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Seminário apresenta estudos desenvolvidos na Floresta Nacional de Açu
O evento promoveu a apresentação de trabalhos científicos realizados na UC
Victor Souza
victor.souza@icmbio.gov.br
João Pessoa-PB (26/09/2013) - Ocorreu no sábado (21), Dia da Árvore, o I Seminário de Pesquisa da Floresta Nacional (Flona) de Açu, situada no município de Assu (RN). Realizado no auditório da sede da unidade de conservação (UC) federal, o evento promoveu a apresentação de trabalhos científicos desenvolvidos na Flona por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN) e da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA).
Entre os 12 estudos expostos, distribuídos entre as áreas de Fitoquímica, Zoologia e Ecologia, o chefe da UC, Mauro Anjos, destaca a apresentação dos princípios ativos de plantas da Caatinga e seus efeitos farmacológicos e antimicrobianos; a importância ecológica das abelhas nativas sem ferrão e o comportamento social do sagui-do-nordeste.
"Destacamos ainda a recente montagem de um grande experimento sobre restauração ecológica na Caatinga, coordenado pela Profª. Gislene Ganade (UFRN). Neste trabalho, inédito no semiárido brasileiro, serão testadas várias espécies de árvores e vários tratamentos, visando desenvolver futuras metodologias para a restauração da Caatinga", afirma Mauro, enfatizando que a maioria dos trabalhos apresentados estão em andamento, enquanto outros serão renovados através do Sistema de Autorização e Informação em Biodiversidade (SISBIO).
Para o chefe da Flona de Açu, a produção de dados científicos sobre um bioma ou uma unidade de conservação é sempre útil para a gestão do conhecimento. "Podemos ilustrar este ponto com o trabalho de ecologia de campo realizado pela Profª. Milena Wachlevski (UFERSA) na Flona, em janeiro deste ano, em que uma atividade didática de campo localizou na unidade o pica-pau-anão-da-caatinga, ameaçado de extinção e fotografou mamíferos como o veado catingueiro, raposas e zorrilhos. A detecção de alguns desses animais não teria sido possível sem o apoio das universidades", explica Mauro.
O Seminário contou com a presença de cerca de 140 participantes, entre pesquisadores, universitários, jornalistas, grupos de escoteiros e alunos de escolas municipais. Ao seu final, foram plantadas seis mudas de angico, importante espécie da Caatinga, como forma de comemorar o Dia da Árvore e como uma compensação simbólica do carbono desprendido no evento.
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