Projetos Apoiados em 2013
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Controle de gramíneas exóticas invasoras em unidades de conservação do Cerrado
Ano: 2013
Resumo: As gramíneas exóticas invasoras são espécies amplamente disseminadas na região do Cerrado e causam graves problemas para a conservação da biodiversidade, excluindo competitivamente espécies da flora nativa e alterando o funcionamento dos ecossistemas. Em áreas dominadas por estas gramíneas, mesmo quando abandonadas, livres de pastoreio e outras atividades de manejo de pastagem, permanecem dominando as áreas por décadas e praticamente não há colonização de espécies nativas. Além disso, estas gramíneas são fontes de propágulos para áreas vizinhas ainda não infestadas por estas invasoras. Mesmo dentro de UC de proteção integral não é incomum encontrar extensas áreas de mais de 100ha dominadas por estas gramíneas, as quais eram áreas agrícolas ou pastagens antes da criação das UC. Resumo completo.
Responsável pelo projeto Unidade Alexandre Bonesso Sampaio
sampaio.ab@gmail.comCECAT -
Etnoecologia na região do Parque Nacional de Sempre-Vivas,MG: subsídios para elaboração de Termos de Compromisso
Ano: 2013
Resumo: Durante a terceira oficina regional para elaboração do Plano Estadual de Proteção à Biodiversidade do Estado de Minas Gerais, realizada nos dias 24 e 25 de outubro de 2012 em Diamantina, o tema do extrativismo foi abordado nos diferentes grupos de trabalho constituídos em torno da temática de proteção à biodiversidade. Dentre os problemas abordados referentes ao tema, destacaram-se as seguintes ações para o ordenamento do extrativismo: (i) investimento em pesquisa; (ii) capacitação das comunidades envolvidas no setor extrativista; (iii) regularização ambiental da atividade; e (iv) compreensão dos componentes dos arranjos produtivos locais da sociobiodiversidade. Além disso, ainda no ano de 2012, numa reunião na presidência do ICMBio (18.12.2012) com a participação de representante de extrativistas de sempre-vivas, chefe do PARNA Sempre-Vivas e CECAT, foi colocado a necessidade de se discutir a elaboração de um termo de compromisso visando o uso de sempre-vivas no Parque Nacional de Sempre-Vivas. Dessa forma, a proposta em questão justifica-se na medida em que a pesquisa etnoecológica propõe-se contribuir para a caracterização e sistematização das práticas de manejo de sempre-vivas na região na Cadeia do Espinhaço. Resumo completo.Responsável pelo Projeto Unidade Suelma Ribeiro Silva
suelma.ribeirosilva@gmail.comCECAT -
Impacto da caça de onças-pintadas em reservas Extrativistas na Amazônia
Ano: 2013
Resumo: A caça de onças-pintadas (Panthera onca) e pumas (Puma concolor) é amplamente reconhecida como uma das principais ameaças à conservação destas espécies. Apesar de sua importância, a caça ocorre de forma quase invisível, sendo que poucos casos são relatados, investigados ou punidos. Para piorar a situação, onças são caçadas até mesmo dentro de unidades de conservação, comprometendo seus objetivos e o futuro destas espécies. Diante disto, este estudo investigou a caça de onças em duas reservas extrativistas (Resex Mapuá e Resex Terra Grande Pracuúba), localizadas na ilha de Marajó, Amazônia oriental. Foram conduzidas entrevistas semi-estruturadas em 134 residências nas duas reservas, visando levantar informações sobre casos específicos
de caçadas de onças nas UCs, incluindo detalhes que permitissem distinguir individualmente cada evento de caça, como por exemplo, data e local da caçada, nome dos caçadores envolvidos, motivo da caçada, características do animal abatido, etc. Os dados obtidos nas entrevistas foram utilizados para caracterizar os principais padrões de abate de grandes felinos, e para estimar o número de animais abatidos anualmente (pela técnica de captura e recaptura, utilizando os relatos de caça como “capturas”, e relatos repetidos em mais de uma entrevista como “recapturas”). Foram obtidas informações sobre 40 onças-pintadas e 19 onças-pardas abatidas na área de estudo. A maioria dos animais foi abatida no verão, durante o dia, em encontros ocasionais com caçadores na mata. A análise de marcação e recaptura produziu uma estimativa de abate de 20 onças-pintadas e cinco pumas por ano. Para minimizar este impacto, recomenda-se: (i) educação e sensibilização ambiental, direcionada para os caçadores, para reduzir o abate desnecessário de onças; (ii) criar normas que dificultem o encontro entre caçadores e onças, como por exemplo, proibir a caça com cachorros; (iii) fiscalização com punição de casos exemplares.
Responsável pelo projeto Unidade Elildo Alves Ribeiro de Carvalho Jr.
elildojr@gmail.comCENAP -
Inventários de mamíferos terrestres de médio e grande portes como subsídios ao manejo de Unidades de Conservação Federais pouco conhecidas
Ano: 2013
Resumo: Foram conduzidos inventários de mamíferos de médio e grande portes em três UCs de proteção integral: PARNA Mapinguari (AM/RO), REBIO do Guaporé (RO) e PARNA Pico da Neblina (AM). Foram registradas em 2013, por contato visual, indícios ou armadilhas fotográficas, vinte e sete espécies de mamíferos de médio e grande portes no PARNA Mapinguari, onze espécies na REBIO do Guaporé e vinte espécies no PARNA Pico da Neblina.
