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Projeto de energia solar avança em UC na Paraíba
Só este ano, foram gerados 49,1 mil KWh, permitindo economia de R$ 31 mil para a Flona de Cabedelo. A partir de agora, divulgação dos dados ocorrerá mensalmente e sistema será aberto à visitação
Elmano Augusto
elmano.cordeiro@icmbio.gov.br
Brasília (04/04/2017) – O projeto de geração de energia fotovoltaica (solar) da Floresta Nacional (Flona) Restinga de Cabedelo, na região metropolitana de João Pessoa, litoral norte da Paraíba, produziu 12.289 KWh no mês de abril, informaram os gestores da unidade de conservação (UC) administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
A média foi de 409 KWh por dia. A produção permitiu uma economia de R$ 8.357 nos gastos de energia da Flona e demais unidades instaladas no seu interior, onde também funciona a sede da Coordenação Regional 6 (CR 6) e UAAF do ICMBio, e evitou a emissão durante o mês de 5,8 toneladas de CO2, um dos principais gases do efeito estufa.
O projeto passou a funcionar em agosto de 2016, quando foram produzidos durante o ano 46.970 KWh (economia de R$ 31.939,00 e 22,5 toneladas a menos de CO2 na atmosfera). Só para se ter uma ideia do crescimento, apenas nos quatro primeiros meses de 2017 já foram produzidas 49.139 KWh (economia de R$ 33.089 e evitada a emissão de 23,3 toneladas de CO2), pouco mais de 2 mil KWh do que em todo o ano passado.
Divulgação
Segundo Fabiano Gumier Costa, analista ambiental da UC e um dos idealizadores do projeto, a intenção é divulgar, a partir de agora, informes mensais sobre a geração de energia, para, de um lado, consolidar os dados de produção e, de outro, estimular a comunidade local e de cidades vizinhas a conhecer o projeto. A partir de junho, a Flona passará a agendar visitas para grupos de até 30 pessoas.
Financiado pelo Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (FNMC), do Ministério do Meio Ambiente (MMA), o projeto, que aproveita energia solar para produção de energia elétrica, tem o objetivo de gerar autossuficiência energética na Flona.
Mas, vai além disso: "Após reduzir gradualmente os custos com energia elétrica até sua total eliminação, pretendemos aportar energia para a rede de distribuição quando nosso consumo for inferior ao produzido pelo sistema", disse Gumier.
O projeto
A proposta que resultou na viabilização do projeto foi elaborada pelo analista ambiental Fabiano Gumier Costa e pelo analista administrativo Joseilson de Assis Costa, também lotado na Flona. Ela foi submetida em 2014 ao edital MMA/FNMC nº 1 e ficou em segundo lugar entre os seis projetos aprovados pelo fundo. Para a instalação do sistema na área da floresta nacional, foram investidos R$ 750 mil. A recuperação do investimento será possível após um período de 6 a 8 anos.
O projeto consiste numa planta de geração de energia elétrica por meio de fotocélulas, acopladas à rede de distribuição da Energisa, empresa concessionária de energia elétrica na Paraíba. O sistema é fotovoltaico, ou seja, quanto maior a intensidade do sol maior o fluxo de eletricidade obtido.
O projeto tem o apoio técnico do Centro de Energias Alternativas e Renováveis (Cear) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Segundo o professor doutor da Cear/UFPB, Zaqueu Ernesto da Silva, o sistema terá capacidade de 75 kW no pico, com uma produção anual estimada em 95 mil KWh de energia, evitando a emissão de 50 tonelas/ano de CO2.
A planta de geração serve também como unidade de demonstração e divulgação do uso da energia solar no ambiente urbano. Além disso, o projeto demonstrativo está associado ao Programa de Uso Público da Flona, direcionado para atividades de educação e intepretação ambiental.
O objetivo, de acordo com os analistas, é estreitar o contato da sociedade com as energias renováveis. A aplicação escolhida foi a mais útil, tanto para explicar de forma pedagógica os princípios de funcionamento quanto no quesito utilidade prática nos grandes estacionamentos de centros comerciais, por exemplo.
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280