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Veadeiros termina curso de formação de seus brigadistas
Selecionados passaram por várias etapas até serem convocados para o curso
Brasília (07/05/2015) - Curso de formação de brigadistas para prevenção e combate aos incêndios florestais do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros – unidade de conservação administrada pelo Instituto Chico Mendes localizada em Goiás - foi promovido entre os dias 26 de abril e 01 de maio. Ao todo participaram 71 candidatos.
Com duração de 40 horas divididas entre atividades práticas e teóricas, o curso procurou avaliar a condição física, psicológica e intelectual dos candidatos, expondo-os a situações simuladas, semelhantes ao que irão encontrar durante a estação seca na região, quando as chuvas cessam por até 6 meses, tornando a vegetação nativa altamente propícia a pegar fogo - ocasião na qual qualquer pequeno foco pode se tornar um grande incêndio.
O Parque Nacional nos últimos anos vem realizando um mosaico de aceiros internos, que vem dando bons resultados. Tanto que desde 2010 não há um grande incêndio no interior do Parque, apesar do entorno continuar com a frequência de grandes incêndios a cada três anos, em média.
Soma-se aos aceiros, o manejo do fogo na época chuvosa, com alta umidade do ar, reduzindo a biomassa em locais críticos, o que garante no pico da seca, barreiras de capim verde, onde antes poderia haver grande incêndio.
Como são várias as causas dos incêndios na região, o fogo deve ser abordado de forma multidimensional, como por ações de educação ambiental nas escolas, rádios locais, oferecendo técnicas alternativas de produção aos produtores, como sistemas agrofloretais, enriquecimento do cerrado e fiscalização.
As espécies nativas com enorme potencial econômico são uma das grandes promessas para gerar trabalho e renda às populações locais durante esse período mais seco, como o Baru (Dyterix alata), que proporciona um rendimento de até R$ 3 mil por árvore, ou o piqui (Caryocar brasiliensis), que pode render mais do que soja quando a área possui uma boa densidade de árvores por hectare.
Outra árvore economicamente rentável é o araticum ou bruto (Anona crassiflora), empresas de produtos como sorvetes chegam a pagar até R$ 4,00 por fruto. Estas árvores e muitas outras são exemplo de que é possível conservar o Cerrado e ainda promover geração de emprego e renda na região.