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Unidades de conservação do sul do Brasil participam do 2º Simpósio Gaúcho de Trilhas
Aconteceu entre os dias 26 e 29 de outubro, na Pousada São Chico, em São Francisco de Paula/RS, o 2° Simpósio Gaúcho de Trilhas realização conjunta de alguns dos Caminhos do Rio Grande do Sul, da Rede Brasileira de Trilhas e da Prefeitura Municipal de São Francisco de Paula. O tema central do evento, “Da criação à implantação”, foi pensado para dar continuidade à qualificação e ampliação dos caminhos que compõem o Sistema de Trilhas no Estado do Rio Grande do Sul.
O evento foi uma oportunidade de conectar o trade turístico a outros atores, envolvendo os gestores de áreas protegidas, a administração pública, o terceiro setor, estudantes, voluntários e demais pessoas envolvidas nas trilhas ou com interesse no tema. O 2° Simpósio Gaúcho de Trilhas contou com palestras de especialistas, mesas-redondas, debates e espaços de trocas de experiências entre os participantes.
São Francisco de Paula, no Rio Grande do Sul, foi o município onde, em 2017, foi criada a Trilha de Longo Curso “Caminho das Araucárias” em uma oficina de sinalização de trilhas ministrada pelo ICMBio na Flona São Francisco de Paula. Esta trilha tem aproximadamente 540 km de extensão e percorre dez unidades de conservação, começando no Parque Estadual do Caracol (Canela-RS), passando pela Flona Canela, Parques Nacionais de Aparados da Serra e Serra Geral e terminando no Parque Nacional de São Joaquim (Urubici-SC).
No simpósio foi ressaltada a importância da união, entre as instituições municipais, estaduais, federais e da comunidade, para que a manutenção da sinalização do Caminho das Araucárias seja colocada em prática. Foi discutida a importância das trilhas de longo curso na conscientização da população em relação ao cuidado com o meio-ambiente, no lazer, na saúde e na economia local. Além das tratativas sobre o Caminho das Araucárias, foram realizadas palestras sobre a governança na gestão de trilhas de longo curso, obtenção de recursos estaduais e federais para a manutenção de trilhas.
Outras trilhas de longo curso da região sul foram apresentadas. como o Caminho do Pampa, Caminho de Caravaggio, Caminho das Missões, Caminho da Geodiversidade Gaúcha, Caminhos da Baleia Franca, a Rota dos Pioneiros (trilha aquática), Cassino-Barra do Chuí, entre outras. Houve também, apresentações sobre software para geração e gestão de trilhas e de marketing digital.
A APA da Baleia Franca, localizada no litoral catarinense, apresentou palestra sobre a sua experiência nos Caminhos da Baleia Franca, mostrou seu processo de sinalização de trilhas em ambiente marinho costeiro, as dificuldades de trabalhar sobre solo arenoso muitas vezes em beira de praia, bem como a importância de fazer consulta prévia as comunidades do entorno. A participação social no planejamento e implantação traz o sentimento de pertencimento às trilhas, e pode trazer boas ideias sobre como melhor fazer a sinalização e trajeto.
Outra unidade que participou do evento foi a APA do Ibirapuitã, no extremo sul do Brasil, que está fazendo sinalização nas trilhas dos Caminhos do Pampa. Houve ainda palestra de Bernardo Issa, do MMA, falando sobre as ações do Ministério para apoiar a implementação de trilhas nas UCs e fora delas.
Para a equipe do Parque Nacional da Lagoa do Peixe, a participação no Simpósio foi um aprendizado importante, a UC pretende em breve iniciar sua primeira trilha sinalizada, “nesse sentido as palestras ‘Como surge uma trilha’ e ‘Gestão de trilhas’ trouxeram bons aprendizados para planejar o trabalho que virá. Destaco ainda da importância de conhecer os diversos caminhos que já existem no Rio Grande do Sul, bem como os servidores da SEMA-RS que tem trabalhado nessa questão junto às UCs estaduais”, afirma Lisandro Signorini, analista ambiental do Parna.
No último dia, os participantes do simpósio, puderam caminhar num trecho de 5 km do Caminho das Araucárias, no interior do Parque Municipal da Ronda e vivenciar uma caminhada apreciando as belezas do parque.
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