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Retiradas 20 mil colônias de coral-sol em Alcatrazes
Espécie tem alto potencial invasivo e prejudica os corais nativos e a biodiversidade marinha da estação ecológica e do refúgio de vida silvestre no litoral de São Paulo
Brasília (13/02/2017) – O Núcleo de Gestão Integrada (NGI) de Alcatrazes, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), acaba de realizar a retirada de mais de 20 mil colônias de duas espécies de coral-sol da Estação Ecológica (Esec) Tupinambás e Refúgio de Vida Silvestre (Revis) de Alcatrazes, no litoral de São Paulo.
As atividades ocorreram durante expedição ao Arquipélago dos Alcatrazes no período de 6 a 10 de janeiro. Os trabalhos contaram com a colaboração de seis voluntários, três pesquisadores, além da equipe do NGI, e tiveram o apoio da WWF, Cebimar/USP e Unifesp/Baixada Santista.
No período, foram retiradas cerca de 20 mil colônias das duas espécies de coral-sol presentes nas unidades: a do tipo
Tubastraea tagusensis
, de origem equatorial, e
Tubastraea coccinea
, vinda do Indo-Pacífico. Ambas têm grande potencial invasivo, prejudicando a manutenção dos corais nativos e toda biodiversidade marinha associada.
Também foi feito o manejo e retirada do coral-sol na Ilha de Palmas, pertencente à Esec Tupinambás, por meio de diversas incursões no mês de janeiro, totalizando mais de duas mil colônias extraídas.
Identificado em 2011
O coral-sol foi identificado na Esec Tupinambás em 2011, durante os levantamentos de campo para a elaboração do plano de manejo. Considerando o potencial invasor da espécie e a infestação ainda em estágio inicial, a unidade começou em 2013 um projeto para mapear a ocorrência da espécie exótica e controlar a sua população por meio da retirada manual. De lá para cá, já foram extraídas quase 40 mil colônias.
As colônias de corais-sol na Esec Tupinambás e Refúgio de Alcatrazes estão dispersas em pequenas concentrações no infralitoral (região permanentemente submersa, perpendicular ao costão), principalmente nas faces das ilhas voltadas para o continente (face abrigada).
As colônias são retiradas com talhadeira e martelo, e o monitoramento da efetividade do manejo é feito por meio da instalação de seis parcelas fixas em uma área de ocorrência da T. Coccinea, sendo três delas manejadas e as outras três mantidas como controle.
O monitoramento e manejo das espécies invasoras continuará sendo feito pelos servidores do NGI Alcatrazes. A ideia é realizar pelo menos duas expedições anualmente.
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280