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Resex Cururupu promove mutirão de limpezas nas praias
Publicado em
17/07/2019 13h59
Atualizado em
17/07/2019 15h18
Atividade faz parte das comemorações de 15 anos de criação da Reserva Marinha de Cururupu localizada no litoral do estado do Maranhão.
Participantes da I Oficina de Resíduos Sólidos ilha de Guajerutiua. (Foto:Acervo/ICMBio)
A Reserva Extrativista (Resex) Marinha de Cururupu, localizada no litoral do estado do Maranhão, completou 15 anos de criação no mês de junho. Para comemorar a data, a equipe da Resex organizou a I Oficina de Reciclagem de Resíduos Sólidos e um mutirão de limpeza nas praias na ilha de Guajerutiua. A Oficina abordou assuntos relacionados aos resíduos sólidos produzidos na ilha pela comunidade e os que chegam pelas correntes marítimas.
Uma das atividades foi uma caminhada pela trilha na ilha de Guajerutiua com alunos da escola Raimundo Tavares, onde foi possível identificar os tipos mais comuns de resíduos sólidos e seus pontos de descarte. A partir do diagnóstico do tipo de lixo que é gerado pela comunidade, foi possível construir uma proposta de coleta seletiva de resíduos plásticos na ilha de forma participativa. Segundo a analista ambiental da UC Laura Reis, os resíduos separados foram armazenados em sacolas retornáveis e transportados das ilhas para o continente através de embarcação quinzenal. Também foi realizado um mutirão de limpeza na orla da ilha com auxílio dos moradores. Os comunitários de Guajerutiua foram convidados para participar da ação que teve como protagonistas crianças, jovens e mulheres e até integrantes de outras ilhas que compõe a Resex Marinha de Cururupu, demonstrando forte organização social e compromisso com o meio ambiente.
Na orla da praia, foram coletados cerca de 200 quilos de resíduos contendo garrafas PET, sacolas, restos de tecido, latas, embalagens, garrafas de vidro. A Prefeitura de Cururupu, em parceria com o ICMBio, disponibilizou uma embarcação e um caminhão para a destinação correta dos resíduos coletados. Participaram do evento representantes da Prefeitura de Cururupu, ONG Ecos de Gaia, Associação de moradores da Reserva Extrativista Marinha de Cururupu (AMREMC), conselheiros das Ilhas de Caçacueira, Lençóis, Peru, Mirinzal e Mangunça, e Coordenação Regional do ICMBio de Belém.
Plano de Combate ao Lixo no Mar
Em 22 de março deste ano foi lançado pelo Governo Federal o Plano Nacional de Combate ao Lixo no Mar. O plano apresenta seis eixos de implementação e está organizado em 30 ações de curto, médio e longo prazos. Entre as ações: a realização de mutirões para a limpeza de praias e mangues e o estímulo à coleta seletiva. Grande parte dos resíduos que estão nos oceanos foram mal geridos e levados para o mar através das praias e vias navegáveis.
O mutirão de limpeza de praias tem o intuito de apoiar e conectar uma nova geração de líderes comunitários para agir juntos no sentido de encontrar soluções eficazes para a problemática do lixo. O lixo no mar é atualmente um dos principais desafios da gestão ambiental contemporânea. A estimativa é de que 80% dos resíduos sejam constituídos principalmente por plásticos, filtros de cigarro, borrachas, metais, vidros, têxteis e papéis. O Plano Nacional representa uma inovação e um grande esforço de mobilização para responder de forma coordenada e integrada à poluição do ambiente marinho, que traz impactos não só aos ecossistemas mas também, ao turismo, saúde e segurança de navegação.
Comunidade engajada no mutirão de limpeza. (Foto:Acervo/ICMBio)
Sobre a UC
Criada em 2004, a Resex de Cururupu possui 186 mil hectares de extensas formações vegetais caracterizadas por manguezais, além de restingas e formações florestais secundárias de terras firmes. O bioma é considerado marinho-costeiro, com forte influência das formações amazônicas. Em 2010, foi celebrado o Contrato de Concessão de Direito Real de Uso, em que gestão de parte do território de uma unidade de conservação é repassada a uma associação que representa os moradores. A comunidade passou a ter responsabilidades e direitos à licenças e autorizações para uso sustentado e financiamentos para produção, além de permitidos o uso da terra e facilitação de políticas públicas para melhorias sociais e econômicas nas comunidades.
Um ano depois foi criado o Conselho Deliberativo, promovendo a gestão compartilhada da Unidade com ampla participação da sociedade. Através das reuniões de Conselho foi possível construir coletivamente o Acordo de Gestão e o Perfil da Família beneficiária, documentos que contém regras de manejo dos recursos naturais, uso e ocupação da área e reconhecimento dos direitos e deveres destas famílias residentes no interior ou entorno das unidades de conservação federais. Já o Plano de manejo foi publicado em 2017, com o intuito de orientar a gestão e fazer cumprir os objetivos estabelecidos na criação da Unidade de Conservação.
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) relacionados:
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Comunicação ICMBio
(61) 2028 9280
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