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Resex no Pará inovam no uso e produção da borracha
São os encauchados vegetais, produtos impermeabilizados com látex
Brasília (27/11/2012) - As reservas extrativistas (Resex) Terra Grande-Pracuúba e Mapuá, na Ilha de Marajó, no Pará, entram na reta final de implementação do Projeto Encauchados Vegetais da Amazônia. No último fim de semana, foi feita a capacitação dos moradores das duas reservas que vão atuar nas unidades de produção do projeto.
A iniciativa vai beneficiar 60 famílias das comunidades de Umarizal, na Terra Grande Pracuúba, e Santa Rita, no Mapuá, que, além de fabricar os encauchados, vão poder comercializar os produtos, melhorando a sua renda. Assim, poderão utitilizar os recursos naturais de forma equilibrada e manter o modo de vida tradicional, sem destruir a floresta.
De acordo com a gestora da Resex Mapuá, Diana de Alencar, para se chegar à etapa final do projeto, que capacitou moradores e multiplicadores, foram feitos diversos contatos, apresentação e escolha das comunidades.
De 10 a 18 de dezembro, ainda segundo Diana, serão promovidas a montagem de estrutura física das unidades de produção e a última capacitação das comunidades, concluindo o processo de implementação do projeto. Com isso, será dado o primeiro passo para a reativação dos seringais das duas reservas, agora dentro de um novo modelo de produção.
O que é
Encauchados são produtos impemeabilizados com borracha. Os encauchados vegetais têm origem na cultura indígena da Amazônia. É uma técnica de impermeabilização de tecido com o uso do látex da árvore do Caucho (Castilloa ulei). Serve para a fabricação de uma série de produtos.
O processo foi assimilada pelos índios e seringueiros, especialmente na produção do saco encauchado, uma bolsa de algodão colorida e transparente (chita), impermeabilizada com a aplicação do látex do caucho e muito utilizada pela população local para viagens.
Atualmente, a produção dos encauchados de vegetais da Amazônia une o saber tradicional ao conhecimento científico. Os produtos são feitos por meio da vulcanização associada ao nanocompósito polimérico. Esse processo inovador permite a utilização de látex de diferentes espécies de seringueiras.
O Projeto Encauchados Vegetais da Amazônia prevê a produção e comercialização de derivados do látex pela própria comunidade. Têm o patrocínio do programa Petrobras Desenvolvimento & Cidadania e apoio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com recursos provenientes dos fundos setoriais e do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA).
Comunicação ICMBio
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