Projetos Apoiados em 2014
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Avaliação do impacto da frota industrial de arrasto-de-fundo sediada em Itajaí – SC, sobre seis espécies de arraias ameaçadas de extinção e distribuídas na plataforma e talude do sudeste-sul do Brasil entre 2012 e 2013
Ano: 2014
Resumo: O presente projeto avaliou o impacto que a frota de arrasto-de-fundo industrial, sediada em Itajaí – SC, exerceu sobre a raia-chita, Atlantoraja castelnaui, ao longo da plataforma continental das regiões sudeste e sul do Brasil, entre os anos de 2012 e 2013.
Basicamente foram analisadas as composições de tamanhos e sexos desta espécie, capturadas pelas frotas de arrasto simples e duplo, e suas variações espaço-temporais. Com os resultados obtidos, forneceremos subsídios técnicos ao governo federal e ao setor produtivo para a execução de uma pesca mais responsável, segundo os moldes da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura – FAO, mitigando as capturas incidentais de raias.Responsável pelo Projeto Unidade Jorge Eduardo Kotas
jorge.kotas@icmbio.gov.brCEPSUL -
Etnoecologia de Quintais Agroflorestais na comunidade de São Domingos, Floresta Nacional do Tapajós
Ano: 2014
Resumo: A equipe do projeto entende que é estratégico apoiar, incentivar, ou gerir ações que priorizem o manejo de espécies nos quintais familiares produtivos dentro da própria UC, como as demais do território nacional.
O manejo de quintais agroflorestais proporciona o incentivo à autossuficiência comunitária e familiar, visto que no espaço do quintal são encontradas espécies de múltiplos usos, como alimentar (Taperabá, Muruci), geração de renda (Andiroba, Seringa), medicinal (Sucuba, Escama de pirarucu) utensílios (Envira “corda”, Merapixuna “madeira”), artesanato (Urucum, Tento), entre outros, como ritual e ornamental. Essa diversidade de usos faz com que as famílias não dependam de comprar determinados alimentos, remédios e outros recursos possíveis de produção, seja para uso familiar ou para a geração de renda. Resumo completo.
Produtos derivados do Projeto:
Matéria publicada na revista ICMBio em Foco disponibilizada no link: http://www.icmbio.gov.br/portal/image s/flippingbook/ICMBio%20em%20Foco %20311/ICMBio%20em%20Foco %20311_26.jpgResponsável pelo Projeto Unidade Dárlison Fernandes Carvalho de Andrade
darlison.andrade@icmbio.gov.brFloresta Nacional Tapajós -
A faina de pesca como dimensão do desenvolvimento local em áreas demandadas para criação de Reservas Extrativistas Marinhas no Nordeste do Brasil
Ano: 2014
O objetivo deste projeto é analisar a faina da pesca na perspectiva do desenvolvimento local. Especificamente, o que se pretende é analisar a confiança interpessoal e a cooperação dos pescadores artesanais de Sirinhaém/PE e Rio Formoso/PE, e as tecnologias e dinâmicas de pesca utilizadas por esses pescadores. Nessas duas localidades, os pescadores artesanais demandaram ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade a criação de reservas extrativistas, por abertura de processo. As duas áreas demandadas para criação de Resex estão inseridas no entorno do polo de “desenvolvimento” do Porto de Suape.
Responsável pelo Projeto Unidade Fabiano Pimentel Ribeiro
fabiano.ribeiro@icmbio.gov.brCEPENE -
Aspectos etnobiológicos da Reserva Extrativista Riozinho da Liberdade, no Acre
Ano: 2014
A Reserva Extrativista do Riozinho da Liberdade – REAL, criada pelo Decreto de 17 de fevereiro de 2005, possui área aproximada de 340.000 ha, dos quais 98,4% possuem cobertura florestal nativa (INPE, 2013). Em 2006 foi realizado um cadastramento das famílias residentes na RESEX, onde foram identificadas 370 famílias, distribuídas em 19 localidades, a maioria vivendo economicamente do plantio de mandioca para a produção de farinha, e fazendo uso do extrativismo – caça, pesca, utilização de palmeiras e outras árvores – para a sua subsistência.
