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Vizentin apresenta o Parque Nacional da Furna Feia
O presidente do ICMBio também visitou outras UC no Rio Grande do Norte
Aldo Vasconcelos
aldo.vasconcelos@icmbio.gov.br
Mossoró (01/10/2012) - Durante passagem pelo Rio Grande do Norte na semana passada, onde também prestigiou o VII Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação (CBUC), o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Roberto Vizentin, visitou algumas das Unidades de Conservação (UCs) Federais do Instituto no Estado e ainda participou da cerimônia de apresentação do primeiro Parque Nacional (PARNA) potiguar, o Furna Feia.
Na manhã da quinta-feira (27), Vizentin, Carla Marcon – Coordenadora Regional 6 (CR 6) do ICMBio – e Pedro Menezes – Diretor de Criação e Manejo de Unidades de Conservação do Instituto – foram às Florestas Nacionais de Nísia Floresta e Açu e às sedes administrativas da Reserva Biológica Atol das Rocas e do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação das Cavernas (CECAV/ICMBio), além de terem visitado a superintendência estadual do IBAMA.
Para Mauro dos Anjos, chefe da FLONA de Açu, “a passagem do presidente Vizentin foi importante como forma de prestigiar e valorizar o trabalho dos servidores nas UCs do Estado”. “Especialmente em uma Unidade considerada menor como a nossa, que acredito nunca ter recebido a visita de um presidente do ICMBio antes”, completou. Paulo Roberto Fernandes, chefe da FLONA de Nísia Floresta, endossou a análise do colega: “A visita de Vizentin foi um evento importante para a equipe de servidores e pesquisadores da Unidade, já que na ocasião ele comprovou a importância da UC no contexto ambiental e da região”.
Pela noite, no Memorial da Resistência de Mossoró, o presidente do ICMBio, a Coordenadora Regional 6 e o Diretor de Criação e Manejo de UCs prestigiaram a apresentação oficial do PARNA Furna Feia. Bastante concorrido, o evento contou ainda com a presença de autoridades federais, estaduais e locais, como o Secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Antônio Gilberto Jales (representando a governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini), e representantes das Prefeituras de Baraúna e Mossoró – municípios que abrangem o Parque Nacional –, além do corpo docente de universidades e instituições de Ensino Superior da região.
Na ocasião, foi exibido o vídeo de oito minutos “Furna Feia, Furna Bonita”, que destaca a importância das cavernas envolvidas pelo PARNA tanto para a cultura local, quanto para o cenário conservacionista nacional. A sociedade mossoroense também pôde saber mais sobre o ICMBio e a nova UC através de uma exposição montada no local, com banners referentes à atuação do Instituto e à vasta biodiversidade do Furna Feia.
Visita ao PARNA Furna Feia e reunião de planejamento estratégico
Na sexta-feira (28), a comitiva do ICMBio – liderada por Vizentin, juntamente com o Secretário de Turismo do Estado, Renato Fernandes, e representantes das Prefeituras de Mossoró e Baraúna, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e da Petrobras, visitou o Parque Nacional da Furna Feia, em especial a caverna que dá nome à Unidade.
No período da tarde, o Diretor de Criação e Manejo de Unidades de Conservação do ICMBio, Pedro Menezes, comandou uma reunião de planejamento do PARNA na Biblioteca Municipal de Mossoró, com participação do presidente do Instituto, da Coordenadora Regional 6, do coordenador do CECAV (Jocy Brandão) e do responsável pela base do Centro (Diego Bento), dos secretários de Turismo (Renato Fernandes) e do Meio Ambiente (Antônio Gilberto Jales) do Rio Grande do Norte, do gerente executivo de Gestão Ambiental da Prefeitura de Mossoró (José Mairton de França), e dos representantes da Superintendência Regional do INCRA no Estado (Ana Lúcia Campos), da Petrobras (Elias Epaminondas), do IBAMA/RN (Walber Feijó de Oliveira), do Centro de Estudos e Pesquisas do Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional do Semi-Árido (Ramiro Camacho) e da Polícia Ambiental de Mossoró (José José Almeida).
Na reunião, Pedro Menezes adiantou que o chefe do Parque Nacional da Furna Feia deverá ser nomeado em breve, mas o CECAV e a CR 6 deverão, desde já, articular a criação do Conselho Consultivo da Unidade, que será formado por representantes do Governo do Estado, dos municípios de Mossoró e Baraúna e da sociedade civil.
O Diretor de Criação e Manejo de UCs declarou também que, se houver comprometimento e apoio do Governo do Estado e dos municípios envolvidos, será possível que o Plano de Manejo (documento que balizará a gestão do Parque) seja elaborado com menor custo e mais rapidamente, possibilitando assim o início das atividades de visitação à Unidade. Já o Secretário de Turismo do Estado, Renato Fernandes, destacou que poderá envolver técnicos da secretaria no estudo da sinalização dos limites do PARNA Furna Feia e se comprometeu a buscar financiamento para a instalação de placas no local.
Parque Nacional da Furna Feia
Abrangendo áreas dos municípios de Mossoró e Baraúna, o Parque Nacional da Furna Feia, criado por Decreto Presidencial em 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, engloba 8.494 hectares, com ocorrência de 105 espécies de plantas, 101 espécies de aves, 23 espécies de mamíferos e 11 espécies de répteis. Além de abrigar tamanha variedade de exemplares da flora e da fauna nacionais e ser um dos maiores remanescentes do bioma Caatinga no Rio Grande do Norte, esta Unidade do ICMBio também tem importância no cenário de proteção do patrimônio espeleológico brasileiro, pois já foram identificadas 205 cavernas em todo o seu território. Desde 2002, tais estruturas são estudadas e protegidas pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação das Cavernas, segundo o qual o Rio Grande do Norte é o 7º Estado brasileiro em número de cavernas, com 563 cavidades constantes.
As principais cavidades do PARNA são a Furna Feia, a Furna Nova e a Caverna do Lago, que apresentam grande beleza cênica e destacada importância biológica. Há ainda o Abrigo do Letreiro, em cujas paredes foram localizados vestígios arqueológicos.Uma das prioridades de gestão do Parque será o fomento à pesquisa científica no local, pois acredita-se que os potenciais arqueológico, paleontológico e espeleológico da Unidade sejam ainda maiores.
Comunicação Nordeste ICMBio
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