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Rede de pesca é removida na APA Costa dos Corais
Publicado em
20/02/2020 20h08
Atualizado em
21/02/2020 16h53
O petrecho estava localizado sobre várias espécies de corais dentro da zona de visitação Galés de Maragogi
Petrecho de pesca de 150 metros foi encontrado na unidade de conservação - Foto: Pedro Pereira
Durante uma ação rotineira de monitoramento, servidores do ICMBio e integrantes do Projeto Conservação Recifal encontraram uma rede de 150 metros de lagostim. O petrecho estava localizado sobre várias espécies de corais dentro da zona de visitação Galés de Maragogi, dentro da APA Costa dos Corais.
Durante uma ação rotineira de monitoramento, servidores do ICMBio e integrantes do Projeto Conservação Recifal encontraram uma rede de 150 metros de lagostim. O petrecho estava localizado sobre várias espécies de corais dentro da zona de visitação Galés de Maragogi, dentro da APA Costa dos Corais.
A atividade de monitoramento é executada de forma rotineira nos vários ambientes da APA Costa dos Corais, em especial nos ambientes recifais, e tem como objetivo monitorar os impactos da visitação e avaliar a efetividade do zoneamento marinho da Unidade de Conservação. A rede foi encontrada no último dia 12, durante o segundo mergulho, no local chamado “Mãe de Galé”. Petrechos como estes ameaçam e quebram espécimes de corais como
Millepora alcicornis
,
Millepora braziliensis
,
Montastraea cavernosa
e a espécie ameaçada de extinção
Mussismilia hartii
.
Após duas horas de empenho de toda a equipe o petrecho foi removido da água e levado a sede do NGI APA Costa dos Corais dentro do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Nordeste (Cepene) para análise e destinação. O material estava consideravelmente deteriorado e com bastante material emalhado, especialmente com algas e restos de corais. A estimativa é que o material estava por lá há pelo menos um mês. A rede é caracterizada como “pesca fantasma”, quando um petrecho de pesca é perdido ou abandonado pelo usuário, mas permanece no ambiente causando danos ao ecossistema.
A área em questão está dentro da Zona de Visitação da Galés de Maragogi, cuja regulamentação para visitação data de 2009. No local, são realizados dezenas de passeios embarcados para banho, recreação e mergulho. Nessa zona de manejo são permitidas atividades de visitação, pesquisa e monitoramento. A pesca não está autorizada. A rede foi encontrada cerca de 500 metros distante da área e ancoragem das embarcações.
O analista ambiental do ICMBio Costa dos Corais, Eduardo Almeida, destaca que a equipe pretende planejar mais ações para coibir a pesca fantasma. Estas devem ser feitas em parceria com operadoras de mergulho local para ampliação das áreas de monitoramento na APA Costa dos Corais. O material que for apreendido deve ser doado para o “Projeto Pesca Fantasma”, desenvolvido pela Universidade Federal Rural de Pernambuco.
Lixo No Mar
As redes fantasmas são parte do problema do lixo no mar, um dos seis eixos da Agenda Nacional de Qualidade Ambiental Urbana, prioridade do Ministério do Meio Ambiente. Monitoramento e fiscalização, ações de coleta e fomento de projetos que otimizam a gestão dos resíduos sólidos nos municípios são algumas das estratégias traçadas e consolidadas com o objetivo de reduzir e erradicar o fluxo de resíduos nos ecossistemas marinhos. Até agora, cerca de 35 mil toneladas já foram recolhidas por toda costa brasileira.
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