Atualmente, a equipe gestora da REAL – composta por dois analistas ambientais – encontra-se envolvida na mobilização do Conselho Deliberativo da REAL e de parceiros estratégicos para a elaboração do Plano de Manejo da Reserva, onde os estudos iniciais devem focar, principalmente, o uso e a ocupação do solo e nos recursos naturais utilizados pelos moradores (ICMBio, 2007). Resumo completoResponsável pelo Projeto Unidade Pablo de Avila Saldo
pablo.saldo@icmbio.gov.brReserva Extrativista do Riozinho da Liberdade -
Avaliação do impacto e manejo do mocó (Kerodon rupestris) no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha e suas consequências para a conservação da biodiversidade
Ano: 2014
Espécies exóticas invasoras são ameaças em todo o mundo, especialmente em Unidades de Conservação em ambientes insulares. Nesses ambientes, espécies endêmicas são mais vulneráveis à predação e competição por recursos. Além disso, as doenças trazidas ao seu habitat pela espécie introduzida, podem, inclusive, vir a ser a causa de sua extinção. Apesar do status de patrimônio mundial da UNESCO, o arquipélago de Fernando de Noronha sofre desde a sua colonização com a introdução de espécies continentais, especialmente roedores como ratos e ratazanas (Rattus sp.), camundongos (Mus musculus), e com o mocó (Kerodon rupestris).
Responsável pelo projeto Unidade Eduardo Cavalcante de Macedo
eduardocmacedo@gmail.comParque Nacional Marinho Fernando de Noronha -
Estudos ecológicos de quelônios em Unidades de Conservação do Sul do Brasil
Ano: 2014
O objetivo do projeto é estudar aspectos básicos da biologia das espécies registradas, a fim de produzir informações que subsidiem futuras ações de conservação, bem como avaliar a efetividade das UC amostradas na proteção/conservação dos quelônios.
Os resultados, gerados a partir dos estudos recomendados durante o processo de avaliação do estado de conservação dos quelônios, coordenados pelo IBAMA e pelo ICMBio, complementam os registros de ocorrência dessas espécies no estado de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, fornecendo subsídios para as futuras avaliações (estadual e nacional).Responsável pelo Projeto Unidade Ana Paula Gomes Lustosa
anaplustosa@hotmail.comRAN -
Inventário Anual do Patrimônio Espeleológico Nacional
Ano: 2014
O território brasileiro é composto por extensas áreas propícias à ocorrência de ambientes cársticos e, até o momento, foram identificadas pouco mais de 14.000 cavernas (o que representa menos de 10% do potencial estimado). Dessas, menos de 20% são validadas e outros 10% ou não dispõem de dados referentes à localização geoespacial ou apresentam dados errôneos, tendo em vista que a coleta e sistematização desses dados geralmente são precárias. Se por um lado não há dados disponíveis sobre a existência de cavidades somente no Estado do Acre, os dados existentes para unidades da federação como Rondônia, Amazônia e Bahia (este último possui as maiores cavidades do Brasil) estão certamente subdimensionados.
