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Presidente destaca importância dos conselhos
Brasília (27/04/2012) – “As agendas dos conselhos precisam ser fortalecidas, pois trata-se de um importante espaço de controle e articulação social, proporcionando a sempre necessária intervenção da sociedade na gestão das nossas unidades e da biodiversidade”, disse o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Roberto Ricardo Vizentin, ao participar, entre os dias 20 e 21, no Amazonas, do I Encontro Regional de Conselheiros de Unidades de Conservação do Médio e Alto Solimões.
O evento foi promovido pelo Núcleo de Gestão Integrada (NGI) de Tefé (AM), em parceria com a Divisão de Gestão Participativa da Diretoria de Ações Socioambientais e Consolidação Territorial em Unidades de Conservação do ICMBio. Teve apoio do Projeto PNUD BRA 08/023 e da WWF Brasil.
Participaram do evento gestores da Estação Ecológica (Esec) Jutaí-Solimões, da Floresta Nacional (Flona) de Tefé e das reservas extrativistas (Resex) do Baixo Juruá, do Rio Jutaí, Auati-Paraná e do Médio Juruá, três convidadas, a título de intercâmbio, das reservas extrativistas Ituxi, do Médio Purus e do Rio Unini, além do diretor de Ações Socioambientais e Consolidação Territorial em UCs do ICMBio, Daniel Penteado, e representes de movimentos sociais.
O evento teve como objetivo principal fortalecer os espaços de participação social na gestão das unidades de conservação federal (UCs), levando em consideração a realidade local e buscando ações mais efetivas na proteção da sociobiodiversidade e inclusão social. Três eixos nortearam o encontro: manejo dos recursos naturais; educação ambiental e organização comunitária; e gestão participativa nas UCs.
No seu discurso, o presidente do ICMBio, Ricardo Vizentin, afirmou ainda que, além do investimento da participação social, “há uma próxima etapa de organização da produção com ênfase na diversificação de alternativas de extrativismo sustentável”. Um exemplo são as unidades do Médio e Alto Solimões que fazem predominantemente manejo do pirarucu, da castanha, do açaí, além de óleos essenciais. A expectativa é ampliar a produção para outros itens, como manejo florestal madeireiro e não madeireiro e culturas agrícolas – mandioca, banana, melancia e batata doce.
Além de promover interação entre os participantes, o encontro evidenciou os importantes avanços que as UCs da região estão tendo na agenda de sensibilização e mobilização social voltada à gestão e conservação da sociobiodiversidade. Nessa área, a atuação do Instituto é reconhecidamente destacada. Entretanto, problemas estruturais como a regularização fundiária das nossas UCs ainda são entrave bastante importante para os trabalhos de gestão dessas áreas.
Como produtos finais, serão elaborados um concept-paper (resumo) com foco na divulgação dos resultados do encontro para o público técnico e científico, uma cartilha didática para divulgação dos resultados para a base dos conselhos gestores das unidades de conservação e a Carta de Tefé, na qual se apresentam propostas para a região de ações voltadas ao fortalecimento da participação social no campo do manejo dos recursos naturais e na gestão das UCs.
Comunicação Social
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