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Capacitação em Biossegurança
Gestão de ambientes de alto risco biológico foi tema de Workshop no Instituto Evandro Chagas
Pesquisadores e técnicos do IEC foram qualificados para atuar em laboratórios de Nível de Biosegurança 3, atuando com padrões internacionais em ambientes de alta contenção
No último dia 22 de junho, pesquisadores e técnicos do Instituto Evandro Chagas participaram do Workshop “Gestão em ambiente de Alta Contenção”, ministrado pelo Diretor de Recursos Institucionais de Biocontenção da Universidade de Medicina do Texas, Miguel Grimaldo. O objetivo da atividade diz respeito à ampliação do conhecimento técnico/científico para subsidiar as ações de diagnóstico, considerando as informações sistematizadas e padronizadas para o gerenciamento do risco em laboratórios NB3 e NBA3.
Os laboratórios são classificados em quatro níveis de biossegurança para manipulação de agentes biológicos. NB3/NBA3 é um dos níveis mais altos de contenção, no qual há patógenos que só podem ser manipulados nele, em função do alto risco de contaminação, a exemplo do vírus da Raiva.
A diretora do Instituto Evandro Chagas, Lourdes Garcez, ressalta a importância do Workshop para o trabalho dos pesquisadores:
“A missão do Instituto Evandro Chagas é contribuir com a saúde e a vida dos brasileiros por meio da ciência e essa atividade exige rigor e métodos. Nós temos aqui uma oportunidade rara de aprendizado que será boa para a instituição”.
O Workshop faz parte de uma série de atividades que ocorreu na semana de 20 a 24 de junho, em que o pesquisador Miguel Grimaldo prestou assessoria no âmbito do projeto de modernização de Biossegurança e Bioproteção do laboratório NB3 /NBA3 do Instituto Evandro Chagas.
“Nós temos uma estrutura de NB3 que está sendo modernizada para que seja um ambiente multiusuário. Esse era um sonho antigo nosso e que agora, com a expertise do Grimaldo, será possível. Nós já conseguimos comprar biobubbles (divisórias de contenção) que vão possibilitar esse formato multiusuário e simuntâneo. Com isso, temos grandes planos para melhorar o IEC cientificamente e com o background da biossegurança” esclarece a coordenadora substitutita da Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas, Danielle Medeiros.
No conteúdo do curso foram abordados temas como: pontos críticos em instalações biocontidas; descontaminação de espaços, materiais e resíduos em ambientes biocontidos; análise de riscos de operações de instalações de alta contenção biológica. Ao final houve uma mesa redonda com a presença do professor da Universidade Federal de Viçosa, Cláudio Mafra, que falou sobre “Estado da Arte dos Ambientes de Alta Contenção Biológica no Brasil”.
Cláudio Mafra explica alguns resultados para o dia a dia do pesquisador a partir do workshop: “É sempre bom lembrar que tudo que foi dito hoje não é uma regra única, visto que cada ambiente é diferente do outro. Não existe uma planta básica, nem um manual que serve para todo mundo. O que existe é um grupo extremamente capacitado, desde o projeto conceitual até a operação e manuntenção, com as diferentes habilidades profissionais, envolvendo toda uma equipe que dará o suporte para que aquele ambiente seja seguro e protegido”.