Projetos Apoiados em 2015
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Monitoramento e controle da invasão por coral-sol na Estação Ecológica Tupinambás e entorno
Ano: 2015
Resumo: O projeto teve como objetivo realizar um mapeamento da invasão da espécie, exótica e invasora, conhecida popularmente como coral-sol (Tubastraea tagusensis e Tubastraea coccinea). Esta espécie foi introduzida no Brasil através da indústria petrolífera, por meio de embarcações, plataformas e boias que mantinham incrustadas em seus cascos as espécies em questão. Essas espécies, que se reproduzem durante todo o ano, com 4 picos anuais, dispersam larvas na água e se fixam, na maioria das vezes, nos costões rochosos (Mizrahi, D.2014). A espécie não tem predador natural na costa brasileira e se reproduz com grande facilidade e agilidade, ocupando o espaço de espécies nativas, como coral-cérebro (Mussismilia hispida), o que ocasina a perda de biodiversidade nativa.
O mapeamento desenvolvido possibilitará e embasará estratégias de manejo para controle destas espécies invasoras na UC e seu entorno imediato, evitando assim perdas relevantes de biodiversidade tanto dos costões rochosos, ambiente típico da UC, quanto da fauna associada a esse ambiente.Responsável pelo Projeto Unidade Alexandre Costa
alexandre-gomes.costa@icmbio.gov.brEstação Ecológica de Tupinambás -
Implementação e adequação de trilhas interpretativas na Floresta Nacional do Assungui – Campo Largo/PR
Ano: 2015
Resumo: As trilhas são instrumentos de conservação, apreciação e educação ambiental. Apesar de representarem uma interferência do homem na natureza, trilhas interpretativas são importantes instrumentos de educação ambiental em unidades de conservação. Para ser útil, uma trilha deve ser fácil de se encontrar, fácil de percorrer e conveniente de usar, sendo necessário estudo prévio e planejamento para sua implantação, além de adequada manutenção. Seguidos esses preceitos, minimiza-se o impacto do uso sobre o ambiente e garante-se maior conforto, segurança e satisfação ao visitante.
No ano de 2014, os trabalhos foram focados na “Trilha da Cachoeira”, sendo realizada avaliação das necessidades de manejo da trilha, de adequação para a visitação, bem como dos atrativos para a interpretação. Para tanto, foram utilizados dois formulários: o formulário adaptado da publicação Objetivos de Manejo de Trilhas – Trail Construction and Maintenance Notebook” (USDA, 2007) e o formulário do Índice de Atratividade de Pontos Interpretativos – IAPI, conforme método proposto por COSTA & MELLO, 2005. Resumo completo.Responsável pelo projeto Unidade Ana Carolina Saupe
ana.saupe@icmbio.gov.brFloresta Nacional do Assungui -
Avaliação do impacto do Teiú (Tupinambis merianae), modelagem epidemiológica e seu potencial zoonótico no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha e visando opções de manejo e consequências para a conservação da biodiversidade
Ano: 2015
Resumo: Espécies invasoras são uma preocupação em todo o mundo. Ilhas merecem uma atenção especial por serem ambientes extremamente frágeis e favoráveis a adaptação de espécies introduzidas. Espécies generalistas com grande potencial invasor tendem a se adaptar e a se espalhar rapidamente pelo novo habitat, ameaçando espécies nativas de flora e fauna. No contexto da Medicina da Conservação, espécies invasoras são reservatórios potenciais de doenças que podem afetar animais silvestres, domésticos e mesmo as comunidades humanas. O arquipélago de Fernando de Noronha é um importante local de reprodução de diversas espécies de aves e tartarugas marinhas e habitat para diversas espécies endêmicas. Também é importante patrimônio da humanidade que tem sua economia baseada quase que totalmente no turismo ecológico. Contudo, boa parte da biodiversidade insular pode estar ameaçada pela presença de espécies invasoras como o teiú (Tupinambis merianae). O manejo planejado dessa espécie deve levar em consideração consequências ecológicas, custo, opinião pública, viabilidade técnica e, principalmente, consequências a longo prazo da ação.
