CGLAB e Instituto Evandro Chagas realizam treinamento para diagnóstico patológico do Oropouche

Com o objetivo de treinar a equipe e padronizar os protocolos para o diagnóstico do vírus Oropouche em tecidos e células corporais humana e animais, como primatas não-humanos, a Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública (CGLAB) e o Instituto Evandro Chagas (IEC), Instituição de Ciência e Tecnologia, ambos da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde (SVSA/MS), realizam o treinamento “Anatomopatologia com ênfase em Oropouche”.

Participantes do treinamento com a direção do IEC

As atividades teóricas ocorrem no auditório da Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas (SEARB/IEC), e as práticas, na Seção de Patologia Clínica e Experimental (SEPEX/IEC), na sede do IEC, em Ananindeua/PA, no período de 21 a 23 de outubro.

Além de técnicos e pesquisadores da SEARB, SEPEX e CGLAB, o evento conta com representantes da Universidade de Brasília (UnB), Instituto Nacional de Infectologia da Fundação Oswaldo Cruz (INI/FIOCRUZ), Instituto Adolfo Lutz (IAL-SP), Instituto Carlos Chagas (FIOCRUZ-PR), Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Serviço de Verificação de Óbito do Ceará Dr. Rocha Furtado (SVO-CE).

Como parte da programação do evento, a CGLAB apresentou fluxos referentes ao diagnóstico do Vírus Oropouche. Houve ainda um momento de apresentação dos insumos produzidos para os testes imuno-histoquímicos (metodologia de diagnóstico utilizada para localizar antígenos em amostras de tecidos e/ou células corporais) na SEARB, SEPEX e também na UFPR. Como atividade prática, foram realizados o preparo dos reagentes e a padronização de protocolo dos testes imuno-histoquímicos. Ao final, foram realizadas discussões sobre os casos, assim como o preparo da lista de insumos para a padronização dos testes.

Uma das etapas do teste imuno-histoquímico

TREINAMENTO PARA O VÍRUS OROPOUCHE: Este treinamento realizado no Instituto Evandro Chagas contempla      diversos fatores, como o aumento da capacidade laboratorial existente e a demanda por treinamento, motivada , ainda, pelo aumento de casos na região, o que causou o alerta de nível regional alto para Oropouche. Com isso, o Brasil passou a ser prioridade no fortalecimento da rede de vigilância epidemiológica preparando-se para possíveis surtos.

Nesse contexto, o IEC vem desenvolvendo treinamentos relativos a testes de detecção do vírus Oropouche, como nos períodos de 23 a 27 de setembro e de 14 a 18 de outubro, com a participação de 24 laboratórios centrais de todo o país para a detecção sorológica do Vírus Oropouche, junto à CGLAB. Ainda no período de 30 de setembro a 04 de outubro, a instituição realizou o Workshop “Detecção sorológica e molecular da infecção pelo vírus Oropouche” para seis países da América Latina e Caribe, integrado à Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS).

Desde 23/09 o IEC tem promovido treinamentos para detecção do vírus Oropouche, utilizando diferentes metodologias