No intuito de aumentar o conhecimento sobre o patrimônio espeleológico nacional, as Bases Avançadas do CECAV no RN, MT e MG vêm realizando o trabalho de prospecção e validação de cavidades naturais subterrâneas existentes em sua área de atuação. Resumo completo.Responsável pelo Projeto Unidade Diego de Medeiros Bento
diego.bento@icmbio.gov.brCECAV -
Manejo\erradicação do Macaco-de-Cheiro (Saimiri Sciureus) na Reserva Biológica de Saltinho/PE
Ano: 2014
Em meados de 1987, cerca de 20 macacos endêmicos da Floresta Amazônica pertencentes ao gênero Saimiri (Voigt, 1831), conhecidos vulgarmente por macaco-de-cheiro, foram apreendidos em ação de combate ao tráfico ilegal e, posteriormente, soltos na Mata Atlântica do Estado de Pernambuco, na Reserva Biológica de Saltinho (REBIO), municípios de Tamandaré e Rio Formoso. O único primata nativo que ainda ocorria na REBIO naquele período era (e ainda é) o sagui-do-nordeste ou sagui-do-tufo-branco, Callithrix jacchus (Linnaeus, 1758), endêmico dos biomas característicos da Região Nordeste do Brasil (CAMAROTTI, 2009). Porém, além do sagui, que apresenta grande plasticidade ecológica e resiliência, outras duas espécies de primatas nativos tiveram suas presenças confirmadas, mais recentemente, em remanescentes de Mata Atlântica particulares, em um raio menor que 20 km a partir dessa REBIO: macaco-prego-galego, Cebus flavius, presente em seis fragmentos de Pernambuco, o mais próximo a 8 km a leste da REBIO, na Mata da Usina Salgado; e guariba-de-mãos-ruivas, Alouatta belzebul, com uma única população na Mata do Engenho Sacramento, em Água Preta, a cerca de 16 km a oeste da REBIO (MENDES-PONTES, 2006; MONTEIRO DA CRUZ et al., 2002; OLIVEIRA & LANGGUTH, 2006; OLIVEIRA et al., in press). Resumo completo
Responsável pelo Projeto Unidade Pedro Augusto Macedo Lins
pedro.lins@icmbio.gov.brReserva Biológica de Saltinho -
Monitoramento da ocorrência de pesca fantasma por redes de emalhe nos costões rochosos da REBIO Marinha do Arvoredo/SC
Ano: 2014
Os resíduos sólidos constituem um problema global e generalizado no ambiente marinho. A atividade pesqueira exerce impactos diretos e indiretos nesse ambiente. O descarte de resíduos sólidos é um impacto indireto, a exemplo do descarte de petrechos de pesca, responsável por grandes e duradouros danos nas populações marinhas e prejuízos econômicos para a atividade. Os petrechos de pesca perdidos, abandonados ou descartados (PP-APD) causam a mortalidade de espécies alvo e não-alvo da pesca, um fenômeno conhecido como pesca fantasma. A crescente preocupação com estes petrechos é um reflexo das muitas consequências negativas causadas ao meio ambiente, particularmente a sua capacidade de continuar a pescar, de forma cíclica, seja no substrato marinho, na superfície ou coluna d’água, que pode ser agravada pela longevidade de permanência dos petrechos. Resumo completo
Responsável pelo Projeto Unidade Dan Jacobs Pretto
dan.pretto@icmbio.gov.brReserva Biológica Marinha do Arvoredo -
Monitoramento do manejo de jacarés na Resex Cuniã: Modelo de desenvolvimento de cadeias de valores da sócio-biodiversidade amazônica
Ano: 2014
A Reserva Extrativista do Lago do Cuniã localiza-se no município de Porto Velho, à margem esquerda do baixo Rio Madeira, no Estado de Rondônia, e possui área aproximada de 55.850 hectares. A reserva é ocupada por 82 famílias (cerca de 400 pessoas), distribuídas em quatros núcleos habitacionais – Silva Lopes, Neves, Pupunha e Araçá, que vem sendo diretamente beneficiadas com o desenvolvimento do projeto de manejo de jacarés. O projeto na Resex do Lago do Cuniã tem como meta consolidar a bioindústria dos jacarés como alternativa de produção na reserva, a partir da implantação de um conjunto de iniciativas integradas. Resumo completo
Produtos derivados do Projeto:
ICMBio in Foco: INAUGURADA UMA NOVA CADEIA PRODUTIVA DA SOCIOBIODIVERSIDADE AMAZÔNICA: O MANEJO DE JACARÉS NA RESEX DO LAGO DO CUNIÃ INICIA SUAS ATIVIDADES
Video Globo RO Set 2013 IMG 0401.Responsável pelo Projeto Unidade Marcos Eduardo Coutinho
medcoutinho@gmail.comRAN -
Monitoramento e Avaliação de Impactos sobre o Patrimônio Espeleológico
Ano: 2014
O Projeto de Monitoramento e Avaliação de Impactos sobre o Patrimônio Espeleológico, iniciado em 2010, atende a demanda do Programa Nacional de Conservação do Patrimônio Espeleológico – PNCPE.
