”.
SOBRE A DOENÇA
A Febre do Oropouche ocorre especialmente na Região Norte e é marcada pela sua prevalência em áreas específicas, principalmente na Região Amazônica. O vírus causador da doença é transmitido principalmente pelo mosquito Culicoides paraensis, que se reproduz em ambientes aquáticos, como poças d'água e áreas alagadas, comuns na região.
A sazonalidade das chuvas pode influenciar a incidência da doença, uma vez que cria condições propícias para a reprodução do vetor. A doença apresenta surtos esporádicos, com registros de casos, principalmente durante períodos chuvosos. A população local, frequentemente exposta às condições favoráveis para a proliferação do mosquito vetor, está em maior risco de contrair a doença.
Os sintomas da Febre Oropouche são parecidos com os da dengue e da chikungunya: dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia.
Com informações do NUCOM/SVSA