Notícias
TAMAR/ICMBio monitora tartarugas marinhas
Estudo visa ampliar o conhecimento sobre o comportamento migratório da espécie
Brasília (21/06/2012) - Para estudar alguns indivíduos suspeitos de hibridismo em tartarugas marinhas e ampliar o conhecimento sobre o comportamento migratório, o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Tartarugas Marinhas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (Tamar/ICMBio), em Sergipe, fixou transmissores em quatro animais, entre os dias 31 de janeiro e 14 de fevereiro.
Os dados emitidos pelos aparelhos indicam que três seguiram no sentido norte da costa brasileira - duas permaneceram entre os estados de Pernambuco e Paraíba e a terceira na costa cearense (esta, após 20 dias de residência, parou de transmitir sinais). A quarta tartaruga viajou no sentido sul e se encontra no Banco de Abrolhos, entre a Bahia e o Espírito Santo. Para esse trabalho, o Tamar/ICMBio conta com a colaboração da Dra. Karen Bjorndal, do Dr.Alan Bolten e Luciano Soares, do Archie Carr Center e da Dra. Eugenia Naro-Maciel, do College of Staten Island.
A análise genética dos tecidos coletados no início do ano está em andamento. De acordo com a coordenadora técnica do Tamar/ICMBio em Sergipe, Jaqueline Comin, ainda não há confirmação de hibridismo, apenas as características externas sugerem a troca de material genético entre duas espécies, Caretta caretta e Lepidochelys olivacea.
Das quatro tartarugas acompanhadas, em apenas duas foi observado retorno para realização de nova desova após a instalação dos transmissores. Uma na base do Abaís (SE), com intervalo de 30 dias, e outra na base de Pirambu (SE), com intervalo de 15 dias.
A pesquisa está em fase inicial de coleta de informações. O estudo ampliará o conhecimento sobre a relação entre as espécies além de esclarecer algumas curiosidades sobre o deslocamento dos animais após a reprodução e sobre o comportamento em áreas de alimentação.
As rotas das tartarugas podem ser acompanhadas pelo site da Sea Turtle. O conteúdo do site é disponibilizado apenas em inglês.
Transmissor
O pequeno dispositivo retangular com uma antena, com peso de 320 a 500 gramas, permite obter informação sobre a localização e movimentos do animal em estudo. É um dispositivo que envia dados sobre a posição geográfica do animal sem necessidade de recuperar o objeto. Possui uma bateria que permite uma autonomia de alguns meses até pouco mais de três anos. Uma vez colocado em uma tartaruga marinha, o transmissor está programado para enviar sinais aos satélites, em intervalos periódicos.
Para saber mais sobre as rotas das tartarugas marinhas e a importância de rastreamento, clique aqui.
Comunicação ICMBio
(61) 3341-9280