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Projeto de Educação Ambiental é lançado para auxiliar na gestão das seis Unidades de Conservação do território da APA de Guaratuba
- Foto: Divulgação
Em prol da gestão territorial participativa foi lançado na última sexta-feira (24), o Projeto Político-Pedagógico mediado pela Educação Ambiental (PPPEA) dos territórios da Área de proteção Ambiental de Guaratuba, abrangendo os Parques Nacionais Guaricana e Saint-Hilaire/Lange, o Parque Estadual do Boguaçu, o Parque Natural Municipal da Lagoa do Parado e a Reserva Particular do Patrimônio Natural Encontro das Águas. O lançamento do PPPEA ocorreu em Guaratuba, no Hotel Spazio Marine.
A elaboração do PPPEA foi desenvolvida ao longo de dois anos, envolveu 63 atores sociais e 37 instituições do território. O lançamento contou com a presença de cerca de 100 pessoas durante a manhã, e na parte da tarde foi feito o planejamento dos próximos passos para implementação do projeto e criação da Rede Gestora do PPPEA do Território da APA de Guaratuba.
No sábado (25), na Praça dos Namorados em Guaratuba, ocorreu a Festa Feira do PPPEA para a comunidade. Foi um momento de celebração e compartilhamento de projetos de educação ambiental, shows musicais e apresentações culturais.
O PPPEA é fruto de uma parceria entre o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio, responsável pela gestão das duas unidades de conservação federais, e o Instituto Água e Terra – IAT, órgão ambiental paranaense responsável pela APA de Guaratuba e pelo Parque Estadual Boguaçu, que firmaram Acordo de Cooperação Técnica para a realização desse trabalho.
Ao longo dos dois anos, foram realizadas dez oficinas em diferentes municípios do território e inúmeras reuniões, demonstrando o comprometimento na construção de um documento orientador para ações de educação ambiental no território, fundamental para a conservação da biodiversidade e para a preservação dos modos de vida tradicionais.
A abordagem participativa foi o alicerce sobre o qual foi construída cada etapa dessa jornada. Cada voz, cada perspectiva, cada saber, cada experiência foi considerada e valorizada durante o processo. Somente através da inclusão e da diversidade de pensamento será possível alcançar soluções abrangentes e eficazes para a gestão dos territórios de forma colaborativa e integrada.
O PPPEA visa orientar o planejamento e a implementação de ações educativas, envolvendo as unidades de conservação, seus entornos e zonas de amortecimento, promovendo a integração e o fortalecimento da participação e controle social nos processos de gestão ambiental pública, buscando atuar na gestão de conflitos diagnosticados na construção do projeto.
“Nunca havia vivenciado um processo de construção com tantos atores envolvidos. A parceria com o ICMBio e o IAT e demais parceiros tem sido verdadeiramente enriquecedora. As oficinas na UFPR Litoral e demais territórios têm sido arenas de diálogos e reflexões e juntos a gente explorou os intrincados caminhos que levam à melhoria da qualidade de vida efetivamente das diversas comunidades que aqui constroem suas vidas e resistem. Nessa vivência de dois anos temos nutrido o entendimento mútuo e a consciência coletiva sobre as importâncias vitais das nossas ações e o poder da colaboração e da educação, como pilares fundamentais para uma gestão territorial sustentável no qual todos sejam beneficiados”, declarou na mesa de abertura do lançamento a professora Vanessa Marion Andreoli, Diretora da Universidade Federal do Paraná – UFPR Setor Litoral, que participou ativamente de todo o processo.
“Cabe esclarecer o contexto de que a Educação Ambiental no Brasil foi abordada pela primeira vez em 1981, na Política Nacional de Meio Ambiente, sendo reafirmada na Constituição de 1988, e em 1999 foi instituída como Política Pública pela Lei n.º 9.795. Desde então, acredita-se que por meio da Educação Ambiental seria possível formar uma geração de indivíduos voltada à cultura da sustentabilidade”, escreveu na introdução do documento do PPPEA a pedagoga e educadora ambiental da Equipe Técnica do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Proteção ao Meio Ambiente e de Habitação e Urbanismo do Ministério Público do Paraná – MPPR, Wanderleia Aparecida Coelho.
Para a sua implementação, a nova Rede Gestora será responsável pela articulação e coordenação das ações previstas no Plano. O próximo passo é o detalhamento de como executar os cinco projetos eleitos como prioritários para execução no território.
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