Notícias
Projeto é desenvolvido no lago da hidrelétrica de Balbina
Região está dentro da Rebio Uatumã, no Amazonas
Brasília (01/08/2012) - O projeto Radiotelemetria da Ariranha é desenvolvido dentro da área da Reserva Biológica do Uatumã, no lago da usina hidrelétrica (UHE) de Balbina, no Amazonas, e visa a conhecer melhor aspectos da biologia e ecologia do animal. Tem o apoio da Fundação O Boticário de Proteção da Natureza, da Associação Amigos do Peixe-Boi (Ampa) e do Centro de Preservação e Pesquisas de Mamíferos Aquáticos (CPPMA), da Eletrobrás/Amazonas Energia e Philadelphia Zoo/USA.
O LMA, do Inpa, realiza amplo estudo na área do reservatório da UHE Balbina desde 2001. Os dados coletados na região revelaram que hidrelétricas tem potencial para abrigar populações estáveis de ariranha, se pelo menos duas condições estiverem presentes: a existência da espécie na área antes da formação do lago e a reduzida ocupação humana na área do reservatório.
O projeto busca dar continuidade ao monitoramento dos diferentes grupos da espécie do lago de Balbina. A radiotelemetria tem sido empregada com sucesso e vem produzindo informações ecológicas valiosas para outras espécies de lontras ao redor do mundo.
No caso das ariranhas, a captura e marcação (através de implante intraperitoneal) para monitoramento por telemetria representa um grande avanço na tentativa de responder questões sobre deslocamentos e uso de habitats durante todas as épocas do ano e dispersão de juvenis quando atingem a maturidade sexual.
A área de estudo possui cerca de 450 km², o que representa aproximadamente 10% do reservatório, cuja área total estimada é de 4.438 km². A área permite acompanhamento dos grupos de ariranhas ao longo de todo o ano, possibilitando assim uma descrição dos requerimentos ecológicos da espécie.
O lago está situado na porção central do estado do Amazonas, com acesso pela Vila de Balbina, município de Presidente Figueiredo (AM), distante cerca de 180 km da capital Manaus. Excursões mensais ao lago de Balbina são realizadas com duração de 10-15 dias, cada uma.
Comunicação ICMBio
(61) 3341-9280