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Sistema de detecção de fogo vai monitorar focos de incêndio no Pantanal
- Foto: Izabela Bruzaca/MMA
A logística costuma ser um dos pontos mais complexos de uma operação de combate a incêndio. A depender do local, o combate pode ser dificultado por questões geográficas - terrenos acidentados, falta de estradas ou locais ermos. Pensando em facilitar a logística do Pantanal, uma parceria entre iniciativa privada, organizações do terceiro setor e Poder Público, instalou um sistema de detecção de fogo na Serra do Amolar que deve proteger, além de propriedades rurais, Reservas de Patrimônio Particular (RPPNs) e o Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense, administrado pelo ICMBio. A iniciativa faz do projeto Abrace o Pantanal.
Na última semana, parte deste sistema foi inaugurado na sede do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), em Corumbá (MS), com a presença do ICMBio e do Ministério do Meio Ambiente. Além das câmeras que estão no IHP, mais dispositivos serão inaugurados em pontos estratégicos. Ao todo, serão 11 câmeras espalhadas por toda a Serra do Amolar que vão complementar o monitoramento que já existe na região com satélites. Uma das vantagens do novo sistema é que as câmeras vão poder superar o problema da cobertura de nuvens, que costuma dificultar a leitura dos dados.
Outra grande vantagem será a rápida possibilidade de mobilização de equipe. Como em incêndios sobre a vegetação cada segundo conta, o sistema vai permitir a detecção de focos de incêndios num intervalo de três minutos. Além de tudo isso, os dispositivos garantem uma cobertura de cerca de 1 milhão de hectares.
O presidente do ICMBio, Marcos Simanovic, que esteve presente na inauguração parabenizou a iniciativa. Segundo Simanovic, os dispositivos podem ser úteis não apenas para incêndios, mas também para monitoramento da unidade como um todo: como adentrar a UC sem permissão, crimes ambientais e outros.
Escritório Técnico em Corumbá
Foto: Izabela Bruzaca/MMA
Na ocasião, o ICMBio inaugurou o escritório técnico do Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense que ficará em Corumbá, num espaço cedido pelo IHP. Assim, as atividades ocorrerão tanto no interior do parque, como no escritório técnico. Para Simanovic, a parceria com o IHP em prol da unidade de conservação busca conservar os atributos naturais, a beleza cênica, promover a pesquisa científica e estimular o turismo.
"A tendência é fazer mais para o parque, gastando bem menos, no sentido de não ter desperdício. A gente também quer fazer captação de recurso, buscar novos recursos para implementar iniciativas positivas para o parque”, garantiu o presidente do ICMBio, durante visita ao IHP.
De acordo com o presidente do IHP, Ângelo Rabelo, destacou que a gestão do parque vai contar com o apoio do IHP na logística, comunicação e, especialmente, na integração das brigadas do Alto Pantanal e do Parque Nacional Mato-grossense.
Com o escritório, o trajeto entre o parque e a estrutura administrativa ficará mais curto, diminuindo os custos operacionais. Segundo o chefe do Parque, Bruno Águeda, o escritório antigo ficava em Cáceres, então, além do trajeto por água, a equipe ainda encarava cerca de 300 km por terra.
Com informações do IHP