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Reserva no Pará estuda o uso de produtos da floresta
Terra Grande-Pracuúba quer adotar manejo madeireiro comunitário
Brasília (17/10/2012) – O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) acaba de realizar, em parceria com o Instituto Floresta Tropical (IFT), diagnóstico sobre manejo comunitário madeireiro e não madeireiro na Reserva Extrativista Terra Grande-Pracuúba, na Ilha do Marajó, no Pará.
A análise florestal, que começou no dia 8 e seguiu até a segunda-feira (15), foi feita nos municípios de Curralinho e São Sebastião da Boa Vista, onde fica a reserva. Esse trabalho é importante para que os moradores e usuários da resex possam legalizar o manejo dos produtos da floresta e se beneficiar dessa atividade.
A parceria entre o ICMBio e o IFT visa apressar o início do manejo florestal nas unidades de conservação (UCs) da região. Além da Terra Grande-Pracuúba, há na Ilha do Marajó as resex Mapuá e Gurupá-Melgaço e a Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Itatupã-Baquiá.
Ação institucional
As atividades de intercâmbio, ocorridas em fevereiro de 2012 em Porto de Moz (PA), inauguraram a ação institucional na região, que foi seguida pelo curso de tomadores de decisão sobre manejo florestal, na Resex Terra Grande-Pracuúba, promovido em setembro. As iniciativas geraram visitas técnicas, que resultaram na elaboração de um relatório. No documento, são destacadas as potencialidades e os obstáculos para se adotar o manejo florestal comunitário.
Segundo Aline Simões, chefe da resex Terra Grande-Pracuúba, o processo de implementação do manejo é longo e a UC espera contar tanto com o apoio do IFT e do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), como de todas as ferramentas e parceiros possíveis, pois, além das exigências técnicas, há a questão social. “Estamos traçando metas e um planejamento conjunto para o próximo ano, buscando trabalhar o tema da melhor forma possível, sempre apostando em melhores respostas para aprimorar a qualidade de vida da população da Resex”, afirmou ela.
Conservação
A ideia, segundo Aline, é levantar o maior número de informações, para que o ICMBio e as comunidades possam discutir os caminhos a serem adotados na conservação das florestas e na preservação dos meio de vida das populações tradicionais que vivem na reserva. Assim, serão coletadas e sistematizandas as impressões, preferências e dúvidas dos moradores locais a respeito dos temas relacionados ao uso dos recursos florestais na resex.
Ainda segundo a chefe, esse trabalho é baseado nos seguintes tópicos: levantar iniciativas locais de uso dos recursos florestais que estão em andamento; avaliar interesses, vocações e níveis de organização local para ações de fomento ao manejo florestal comunitário; instigar, mesmo que de forma ainda superficial, o interesse das famílias em melhorarem os processos de extração e de beneficiamento da madeira através do manejo; e verificar se existem comunidades ou públicos desejáveis para iniciar um trabalho de sensibilização e de capacitação em manejo florestal comunitário madeireiro e não madeireiro.
Comunicação ICMBio
(61) 3341-9280