Estes inventários não esgotam a riqueza de espécies nas UCs, mas para o PARNA Mapinguari representam a primeira investigação de sua mastofauna e para a REBIO do Guaporé o primeiro esforço de armadilhamento fotográfico sistemático; para o PARNA Pico da Neblina, o projeto apontou a necessidade de ações de proteção à fauna ao longo da rodovia BR 307 e a necessidade de ações de manejo das roças na TI Balaio, inserida dentro do PARNA, a fim de evitar conflitos entre os moradores e os queixadas.Responsável pelo projeto Unidade Beatriz de Mello Beisiegel
beatriz.beisiegel@icmbio.gov.brCENAP -
Manejo para conservação de quelônios da FLONA de Tefé e entorno
Ano: 2013
Resumo: A pressão antrópica sobre as populações de iaças, tartarugas-da-Amazônia e tracajás na região da FLONA de Tefé tem se intensificado ao longo dos anos. De acordo com o conhecimento empírico dos ribeirinhos, já é visível a diminuição destas populações, que podem vir a ser extintas localmente. A captura para consumo e venda é realizada tanto por comunitários, quanto por moradores da cidade de Tefé e Alvarães. Considerando esse cenário, foi iniciado um trabalho com os ribeirinhos de manejo para conservação de quelônios na região.
Este projeto é continuo e tem por objetivo iniciar um processo de sensibilização das comunidades ribeirinhas com intuito de diminuir a pressão antrópica sobre estes animais a médio e longo prazo; auxiliar na recuperação das populações de quelônios da região, que vem diminuindo ao longo dos anos; obter dados científicos sobre as espécies para um melhor entendimento da situação atual das populações da região para adequar as estratégias de conservação.
Em 2012, foi realizada uma expedição piloto para o alto rio Tefé, onde se localizam as praias de desova, para transferência de ninhos. Foi feita a transferência de 17 ninhos para praias artificiais próximas as comunidades ribeirinhas envolvidas no projeto, por dois motivos principais: risco de predação antrópica eminente e facilitação logística, tendo em vista que os tabuleiros de desova ficam longe das comunidades. Os ninhos foram cuidados até o nascimento, e os filhotes foram transferidos para berçários, onde permaneceram por 15 dias até a soltura. Foram soltos 371 quelônios em eventos de soltura que envolviam toda a comunidade, em especial as crianças.
Em 2013, devido aos cortes orçamentários do ICMBio e dificuldades na liberação dos recursos aprovados pela DIBIO, apenas alguns comunitários fizeram a transferência de ninhos encontrados em praias próximas, tendo sido soltos 141 filhotes de tracajá.
Atualmente são nove comunidades/localidades ribeirinhas envolvidas no projeto, sendo que outras duas já mostraram interesse em começar a participar. Ressalta-se ainda que este projeto foi demandado, construído e executado pelas comunidades, com o apoio da equipe gestora da FLONA. O grupo já possui dois importantes parceiros: o Programa Pé-de-Pincha da UFAM e a UEA.Responsável pelo projeto Unidade Rafael Suertegaray Rossato
rafaelsuerte@yahoo.com.brFloresta Nacional de Tefé -
Manejo participativo de Tracajás na Resex do Alto Tarauacá, AC
Ano: 2013
Resumo: A Reserva Extrativista do Alto Tarauacá tem área de 160.902,508 ha, está localizada no extremo oeste do Estado do Acre e abrange os municípios de Tarauacá e Jordão. A Resex contribui para a formação do “cinturão verde” no Vale do Juruá, pois faz fronteira com terras indígenas do Kaxinawá do Baixo Rio Jordão, do Jaminawá Arara do Rio Bagé, Kampas do Igarapé Primavera, do Rio Gregório e das Reservas Extrativistas do Alto Juruá e do Riozinho da Liberdade. Cerca de 380 famílias vivem na Resex fazendo da atividade de caça e pesca, meios predominantes de obtenção de proteína animal e gordura. Esta demanda tem aumentado a cada ano, com pressão em determinadas espécies, quer pela apreciação do sabor da carne ou pela facilidade de captura. Indivíduos de quelônios, no caso, tracajás (Podocnemis unifilis) são bastante apreciados pelos moradores da Resex e seu entorno. Resumo completo.
Responsável pelo Projeto Unidade Rosenil Dias de Oliveira
rosenil.oliveira@icmbio.gov.brCNPT -
Primatas em Unidades de Conservação da Amazônia: subsídios à elaboração de planos de manejo e à avaliação do estado de conservação de espécies
Ano: 2013
Resumo: O projeto Primatas em Unidades de Conservação da Amazônia, agrega esforços conjuntos e coordenados de dois Centros de Pesquisa e Conservação do ICMBio e primatólogos de seis Unidades de Conservação da Amazônia brasileira. Seu objetivo maior é o diagnóstico da fauna de primatas presentes nas Unidades de Conservação da Amazônia, levantando dados sobre suas abundâncias e sobre possíveis fatores de impacto sobre suas populações. Resumo completo.Responsável pelo Projeto Unidade Leandro Jerusalinsky
ljerusalinsky@gmail.comCPB
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Controle de gramíneas exóticas invasoras em unidades de conservação do Cerrado