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RAN monitora lagartos em UCs da caatinga
Publicado em
19/12/2019 17h25
Atualizado em
19/12/2019 17h27
As informações coletadas servem para alertar para possíveis alterações na captura e na distribuição das espécies em resposta às mudanças climáticas e outras pressões antrópicas.
Ameivula ocellifera é capturado em armadilhas de interceptação e queda instalada na Serra da Capivara. (Foto:Acervo/ICMBio)
O Programa de Pesquisa e Monitoramento do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Répteis e Anfíbios (RAN), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), realiza o monitoramento de lagartos em duas unidades de conservação com o bioma da caatinga.
O Programa de Pesquisa e Monitoramento do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Répteis e Anfíbios (RAN), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), realiza o monitoramento de lagartos em duas unidades de conservação com o bioma da caatinga.
Os dados coletados compõem uma série histórica, que já soma 8 anos. O resultado é de 1.665 lagartos de 27 espécies registrados no Parque da Serra da Capivara, no Piauí, e de 2.638 lagartos de 25 espécies na Estação Ecológica (Esec) Raso da Catarina, na Bahia. As informações coletadas visam alertar para possíveis alterações na frequência de captura e distribuição das espécies em resposta às mudanças climáticas e outras pressões antrópicas. Assim é possível informar aos gestores das unidades de conservação sobre a necessidade de adaptar as estratégias de manejo para a conservação, melhorando a efetividade das unidades na preservação da biodiversidade.
As amostragens de lagartos ocorrem duas vezes por ano, na estação da chuva e na estação seca. A captura é feita com armadilhas de interceptação e queda enterradas, num total de 100 armadilhas em cada unidade. As armadilhas são revisadas diariamente por 10 dias consecutivos e os animais capturados são registrados e soltos no mesmo local. Em 2019, foram realizadas quatro expedições. As duas unidades de conservação (Parna da Serra da Capivara e Esec Raso da Catarina) foram escolhidas por serem consideradas áreas prioritárias para conservação da biodiversidade, por terem fragmentos bem preservados do bioma caatinga e, ainda, por conterem alta diversidade e a presença de espécies endêmicas.
O Programa de Pesquisa e Monitoramento promove e executa ações de pesquisa, visando o planejamento das unidades de conservação federais e seus entornos, além de áreas estratégicas para a conservação da Herpetofauna (ramo que estuda os répteis e anfíbios) ameaçada. Entre essas ações, o RAN executa também, desde 2012, o projeto Monitoramento de Squamata (pertencente à classe dos répteis) em Unidades de Conservação Federais no Bioma Caatinga, uma iniciativa piloto para o programa de monitoramento do ICMBio (Monitora), executado, incialmente, na Esec Raso da Catarina e no Parna Serra da Capivara.
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280
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