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Voluntários ajudam no monitoramento de tartarugas
Publicado em
08/03/2019 17h50
Atualizado em
27/03/2019 19h24
Base do ICMBio fica na ilha de Fernando de Noronha, onde as tartarugas marinhas se sentem em casa para se alimentarem e reproduzirem
Sandra Tavares
sandra.tavares@icmbio.gov.br
A Base Avançada do Tamar ICMBio em Fernando de Noronha/PE ganhou importantes reforços nesta temporada reprodutiva 2018/2019. Tratam-se de voluntários que foram selecionados para atuar de janeiro a abril deste ano. Os trabalhos realizados estão sendo coordenados pelo analista ambiental da Base, Hellen José Florez Rocha, e tem se mantido focado em dois monitoramentos: da população reprodutiva e das populações das áreas de alimentação.
“Contamos com o qualificado apoio de voluntárias que contribuíram e saem capacitadas nas atividades desenvolvidas pelo Centro TAMAR em Fernando de Noronha, participando ativamente dos monitoramentos das áreas reprodutivas e de alimentação das tartarugas marinhas assim como do monitoramento de aves”, frisa Hellen José. Para o analista ambiental que coordena a Base, sem a participação dos voluntários ficaria impraticável o monitoramento diário de todas as áreas de desova, além das outras demandas da Base.
A população reprodutiva de tartaruga verde tem sido monitorada por meio de caminhadas diárias por todas as praias onde ocorrem desovas e também por “tartarugadas”, nome dado ao monitoramento noturno com o objetivo de flagrar as fêmeas desovando. Sempre que um ninho é localizado, é identificado e acompanhado, e após o nascimento dos filhotes os ovos são contados a fim de registrar o sucesso reprodutivo.
O outro trabalho consiste no monitoramento das populações de tartaruga verde (Chelonia mydas) e de pente (Eretmochelys imbricata) por meio da captura, marcação e recaptura, trabalho feito a partir de mergulhos em apnéia ou autônomo. Como Fernando de Noronha é uma ilha oceânica com perfil turístico, o Projeto TAMAR transmite conhecimento aos visitantes e comunidade local sobre a conservação das tartarugas marinhas e da biodiversidade marinha.
No arquipélago de Fernando de Noronha ocorrem duas das cinco espécies de tartarugas marinhas que existem no Brasil. O território é utilizado como área de alimentação e crescimento da tartaruga de pente (Eretmochelys imbricata) e da tartaruga verde (Chelonia mydas).
Noronha é também área de reprodução da tartaruga verde, que desova principalmente em ilhas oceânicas, ocorrendo no Brasil, além de Noronha, em Trindade e Atol das Rocas, todos territórios de Unidades de Conservação Federais. Das três, Fernando de Noronha é a única ilha oceânica com uma população residente.
A missão do Centro Tamar ICMBio na ilha é imensa, e o apoio da Fundação Pró-Tamar, parceira e cuja união de esforço forma o Projeto TAMAR, contribui imensamente para a conservação das espécies de tartarugas marinhas que ali ocorrem, participando ativamente de todas atividades de pesquisa e monitoramento.
Comunicação ICMBio
(61) 20289280
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