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Projeto descobre novos sabores do caju
Mulheres da Resex Delta do Parnaíba inovam na culinária com receitas à base do produto do cajueiro, espécie abundante na reserva
Brasília (01/08/2016) – Identificar e fortalecer a relação da comunidade com a biodiversidade da Reserva Extrativista (Resex) Marinha Delta do Parnaíba, entre Piauí e Maranhão, buscando segurança alimentar, proteção do recursos ambientais e geração de renda por meio de atividades que valorizem a cultura local são alguns dos objetivos do projeto lançado na sexta-feira (29), na Ilha das Canárias, na região da reserva.
No lançamento, gestores e parceiros do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão responsável pela administração da reserva, promoveram encontro com mulheres da comunidade, intitulado “Os novos sabores do caju”, para promover atividades relacionadas à culinária a partir dos recursos naturais da região, dentre eles, o caju.
Com a orientação e supervisão do chef português José Coelho, que também é voluntário da Resex, as mulheres participantes do encontro produziram quatro pratos (receitas) elaborados à base do caju – coxinha, escondidinho, pastel e vatapá.
“Foi dez! Adquirimos mais experiências e tiramos as mulheres da rotina, houve socialização, foi tudo de bom”, disse Ligênia de Fátima Azevedo, uma das participantes do encontro. “O projeto deve continuar para ganhe credibilidade e as mulheres não deixem a peteca cair”, reforçou.
Tatiana Rehder, da Resex, disse que o intuito é aproveitar o caju que está no período de frutificação na comunidade. “A iniciativa é uma ótima oportunidade de empreender e inovar, adotando-se outras possibilidades de uso e beneficiamento do caju”, afirmou ela.
O cajueiro (Anacardium occidentale L.) é uma planta nativa, que ocorre em área de restinga e na parte baixa de dunas. Cumpre papel importante do ponto de vista social e econômico. A castanha e polpa, parte carnosa (pseudofruto), são utilizados na alimentação e constituem uma rica fonte de nutrientes como vitamina C e rico em compostos fenólicos, importantes na medicina popular.
O projeto é uma ação conjunta do ICMBio, Comissão Ilha Ativa (CIA), associações de pescadores e moradores da Ilha das Canárias e a Rare Brasil. Nessa fase inicial, a ideia é estimular o uso diversificado do caju, aproveitando o período de safra, mas, no futuro, outros produtos tradicionais da comunidade deverão ser incluídos nas ações.
Comunicação ICMBio
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