Este projeto busca obter dados sobre a dinâmica populacional e a sanidade da população de teiús nas ilhas secundárias do arquipélago; avaliar os impactos ecológicos, zoonóticos, sociais e econômicos da sua presença; e fornecer opções de manejo da espécie. Estudos dessa natureza realizados em ilhas tendem a ser modelos replicáveis em diferentes situações, podendo ser usados como referência. Com a análise de todos os dados obtidos, espera-se propor uma opção de manejo eficiente e factível, em consonância com a realidade da Unidade de Conservação.Responsável pelo projeto Unidade Carlos Roberto Abrahão
carlos.abrahao@icmbio.gov.brRAN -
Cães domésticos no interior e entorno de uma UC: quais os impactos sobre os carnívoros selvagens?
Resumo: A pesquisa visa criar um meio ambiente melhor para carnívoros selvagens, domésticos e, consequentemente, para o homem. Trata-se de projeto em uma unidade de conservação – UC no estado de São Paulo que abriga um importante remanescente de Mata Atlântica, cada vez mais afetado pelo uso desordenado do solo, em especial pelo crescimento dos bairros do entorno, com o aumento da população de animais domésticos que transitam livremente nas margens e interior do Parque. O problema de superpopulação de cães domésticos é compartilhado por inúmeras UC atualmente e acaba determinando um íntimo contato entre carnívoros domésticos e selvagens. Até o momento estão sendo quantificados o fluxo de entrada e a área de uso de cães domésticos no interior do PECB; realizadas entrevistas com os moradores do entorno para realização do censo populacional de animais domésticos; e ministradas palestras para a população local e para funcionários do PECB a respeito da posse responsável, dos benefícios de um animal saudável sem acesso ao PECB e os impactos que estes podem gerar aos animais silvestres.
A Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente e o Núcleo Gestor do PECB também já foram envolvidos no Projeto, a fim de obter apoio para a construção e implementação de um modelo de gestão sanitária no Parque e entorno, garantindo a promoção de políticas públicas permanentes que contemplem ações que minimizem a entrada e o contato entre carnívoros domésticos e selvagens e, consequentemente, a sobrevida a longo prazo das espécies locais. Tal proposta deve servir como modelo para outras unidades que vêm enfrentando a mesma problemática.
Produtos derivados do projeto:
Carteirinha de vacinação desenhada e impressa, a ser utilizada durante a campanha de vacinação programada após o término do censo populacional canino.Responsável pelo Projeto Unidade Silvia Neri Godoy
silvia.godoy@icmbio.gov.brCENAP -
Conservação do sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita) no Parque Nacional da Serra dos Órgãos – Fase I – diagnóstico e controle de saguis invasores
Ano: 2015
Resumo: O sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita) é um pequeno primata endêmico das regiões de floresta de altitude da mata atlântica do sudesete, atualmente classificado como em perigo na Lista Vermelha da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. As principais ameças à conservação da espécie são a destruição e a invasão de seu habitat por saguis alóctones, C. Penicillata e C. Jacchus.
Este projeto teve por objetivo mapear a ocorrência do sagui-da-serra-escuro, bem como das espécies invasoras C.penicillata e C. Jacchus e seus híbridos no Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Foram avaliadas 11 trilhas, num total de 63 pontos amostrais.
Os resultados indicam que C. Aurita está restrito à área do Bonfim, em Petrópolis, tendo sido registrado nas trilhas uricanal e do Açu. O projeto encontrou ainda saguis invasores em diversos locais do parque, sendo um grupo misto muito próximo à população pura da espécie ameaçada, o que requer uma ação efetiva de controle populacional dos invasores.
Produtos derivados do projeto:
- Apresentação do projeto no XII Encontro de Pesquisadores do PARNASO, em outubro de 2014.
