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Tijuca recebe competição de ciclismo da Rio 2016
Com alto grau de dificuldade, trecho da prova que cortou o parque encanta a todos beleza cênica
Danubia Melo
ascomchicomendes@icmbio.gov.br
Rio de Janeiro (08/08/2016) – Durante o fim de semana (6 e 7), o Parque Nacional da Tijuca, unidade de conservação (UC) administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), no Rio de Janeiro, foi um dos palcos das competições masculina e feminina de ciclismo de estrada das Olimpíadas Rio 2016.
O trecho do percurso que corta o parque surpreende pela beleza inusitada, com direito a muita sombra e até uma cachoeira. A Vista Chinesa (na descida de volta para os bairros da Zona Sul) e seu cenário de cartão-postal confirmam a alcunha de “cidade maravilhosa”.
No entanto, toda essa beleza guarda um trajeto considerado dificílimo por muitos atletas e chefes de equipe, não só pelas longas escaladas e rampas íngremes, mas também pelas descidas extremamente técnicas, muito inclinadas e com curvas fechadas em muitos trechos.
A prova masculina, que percorreu 237 km no total, aconteceu no sábado (6) e contou com a participação de 114 atletas. Dois representantes brasileiros – Murilo Fisher (64º colocado) e Kleber Ramos (não completou a prova) – marcaram presença na competição, cujo vencedor foi o belga Greg Van Avermaet.
Já a disputa feminina, realizada no domingo (7), reuniu 68 atletas e teve como vencedora a holandesa Anna Van Der Breggen. O Brasil foi bem representado nos 136 km de prova por Clemilda da Silva (51ª colocada) e Flávia Oliviera, que terminou a prova na 7ª posição.
Desde o início, havia a expectativa de que a competição seria bastante difícil e muitos atletas não conseguiriam terminá-la. Isso foi comprovado durante o fim de semana: na prova masculina, o então líder e o então vice-líder, Sergio Luis Montoya (Colômbia) e Vincenzo Nibali (Itália), caíram na descida depois de passarem pela Vista Chinesa. Na mesma parte do percurso, no domingo, a então líder Annemiek Van Vleuten (Holanda) sofreu uma forte queda e foi hospitalizada.
Ex-atleta na plateia
Representante do Brasil na competição de ciclismo dos Jogos Olímpicos de Seul, em 1988, o ex-atleta Cezar Danelicze foi à Vista Chinesa para assistir a prova. “Foi maravilhoso! Fiquei muito feliz porque a brasileira estava na frente, bem destacada no top 10 do ciclismo feminino”, afirmou ele.
Danelicze disse que já conhecia o parque. “Quando competia, participei de uma prova que chegava na Mesa do Imperador (o local, um dos atrativos da unidade de conservação fica a 487 metros de altitude, diante de uma belíssima vista da cidade do Rio de Janeiro)."
Ele comentou ainda sobre as diferenças entre entre o percurso na cidade e na parte mais arborizada dentro do parque. “É claro que nessa parte da floresta os atletas oxigenam muito mais, então a floresta se torna muito importante, pois para nós o oxigênio é essencial”
O ex-atleta admitiu que o percurso da floresta é considerado o mais difícil por conta das subidas, descidas e curvas acentuadas. Na subida, segundo ele, é onde normalmente se definem as competições de ciclismo. “E hoje (domingo) deu pra ver que isso é fato”, concluiu.
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