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Reserva Extrativista aposta na produção de óleo de babaçu
Projeto que envolve 30 famílias de quebradeiras de coco gerou mais de 6 mil kg de óleo em 2016
Brasília (10/03/17) – Mais um ciclo de atividades do projeto de produção de óleo de babaçu na
Reserva Extrativista (Resex) Extremo Norte do Estado do Tocantins
chegou ao fim e, para avaliar o trabalho realizado, a unidade de conservação (UC) promoveu um encontro que reuniu as mulheres extrativistas e representantes da Resex, da Associação da Reserva Extrativista do Extremo Norte do Tocantins (Arent) e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Município de Carrasco Bonito (TO).
A produção de óleo de babaçu na Resex envolve 30 famílias de quebradeiras de coco. Os extrativistas são responsáveis pela coleta, quebra do coco e entrega da amêndoa, além do seu beneficiamento, por meio da extração do óleo e acondicionamento do produto. O projeto conta com três usinas de extração de óleo instaladas. Uma delas está em funcionamento desde 2012 e já resultou na extração e comercialização de mais de seis toneladas de óleo de babaçu.
Resultados
Segundo dados divulgados na reunião de avaliação, em 2016 o grupo de produção entregou para processamento 12.521 kg amêndoa, o que gerou mais de 6 mil quilos de óleo de babaçu e uma renda de aproximadamente R$ 30 mil para as envolvidas, conforme a produção de cada uma das extrativistas participantes.
Durante a reunião, os participantes também definiram as estratégias de ação para o ano de 2017. Foram decididas novas ações de comercialização e mudanças no pagamento das quebradeiras de coco. A venda passará a ser realizada no mercado local, em virtude do aumento da demanda na região, capaz de absorver toda a produção e consequentemente melhorar o preço. A nova estratégia contribuirá para o incremento da renda das famílias envolvidas e o sistema de pagamento passará a ser mensal ou bimensal, conforme a produção e comercialização.
Lino Rocha de Oliveira, chefe da Resex, avaliou como positiva a produção do ano de 2016, pois, além de garantir renda para as famílias envolvidas, houve também uma procura maior da sociedade pelo consumo do óleo de babaçu. Segundo ele, esse fator despertou um grande interesse da população do Bico do Papagaio, região em que está inserida a reserva.
“Também conseguimos chegar com nosso óleo em um mercado potencial, que é a cidade de Imperatriz, o que tem contribuído para a consolidação do nosso projeto”, destacou Lino. Ainda segundo o gestor da UC, a ideia para 2017 é intensificar as atividades, ampliar a capacidade produtiva e caminhar para, em um futuro breve, consolidar a proposta de se construir uma cooperativa com o objetivo de “organizar melhor o grupo e criar melhores condições de gestão do projeto, uma forma de empoderar as quebradeiras de coco para que elas possam gerir adequadamente o negócio que é delas”, ressaltou.
Comunicação ICMBio
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