- Matéria no programa GoodNews, da RedeTV. Foi ao ar em 04/10/2014 e está disponível em http://www.youtube.com/watch?v=DtwTffvGDSQ ou http://www.redetv.uol.com.br/Video.aspx?107,12,423798,jornalismo,sagui-da-serra-escuro-habita-matas-do-parque-nacional-da-serra-dos-orgaos
- Foram elaborados um folder e um cartaz, mas ainda não foram impressos. Espera-se fazer isso com a continuidade do projeto.Responsável pelo Projeto Unidade Cecilia Cronemberger de Faria
Cecilia.faria@icmbio.gov.brParque Nacional Serra dos Órgãos -
Distribuição no PNCD de espécies invasoras de Poaceae e de Dicranopteris flexuosa (samambaia) e elaboração de propostas de manejo para D. flexuosa. Fase II: monitoramento de parcelas experimentais para manejo de D. flexuosa e outras Gleicheniaceae
Ano: 2015
Resumo: O presente projeto dá continuidade à avaliação da regeneração das parcelas marcadas em 2013, visando experimentar ações mais eficientes na remoção de samambaias da família Gleicheniaceae, que se tornaram problema na região do Vale do Pati, dentro dos limites do Parque Nacional da Chapada Diamantina, em virtude de seu comportamento invasivo. As 24 parcelas foram vistoriadas duas vezes o longo do ano de 2014, tendo sido anotadas diversas variáveis que permitiram indicar a ocorrência de um processo de regeneração nas mesmas. Quatro tratamentos foram realizados, com a remoção parcial ou total das samambaias, sob condições de sombreamento ou insolação direta.
Os resultados, considerando os quatro tratamentos, mostram que a cobertura pelo rebrotamento de samambaias, a altura média das samambaias e a cobertura por frondes que caem sobre a parcela a partir de áreas vizinhas são menores nas parcelas onde houve remoção total das samambaias. Por outro lado, estes tratamentos foram aqueles em que se encontraram os maiores valores de cobertura e os maiores números de plântulas individualizáveis, além de terem sido as parcelas onde as plântulas tiveram as maiores altura. Desta forma, embora ainda sejam necessários mais estudos, o controle das Gleicheniaceae passará por ações de remoção mecânica das plantas, eliminando-se tanto as partes aéreas como seus rizomas.Responsável pelo Projeto Unidade Cezar Neubert Gonçalves
cezarngoncalves@gmail.comParque Nacional Chapada Diamantina -
Endemismo e dispersão de poríferos nos Aparados da Serra: isolamento de hábitat e conectividade
Ano: 2014
Resumo: A problemática ambiental que o projeto abordou foi a conservação de espécies de esponjas endêmicas da região, a conservação dos mananciais e o serviço ambiental da manutenção da qualidade das águas e a relação de causa-efeito do isolamento de hábitat com o endemismo e dispersão das espécies estudadas.
Os resultados obtidos até o momento foram o registro de ocorrências inéditas de uma espécie de esponja endêmica da região, dentro de UC de proteção integral, porém, não há indícios de endemismo da espécie em relação a manchas isoladas de hábitat. Outro resultado parcial foi a confirmação da exclusividade da porção superior do Arroio Tigre Preto (bacia do Araranguá) como único hábitat da esponja Corvomeyenia epilithosa.
O alcance das ações realizadas, por enquanto, restringe-se a divulgação local por meio de palestras, programas de rádio locais e divulgação no contexto do ICMBio, nos Seminário de Pesquisa. Acreditamos que, após a conclusão do projeto, o alcance seja multiplicado.
As repercussões concretas do projeto para a conservação da natureza resumem-se à ciência da equipe gestora da UC sobre a ocorrência e importância das esponjas como indicadores de qualidade ambiental e confirmação da fragilidade da existência de C. epilithosa apenas no interior do Parque Nacional da Serra Geral.
Produtos derivados do projeto:
Cartaz produzido para o VI Seminário de Pesquisa do ICMBio, exposto permanentemente no Centro de Visitantes do Parque Nacional de Aparados da Serra.
Produção bibliográfica:
VI Seminário de Pesquisa do ICMBio. Anais. Resumo. 2014. Pág. 77.
http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/o-que-fazemos/anais_vi_spic_2014.pdfResponsável pelo Projeto Unidade Lúcio Santos
lucio.santos@icmbio.gov.brParque Nacional Aparados da Serra
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Monitoramento e controle da invasão por coral-sol na Estação Ecológica Tupinambás e entorno