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Acordo para fortalecer Unidades de Conservação é assinado
Intenção é somar esforços para desenvolver a região litorânea do Paraná
Intenção é somar esforços para desenvolver a região litorânea do Paraná
Brasília (18/06/2014) — A Reserva Biológica (Rebio) Bom Jesus (PR) lançou o projeto "Trilhas da Biodiversidade" esta semana. Trata-se de uma parceria para fortalecer a gestão das Unidades de Conservação (UCs) do estado. O encontro aconteceu na sede da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), organização representante da sociedade civil.
O Projeto visa o estabelecimento de trilhas de monitoramento, implantação de base cartográfica para o planejamento das ações de manejo, fiscalização da Rebio e entorno, elaboração de mapas temáticos para ações emergenciais e regularização fundiária. Além disso, a ideia é que haja um item de suporte à captação de recursos e elaboração dos documentos do plano de manejo da reserva Bom Jesus, Estação Ecológica (Esec) e Área de Proteção Ambiental (APA) de Guaraqueçaba.
A região é uma das últimas reservas com grande extensão do Paraná e está protegida por duas Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN): a Reserva Natural do Cachoeira e a Reserva Natural Serra do Itaqui. Somadas, as unidades compõem um corredor ecológico com mais de 50 mil hectares dentro da dentro da APA de Guaraqueçaba. No local, vivem diversas espécies ameaçadas de extinção, como antas, onças pintadas e papagaio de cara roxa.
Mônia Fernandes, chefe da Rebio, disse que a importância do projeto é a soma de esforços entre a sociedade civil, representada pela SPVS, empresas, no caso a Fundação Boticário, e o governo brasileiro, representado pelo ICMBio. "Isso tudo no sentido de contribuir para a conservação e desenvolvimento da região litorânea do Paraná, um dos últimos redutos em que a mata atlântica é expressiva no Brasil", afirmou.
Para Clóvis Borges, diretor executivo da SPVS, a parceria entre as instituições envolvidas soma forças para intensificar o relacionamento com outros atores locais, como prefeituras, destacando os benefícios das unidades para os municípios. "A proposta demonstra organização e integração institucional. É um primeiro grande passo para fortalecer e unificar a gestão de unidades no litoral do Paraná", explicou.
De acordo com Borges, esse é um problema de interesse público. "É necessário incentivar o diálogo entre gestores das UCs para buscar mais colaboração, manter o relacionamento com instituições de pesquisa, comunidades locais, poder público e empresas privadas, visando potencializar as ações de conservação", disse.
Também participaram do evento a Rede Pró UC e a Mater Natura.