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Reunião discute estruturação da Resex Verde para Sempre
Representantes da reserva no Pará e do Greenpeace vieram ao ICMBio
Elmano Augusto
elmano.cordeiro@icmbio.gov.br
Brasília (26/10/2012) – Diretores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) receberam na tarde desta sexta-feira (26) representantes dos moradores da Reserva Extrativista (Resex) Verde Para Sempre, no Pará, e da organização não governamental (ONG) Greenpeace.
A reunião, que ocorreu no gabinete da presidência, em Brasília, serviu para discutir temas relacionados à estruturação e proteção da unidade, que vem sofrendo vários de tipos de pressão, inclusive, o desmatamento ilegal.
Anastácio da Silva Avelino falou em nome das comunidades da Verde para Sempre e apresentou reivindicações como a execução dos planos de manejo florestais, que vão permitir aos moradores a extração e uso sustentável da madeira da região como forma de garantir renda para suas famílias.
Série de medidas
O presidente do ICMBio, Roberto Vizentin, ouviu tudo atentamente. Depois de lembrar que já esteve por três vezes na resex, que é banhada pelo Rio Xingu e abriga cerca de 2.200 famílias, num total aproximado de 30 mil pessoas, ele citou uma série de medidas que vêm sendo articuladas pelo Instituto para dotar a unidade de estrutura necessária para o seu bom funcionamento.
Destacou, inicialmente, que Instituto vai apressar os planos de manejo florestais que já foram aprovados para algumas comunidades do interior da UC, mas, por questões técnicas, ainda não estão sendo postos em prática. “Reserva extrativista é criada exatamente para servir aos seus moradores”, reforçou o presidente.
Ele afirmou que o Instituto está empenhado na regularização fundiária da unidade, que tem mais de 1 milhão de hectares, na efetivação do Plano de Manejo, que regula, entre outras coisas, o uso sustentável dos recursos naturais e a ocupação do território, e na organização da cadeia produtiva das atividades econômicas exercidadas na reserva, como a exploração sustentável da madeira, a criação de búfalos e a pesca.
Vizentin informou que e
studa a inclusão da Verde para Sempre nos projetos Terra do Meio, que prevê investimentos em várias unidades da região, e no Luz para Todos, que garante eletrificação de áreas rurais, e vai fazer o possível para desencalhar cerca de R$ 5 milhões de compensação ambiental que já estão designados para a unidade.
Denúncia está sendo apurada
Os representantes do Greenpeace, Paulo Adário e Marcio Astrini, reforçaram a necessidade de estruturação o mais rápido possível da reserva, como forma, inclusive, de garantir a sua proteção. Dias atrás, a ONG ambiental entregou ao Ministério do Meio Ambiente fotos feitas a partir de um sobrevoo, que mostram balsas transportando troncos de madeira no Xingu. Segundo eles, a área fica no entorno da resex.
Logo que recebeu a denúncia, a direção do ICMBio determinou a imediata apuração dos fatos e a punição dos responsáveis, caso os suposos ilícitos venham a ser comprovados. Até agora, no entanto, não há qualquer confirmação de que a madeira transportada pelo rio tenha sido originada de desmatamento ilegal no interior da reserva ou de um assentamento do Incra, que fica vizinho.
O coordenador de Proteção Ambiental, Paulo Carneiro, anunciou que o ICMBio tem planos de reforçar a fiscalização na resex, mas, para isso, precisa do apoio dos moradores. Segundo ele, a ideia é criar um comitê de proteção, que teria a participação de agentes do governo e de representantes das várias comunidades da resex, para evitar futuros conflitos.
Participaram ainda da reunião os diretores de Criação e Manejo, Pedro Menezes, de Ações Socioambientais, João Arnaldo, e de Planejamento, Silvana Canuto, além de outros gestores do Instituto envolvidos com ações na Resex Verde para Sempre.
Comunicação ICMBio
(61) 3341-9280