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Com apoio do IEC, II Simpósio FIOCRUZ/NIAID acontece em Belém
Na manhã desta segunda-feira, 4 de novembro, foi oficialmente inaugurado o II Simpósio FIOCRUZ/NIAID, promovido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o National Institute of Allergy and Infectious Diseases (NIAID), do National Institutes of Health (NIH) dos Estados Unidos, em parceria com o Instituto Evandro Chagas (IEC/SVSA/MS). A cerimônia ocorreu no Teatro Maria Sylvia Nunes, na Estação das Docas, em Belém, e reuniu cerca de 300 participantes.
Leonardo Carvalho, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e um dos organizadores do Simpósio, abriu o evento lembrando que Belém será a sede da COP-30 em 2025, e que esse é um momento importante para fomentar o debate sobre as principais infecções no Brasil. “Nós esperamos que as discussões que ocorrerem aqui apresentem soluções, promovendo cooperações e acordos promissores. Agradecemos a todos os presentes por estarem nesta metrópole amazônica e expressamos gratidão aos parceiros, organizadores e patrocinadores”, declarou.
Lívia Caricio, diretora do IEC, e Giselle Rachid, assessora técnica da direção e uma das organizadoras do evento, também participaram da mesa de abertura. Giselle Rachid destacou a importância do evento para discutir desafios em saúde global e mudanças ambientais, além de fortalecer a inovação e a colaboração como um compromisso coletivo por um planeta mais saudável. "Nos próximos dias, teremos a chance de ouvir especialistas de diferentes partes do mundo, compartilhar evidências científicas e discutir estratégias eficazes para mitigar riscos à saúde, especialmente relacionados ao meio ambiente", afirmou.
Caricio complementou ressaltando a relevância dos temas abordados no simpósio, especialmente no combate à malária, um grave problema de saúde pública na Amazônia. "Diante das mudanças climáticas que impactam diretamente as populações locais, é fundamental trabalharmos de forma coordenada para encontrar as melhores soluções. Parabenizo a todos os envolvidos e desejo dias produtivos de aprendizado e debate", declarou.
A cerimônia de abertura também contou com a presença de diversas autoridades e pesquisadores, incluindo Hans Ackerman, da Seção de Fisiologia Portuguesa do NIAID; Joel Vega-Rodriguez, da área de Parasitologia Molecular e Entomologia do NIAID; Kristin Kelling, adido do Departamento de Saúde e Serviços Humanos da Embaixada dos Estados Unidos; Valdilea Gonçalves dos Santos, diretora do Instituto Nacional de Infectologia e representante da presidência da Fiocruz; Luiz Augusto Galvão, pesquisador do Centro de Saúde Global da Fiocruz; e Gilmar Pereira da Silva, Reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA).
CONFERÊNCIA- A programação contou com a conferência de Jeanne Marrazzo, diretora do NIAID, que abordou os avanços e desafios em saúde pública relacionados a doenças infecciosas e mudanças climáticas. Ela apresentou um panorama do NIAID, destacando a necessidade de respostas ágeis às emergências de saúde global, especialmente em um contexto de mudanças climáticas que potencializam surtos. "Estamos comprometidos em desenvolver e implementar soluções para essas questões emergentes. Não há lugar melhor para discutir isso do que aqui em Belém, no Brasil. Precisamos também de recursos para expandir nossa pesquisa, pois as mudanças são globais e exigem uma colaboração internacional", afirmou a conferencista, que também detalhou as atividades financiadas pelo NIAID no Brasil e em outras partes do mundo.
O II Simpósio FIOCRUZ-NIAID é o evento satélite que antecede a XVII Reunião Nacional de Pesquisa em Malária e tem como objetivo fomentar o debate sobre temas como doenças transmitidas por vetores, infecções sexualmente transmissíveis, impactos das mudanças climáticas na saúde e novas abordagens em vacinas. A iniciativa visa também promover a reflexão sobre a busca de soluções para os problemas de saúde pública que afetam a Amazônia e o Brasil.