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Rebio no Pará promove a festa das tartarugas
Solturas de tartarugas-da-amazônia, iaçás e tracajás marcam recorde de 60 mil filhotes nascidos este ano
Brasília (08/12/2011) – Um barco saído de Manaus (AM), levando pesquisadores do Inpa (Instituto de Pesquisas da Amazônia), deve chegar neste domingo (11) à Reserva Biológica (Rebio) do Rio Trombetas, em Oriximiná, no noroeste do Pará. Os pesquisadores vão participar de duas solturas de filhotes de quelônios (animais com casco) no rio Trombetas.
Os eventos, já denominados de “a festa das tartarugas”, são organizados pela chefia da Rebio Rio Trombetas, administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e gestora do Projeto Quelônios da Comunidade.
A primeira soltura, de mil filhotes de tartaruga-da-amazônia ( Podocnemis expansa ), será na terça-feira (13), nos tabuleiros à margem da Rebio e da Floresta Nacional (Flona) Saracá-Taquera. A segunda, de mil tracajás ( Podocnemis unifiques ) e iaçás ( Podocnemis sextuberculata ), ocorrerá no dia seguinte, quarta (14), no lago Erepecu, no lado da Rebio.
Além dos analistas do ICMBio e pesquisadores do Inpa, participarão dos eventos membros do conselho consultivo da reserva, educadores ambientais, representantes das entidades financiadoras do projeto, alunos de escolas do interior e entorno da Rebio e da Flona e moradores da região, entre eles, remanescentes de quilombolas.
RECORDE - Segundo o chefe da Rebio, José Risonei, estima-se para este ano a soltura de mais de 60 mil filhotes nos tabuleiros protegidos pela Rebio, um recorde. Tudo isso é resultado, ainda segundo ele, da parceria entre o ICMBio, Inpa, MRN (Mineração Rio do Norte), Prefeitura de Oriximiná, Polícia Militar do Pará e, principalmente, moradores da região.
“Os quelônios que serão soltos nesses dois dias, irão representar de forma simbólica os mais de 60 mil quelônios que eclodiram nas últimas semanas”, diz Risonei. Ele lembra que o manejo de quelônios no lago Erepecu ocorre há anos ( leia a nota técnica no link abaixo ) e é realizado pelos moradores com o apoio do Instituto Chico Mendes.
Na região amazônica, as tartarugas, tracajás e iaçás são espécies tradicionalmente utilizadas pelas populações locais como fonte de alimento. Embora não sejam classificados como em extinção pelos órgãos ambientais brasileiros, esses animais estão ameaçados de extinção localmente e constam na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza. A tartaruga-da-amazônia é classificada como dependente de programas de conservação, já o tracajá e a iaçá como vulneráveis.
Clicando aqui você tem acesso à nota técnica da Rebio Trombetas
Ascom/ICMBio
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