O Patrimônio Espeleológico Brasileiro, objeto de proteção e manejo do PNCPE, devido a interesses socioeconômicos nas regiões onde está localizado, é alvo de graves problemas ambientais e conflitos sociais, provocados por impactos advindos da mineração, urbanização, desmatamento, adaptação ao turismo e ao uso religioso, obras de infraestrutura, entre outros. Resumo completo -
Pesquisa e manejo do turismo interativo com botos no Parque Nacional de Anavilhanas
Ano: 2014
No Flutuante dos Botos, situado no Parque Nacional de Anavilhanas, município de Novo Airão/AM, desenvolve-se o turismo interativo com o boto-vermelho (Inia geoffrensis). As interações com os botos iniciaram em 1998 e, desde então, o empreendimento passou a ser o principal ponto turístico da cidade.
Levando em conta os diversos desafios relacionados ao modelo de turismo implementado e a escassez de informações que indiquem os impactos positivos e negativos deste tipo de turismo, este estudo buscou estimar a frequência de cada indivíduo de boto nas sessões de alimentação artificial provenientes do turismo interativo; determinar a quantidade e origem dos visitantes do Flutuante dos Botos; estabelecer a capacidade de carga de turistas nos diferentes ambientes do empreendimento; e identificar nos roteiros turísticos oferecidos no Parque as principais áreas de ocorrência e suas formas de utilização pelos botos. Resumo completoResponsável pelo Projeto Unidade Marcelo Derzi Vidal
marcelo.derzi.vidal@gmail.comCNPT -
Projeto Poraquê
Ano: 2014
Os poraquês são peixes cuja principal característica é a emissão de fortes descargas elétricas de até 650 volts. Mesmo sendo um dos maiores vertebrados da Amazônia, atingindo até 2,5 metros de comprimento, pouco se conhece sobre a biologia da espécie em ambiente natural. Poraquês são utilizados em pesquisas sobre funcionamento de células nervosas, na medicina popular da Amazônia, e até como alimento por algumas pessoas, mas em sua maioria é um animal temido por sua eletricidade. A necessidade de pescar outras espécies que coabitam com os poraquês sem o perigo de choques, faz com que haja o abate de vários indivíduos. O Projeto Poraquê visa descrever a diversidade e a ecologia dos poraquês em seu ambiente natural, visando aumentar a conscientização da população sobre a importância desse animal genuinamente amazônico e aumentar a capacidade proteção de suas populações. As análises genéticas iniciais mostram que pode haver até duas espécies novas de poraquês, ambas ocorrendo em unidades de Conservação do ICMBio. Os resultados preliminares da expedição-piloto do Projeto poraquê, realizada em dezembro de 2014 com apoio do ICMBio e National Geographic Society, sugerem que a reprodução dos animais ocorra no início das chuvas, sendo importante a intensificação do proteção dos poraquês no referido período. Futuras expedições permitirão conhecer a diversidade de espécies e os aspectos básicos da biologia da espécie, como alimentação, crescimento e comportamento na natureza, em especial o comportamento reprodutivo.
Produtos derivados do Projeto:
Vídeos das atividades dos poraquês em seu ambiente natural: após a edição e tratamento de imagem poderão ser utilizados na divulgação do projeto e das ações do ICMBio não só como fomentador de pesquisas científicas, mas também como executor e produtor de conhecimento relacionado a biodiversidade brasileira, e em específico a biodiversidade amazônica.
Gravações das descargas do órgão elétrico: estão disponíveis em formato digital e poderão ser utilizados na divulgação do projeto e das ações do ICMBio não só como fomentador de pesquisas científicas, mas também como executor e produtor de conhecimento relacionado a biodiversidade brasileira, e em específico a biodiversidade amazônica.Responsável pelo Projeto Unidade Raimundo Nonato Gomes Mendes Júnior
raimundo.mendes-junior@icmbio.gov.brReserva Extrativista do Rio Cajari
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Avaliação do impacto da frota industrial de arrasto-de-fundo sediada em Itajaí – SC, sobre seis espécies de arraias ameaçadas de extinção e distribuídas na plataforma e talude do sudeste-sul do Brasil entre 2012 e 2013