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RAN promove oficina para construção de Plano de Ação de Répteis e Anfíbios Ameaçados de Extinção
O objetivo foi definir a implementação de uma política voltada para conservação dos recursos naturais da Serra do Espinhaço
Brasília (10/10/2011) - O Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Répteis e Anfíbios do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (RAN/ICMBio) promoveu, entre os dias 26 a 30 de setembro, em Jaboticatubas (MG), oficina de planejamento do Plano de Ação Nacional (PAN) para Conservação dos Répteis e Anfíbios Ameaçados de Extinção na Serra do Espinhaço.
O objetivo foi definir a implementação de uma política voltada para conservação dos recursos naturais da Serra do Espinhaço. Para isto a construção do PAN conta com o apoio do Projeto Nacional de Ações Integradas Público-Privadas para Biodiversidade (Probio) e da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.
O Plano visa aumentar o conhecimento sobre as espécies-alvo e implementar medidas que favoreçam sua conservação bem como a de seus hábitats, num prazo de cinco anos. Ele é orientado por recorte geográfico, tendo seus limites iguais aos da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço (RBSE), com aproximadamente 31.814 Km.
No PAN constam 20 espécies-alvo, sendo dez deste total endêmicas da Serra do Espinhaço, quatro ameaçadas de extinção (IN 03/03 e Lista Vermelha de Minas Gerais) e as demais na lista de Minas Gerais e da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), sem ter ainda ao certo o quanto essas ameaças afetam suas populações.
A oficina contou com a participação de 25 convidados que representaram 18 instituições (UFMG, PUCMinas, UFOP, USP, UFVJM, IEF, Comitê RBSE, Instituto Biotrópicos, Fundação France Libertés, Parques Nacionais da Serra do Cipó e Sempre Vivas, Área de Protreção Ambiental Morro da Pedreira, Coordenação regional do ICMBio CR-11, Vale e Silviminas. Servidores do RAN, COPAN e do Parque Nacional Grande Sertão de Veredas participaram da organização e condução dos trabalhos.
O número de répteis e anfíbios na lista nacional de espécies ameaçadas de extinção deve aumentar nos próximos anos, pois o processo de avaliação do estado de conservação da herpetofauna no Brasil está previsto para ser concluído em 2013.
Serra do Espinhaço
A Serra do Espinhaço é uma cadeia montanhosa que forma a única Cordilheira do Brasil e está inserida na parte norte-sul do estado de Minas Gerais chegando até a Chapada da Diamantina, na Bahia. A localidade abriga três biomas: Cerrado, Mata Atlântica e Caatinga.
Nas partes altas da cadeia apresentam-se os Campos Rupestres – uma fitofisionomia única no mundo, frágil e de baixa resiliência. A Serra têm alta diversidade de flora, fauna e minério, alguns endêmicos da região e do Brasil. A extensão da área, as belezas naturais e a importância biológica, geomorfológica e histórica foram reconhecidas pela Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em 2005, com a criação da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço (RBSE).
As principais atividades econômicas na região são o extrativismo mineral e vegetal, pecuária e turismo. O desenvolvimento dessas atividades de forma desordenada tem afetado o habitat e as espécies da fauna e flora, algumas já com algum grau de risco de extinção e muitas, sabidamente ameaçadas, porém ainda carentes de estudos que avaliem os impactos das ações antrópicas sobre suas populações. Mais da metade das espécies presentes no Livro Vermelho de Minas Gerais ocorrem na Serra do Espinhaço.
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Ascom/ICMBio
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