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Assessoria de Comunicação do Instituto Evandro Chagas apresenta marca alusiva aos 85 anos da instituição
O Instituto Evandro Chagas (IEC), primeira instituição de pesquisa em Saúde na região amazônica, apresenta a sua marca comemorativa de 85 anos, que será celebrado no próximo dia 10 de novembro. Com elementos que remetem à saúde, ciência e Amazônia, a marca foi concebida pela designer Thaise Farias, que hoje atua na Assessoria de Comunicação da instituição e tem como um dos objetivos gerar identificação da sociedade com o trabalho que tem sido produzido no IEC e que se traduz em benefícios diretos para a população.
“Adorei realizar esse projeto, é preciso pensar em todos os detalhes quando desenvolvemos uma identidade visual, desde os principais conceitos até a aplicabilidade, tudo precisa estar alinhado. O desafio era trabalhar uma marca que expressasse o papel que o Instituto Evandro Chagas desempenha na Amazônia durante esses 85 anos de maneira abstrata associada as temáticas de conhecimento Institucional, abordando ciência e tecnologia de maneira direta e simples e acredito que o projeto alcançou este objetivo”, explica Thaíse Farias.
Junto com o logotipo, a assessoria também apresentou o slogan “Ciência, Tecnologia e Inovação em saúde na Amazônia”, que se alinha como estratégia institucional para os próximos anos, visto que recentemente o IEC se tornou uma Instituição Cientifica, Tecnológica e de Inovação no âmbito do Ministério da Saúde.
“Foi um projeto muito prazeroso e desafiador, fico feliz em fazer parte disto e espero que vocês gostem de todos os detalhes mencionados acima e consigam percebê-los”, finaliza a designer Thaise Farias.
85 ANOS DE HISTÓRIA : A história do Instituto Evandro Chagas (IEC) começou com a chegada de Evandro Chagas ao Pará, em 1936, para estudar a leishmaniose visceral, também conhecida como calazar. Com o auxílio do governo estadual, estabeleceu o instituto de pesquisas em um velho casarão na Av. Almirante Barroso, onde, além do calazar, foram investigadas outras moléstias típicas da região, como malária, filariose, bouba, verminoses intestinais. Em meados de 1937 o IEC já possuía os laboratórios de Protozoologia, Bacteriologia, Epidemiologia, Anatomia Patológica e Fotografia. Já estava instalado também, ainda que provisoriamente, o biotério.
No período dos anos de 1960 e 1970, o IEC realizou estudos sistemáticos na Amazônia Ocidental, devido à incidência de uma doença chamada pelos amazonenses de “Febre Negra de Lábrea”. Ao final do trabalho, concluiu-se que a doença se tratava de uma super infecção causada pelo vírus da Hepatite D, em pessoas já infectadas pelo vírus da Hepatite B.
Ao longo de 85 anos o IEC isolou milhares de arbovírus (vírus transmitidos por artrópodes hematófagos, como mosquitos, por exemplo) e outros vírus de vertebrados, que também foram caracterizados desde então, culminando com uma coleção de 216 espécies de arbovírus e outros vírus de vertebrados. Além disso, o IEC trabalhou na descoberta de dezenas de espécies de protozoários – várias patogênicas – e de insetos vetores de patógenos aos humanos.
Com todo esse arcabouço, o IEC tem atuado fortemente no ensino, como o Curso Técnico em Analises Clínicas que acontece desde a década de 1940, assim como os cursos de pós-graduação que acontecem na instituição desde 2012 e atuam na formação de mestres e doutores na área de virologia e também epidemiologia e vigilância em saúde.
Em 1992, o IEC criou uma seção voltada para os estudos ambientais e que tem atuado sobre a influência das alterações ambientais na saúde das populações, e esteve presente na investigação de diversos desastres ambientais como Brumadinho e Barcarena.
Em 2020, o IEC se tornou uma das instituições de pesquisa que está na linha de frente do combate à COVID-19 , tanto na vigilância laboratorial e genômica, como na pesquisa.
Com o decorrer dos anos, o IEC passou por diversas transformações: cresceu e se consolidou, especialmente no espaço da Amazônia Legal. Hoje tem seu trabalho voltado para estudos sobre doenças parasitárias, bacteriológicas, virais e relacionados à contaminação ambiental. Dispõe de laboratórios tanto de referência regional, quanto nacional e mantém importantes parcerias internacionais. Destaca-se como um importante centro de pesquisa em uma região que possui um clima quente e úmido, compondo a maior floresta tropical do mundo, propício para a proliferação de determinadas doenças e com grande variedade de agentes infecciosos, muitos de importância em saúde pública.