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Soltos 5 mil filhotes de quelônios no Lago Erepecu
Publicado em
17/12/2018 17h57
Comunidade e apoiadores do projeto assistem evento de soltura na Rebio do Rio Trombetas.
Na manhã chuvosa do dia 8 de dezembro, foram soltos os primeiros 5 mil filhotes de quelônios das espécies tracajá e pitiú ou iaça no Lago Erepecu, interior da Rebio do Rio Trombetas. A soltura foi acompanhada por quilombolas das comunidades do interior e entorno da Rebio, moradores da vila de Porto Trombetas, pesquisadores e apoiadores do projeto. Aproximadamente 120 pessoas participaram do evento de soltura, que é sempre um momento de alegria e de encanto pela natureza.
Entre dezembro e janeiro são realizados ao menos dois eventos de soltura de filhotes para sensibilização do público local e para confraternização dos envolvidos no Projeto. No evento de soltura, são apresentados o Projeto e seus principais resultados (n° de ovos, n° de filhotes da temporada anterior) e após a soltura dos filhotes é feita distribuição de camisetas do projeto e lanche. O próximo evento de soltura será dia 19 de janeiro do 2019, e serão soltos filhotes de tartaruga-da-amazônia (Podocnemis expansa) no Rio Trombetas.
Em 2017, a Rebio investiu R$ 131 mil em recursos do ARPA no monitoramento de quelônios. Foi a UC que mais investiu recursos financeiros do ARPA na conservação de quelônios até o momento. “Na temporada de 2017 - setembro/2017 a janeiro/2018 - tivemos o melhor resultado de proteção de filhotes de tracajás e pitiús na Rebio. Foram 29.395 mil filhotes de pitiú e tracajá soltos ”, ressala gestora do NGI ICMBio Trombetas, Deborah Castro de Lima. Nos tabuleiros do Rio Trombetas foram protegidos 621 ninhos e 31.774 filhotes de tartarugas da Amazônia (Podocnemis expansa) na temporada anterior, um resultado que mostra uma estabilização da quantidade de ninhos e fêmeas de tartarugas nos tabuleiro da Rebio com um resultado acima da média dos últimos 12 anos.
Além do elevado investimento financeiro, o projeto se destaca por contar com um significativo número de voluntários comunitários, são 27 famílias que trabalham no projeto a cada temporada (6 meses/ano), totalizando mais de 100 pessoas participantes por temporada, entre voluntários, agentes ambientais contratados pela FUNTEC/DF e servidores do ICMBio.
Os voluntários e agentes ambientais são capacitados no início da temporada e realizam manejo e monitoramento de ninhos até o nascimento dos filhotes, são responsáveis por identificar cada ninho com piquete e coletar dados de campo, monitorando desde a coleta de ovos até a eclosão e contagem dos filhotes nas chocadeiras e ninhos naturais. Os ninhos encontrados em praias não protegidas são manejados para as “chocadeiras” em praias protegidas, evitando, assim, o consumo humano ou comércio dos ovos. Os quelônios são alvos de caça ilegal em Porto Trombetas, Oriximiná/PA e região, pois seu consumo é um hábito cultural arraigado em várias partes da Amazônia.
O Projeto visa fortalecer uma cultura de preservação, em que os comunitários e sociedade percebam a importância das áreas protegidas e do manejo conservacionista para manter as populações desses animais, evitando que a predação humana esgote os recursos naturais dos lago Erepecu dentro da Reserva Biológica onde há comunidades quilombolas e um processo em curso de titulação de Territrios Quilombolas sobrepostos à Rebio, esse esgotamento de recursos é uma realidade em outros lagos da região, fora da Rebio, em que a população de quelônios e de peixes grandes está escassa.
Comunicação ICMBio
(61) 20289280
O Projeto visa fortalecer uma cultura de preservação, em que os comunitários e sociedade percebam a importância das áreas protegidas e do manejo conservacionista para manter as populações desses animais, evitando que a predação humana esgote os recursos naturais dos lago Erepecu dentro da Reserva Biológica onde há comunidades quilombolas e um processo em curso de titulação de Territrios Quilombolas sobrepostos à Rebio, esse esgotamento de recursos é uma realidade em outros lagos da região, fora da Rebio, em que a população de quelônios e de peixes grandes está escassa.
Comunicação ICMBio
(61) 20289280