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Recifes de coral são monitorados em Noronha
Publicado em
14/12/2018 18h09
O monitoramento, que ocorre desde 2002, foi realizado em sete sítios dentro do Parque Nacional de Fernando de Noronha.
Na primeira semana de dezembro, a equipe do Reef Check Brasil esteve no Arquipélago de Fernando de Noronha para mais uma expedição de monitoramento dos recifes de coral no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, que ocorrem desde o ano de 2002. O Programa de Monitoramento dos Recifes de Coral do Brasil, Reef Check Brasil, realiza o acompanhamento da saúde dos ecossistemas recifais brasileiros através de estimativas de abundância de organismos considerados indicadores.
O monitoramento foi realizado em sete sítios dentro do Parque Nacional, como a Laje Dois Irmãos e Sancho, que apresentam alta abundância de corais, principalmente da espécie Montastraea cavernosa, e em sítios onde não é permitida a visitação turística ou realização de demais atividades, além de pesquisa, como no Zé Ramos.
A saúde dos ecossistemas coralíneos avaliados se mostrou positiva, com menos de 5% da população de corais doentes ou branqueados. Entretanto, deve ser ressaltada a influência do grande número de pessoas frequentando a ilha, com efeitos indiretos nesses ecossistemas tais como a poluição por esgoto e a alta geração de resíduos sólidos, além de ancoragem de embarcações em substratos não arenosos. Também é importante manter-se alerta ao aumento de temperatura da água do mar, pois este ano o fenômeno El Niño poderá afetar a saúde destes ecossistemas.
A equipe contou com parceiros da Universidade Federal de Pernambuco, do Projeto Áreas Marinhas e Costeiras Protegidas – GEF-Mar, Tamar/ICMBio Fernando de Noronha e do NGI-ICMBio Fernando de Noronha, e foi possível graças ao apoio da operadora de mergulho Atlantis Divers, da All Angle Images e do Projeto Golfinho Rotador.
O monitoramento Iniciou no ano de 2002, com a coordenação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e o apoio do Instituto Recifes Costeiros (IRCOS), ao adaptar os protocolos da GCRMN (Global Coral Reef Monitoring Network) às características dos recifes locais. Assim, resultou um protocolo adaptado compatível com o protocolo internacional do Reef Check. Desde 2015 o Programa é executado em parceria entre o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Nordeste - Cepene/ICMBio, a UFPE e o IRCOS.
Comunicação ICMBio
(61) 20289280
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