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Serra do Espinhaço terá trilha de longo curso
Publicado em
12/07/2018 18h32
Atualizado em
13/07/2018 19h49
Percurso será de 700 quilômetros ligando unidades de conservação e municípios mineiros.
Mais uma trilha de longo curso será implementada, com um percurso de 700 quilômetros ligando unidades de conservação, por meio da Serra do Espinhaço, e vários municípios mineiros. A trilha denominada Transespinhaço foi anunciada durante o 1° Seminário da Trilha de Longo Curso Mineira, que aconteceu no dia 16 de junho, no auditório do Instituto de Geociências da UFMG, em Belo Horizonte, Minas Gerais. A trilha está sendo planejado em conjunto entre o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), voluntários, pelo Centro de Excursionista Mineiro e outros parceiros.
No evento, foram iniciados os trabalhos da implantação da trilha. O Seminário foi organizado pelo ICMBio, responsável pela criação do Sistema Brasileiro de Trilhas de Longo Curso, e reuniu 57 participantes, representando o setor público, privado, agências de turismo da região, além dos praticantes de caminhadas. Durante o evento foram formados os primeiros grupos de trabalho, que serão responsáveis por articular e implementar, inicialmente, três setores da trilha, que envolvem o Parque Nacional da Serra do Cipó e o Parna das Sempre Vivas.
Giselle Melo, presidente do Centro Excursionista Mineiro (CEM) e atual coordenadora-geral da Comissão Provisória da Trilha Transespinhaço, ressalta que a trilha de longo curso começou com uma expressiva participação daqueles que apoiarão a base do projeto. "A Transespinhaço vai colocar Minas Gerais na rota das melhores trilhas para se fazer no mundo”, ressalta Giselle Melo.
"A Transespinhaço beneficiará, não somente o Parna das Sempre Vivas, mas as UCs do Mosaico de Unidades de Conservação do Espinhaço Meridional que já discutiam a conexão dessas áreas protegidas”, pontua Bruno Vinícius, analista ambiental do Parque Nacional das Sempre Vivas. Já Júlio César, analista ambiental do Parque Nacional do Gandarela, destaca a importância da trilha. “A Trasespinhaço contribuirá como via mestra para todos os outros atrativos do Gandarela. A trilha ajudará a alavancar o uso público na unidade”.
“Essa é uma importante oportunidade de alinhar esta proposta com o Projeto Piloto Travessias, que visa a implantação de diversas trilhas de longo curso, seguindo as diretrizes do programa de uso público previsto no Plano de Manejo”, destaca Edward Elis, analista ambiental do Parque Nacional da Serra do Cipó.
Serra do Espinhaço
A Serra do Espinhaço foi considerada pela ONU em 27 de junho de 2005, a sétima reserva da biosfera brasileira devido a sua grande diversidade de recursos naturais. Para os praticantes da caminhada, esta cadeia montanhosa é especial, pois abriga alguns dos pontos mais altos do estado como o Pico do Sol (2072 metros) e o Pico do Itambé (2002 metros). O uso público como ferramenta da conservação já está comprovado internacionalmente e a Trilha Transespinhaço é mais um passo para a consolidação de ações de desenvolvimento da economia local, gerando renda e funcionando como estratégia de conservação das espécies.
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280