Notícias
Tartarugas morrem mais por afogamento
Estudo mostra que segunda causa de morte é por ingestão de detritos
Brasília (31/05/2012) – Um estudo realizado pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Tartarugas Marinhas (Tamar), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), mostra que a primeira causa de morte da tartaruga-verde (Chelonia mydas) e da tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata) é o afogamento, o que pode indicar interação com a pesca. A pesquisa foi feita a partir da necropsia de animais encalhados nas praias da Bahia, Espírito Santo, São Paulo e Santa Catarina.
Em segundo lugar, estão as lesões ao longo do trato gastrointestinal, causadas pela ingestão de detritos, uma ameaça relevante para as espécies. Esse é um indicativo de que a poluição do mar atingiu níveis elevados. O índice de mortes causadas pela ingestão de lixo chega a 30%, pouco inferior aos afogamentos, que atingem 33%.
A investigação foi realizada em 920 tartarugas-verdes e 69 tartarugas-de-pente, entre janeiro de 2009 e maio de 2011. Os pesquisadores analisaram os conteúdos e estados do sistema digestivo de animais juvenis (93%) com comprimento de casco variando entre 0,25 cm e 0,48 cm.
Os resultados do estudo ampliam a compreensão das ameaças antropogênicas (provocadas pela ação do homem) a que as tartarugas estão expostas, além de serem importantes para subsidiar estratégias e ações de conservação marinha.
O trabalho foi apresentado em março deste ano durante o 32º Simpósio Anual de Biologia e Conservação de Tartarugas Marinhas, realizado no México, sob o título “Ameaças antropogênicas às populações de tartarugas marinhas na costa brasileira”.
Comunicação ICMBio
(61) 3341-9280