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Turismo de base comunitária é alternativa de emprego e renda para comunidades indígenas
- Foto: Flavio Forner
Hoje (09), é comemorado o Dia Internacional dos Povos Indígenas. Estabelecida no ano de 1995 pela Organização das Nações Unidas (ONU), a data celebra as lutas de povos indígenas por todo o mundo e expressam a necessidade de reconhecimento internacional para estes povos.
No âmbito do Instituto Chico Mendes, os povos indígenas estão presentes em diversas unidades de conservação. O Parque Nacional e Histórico do Monte Pascoal, localizado na Bahia, é um desses exemplos. O Parque carrega o nome Histórico por abrigar a primeira porção de terra do Brasil avistada pelos navegadores portugueses, o Monte Pascoal.
O aspecto histórico é uma das forças que move o turismo no Parque Nacional e Histórico do Monte Pascoal, com os povos pataxós ocupando o papel de protagonismo na visitação. No ano passado, a unidade foi o sétimo parque mais visitado em 2022, com 367 mil visitas.
A visitação do Parque Nacional e Histórico do Monte Pascoal se divide em dois setores: setor florestal, onde se encontra o Monte que dá nome ao parque e suas trilhas; e a parte litorânea, que abriga as praias entre o Rio Caraíva e o Rio Corumbau, da Vila de Caraíva à Aldeia Bugigão.
De acordo com a responsável pelo uso público do Parque, Danúbia Melo, os visitantes têm várias opções de etnoturismo capitaneado pelo povo Pataxó. “Eles podem participar de rituais como o awê, saber mais sobre as lutas e conquistas no Monumento de Resistência dos Povos Indígenas e ter uma vivência cultural na Reserva Porto do Boi, entre outros”, conta Danúbia.
A aldeia Porto do Boi fica a cerca de 30 minutos de barco de Caraíva, na Aldeia Xandó. A aldeia ainda conta com um Centro Cultural aberto desde 2004.
“Atualmente estamos trabalhando em editais de credenciamento para condutores de visitantes e de transporte terrestre para dar mais segurança e incentivar a geração de renda através do turismo tendo o protagonismo indígena como referência”, diz Danúbia.
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Sobre o Parque
Situado na Mata Atlântica, o Parque possui destaque pela sua biodiversidade e belezas cênicas, e é destaque histórico-cultural pelo fato de ter 100% de sobreposição a territórios indígenas. A mata do Parque é considerada sagrada por eles por ser local de força dos pataxó, morada de encantados e onde vivem os ancestrais e serem como o pai da mata e caipora.
Comunicação ICMBio
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