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Presidente abre seminário de pesquisa do ICMBio
E destaca o repasse de R$ 4 milhões feito pelo ICMBio ao CNPq para projetos relativos à ciência da conservação em 19 UCs na Caatinga e Mata Atlântica. Evento segue até a quinta
Carla Viviane
ascomchicomendes@icmbio.gov.br
Brasília (12/09/2017) - O presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ricardo Soavinski, abriu nesta terça (12), no auditório do Instituto, em Brasília, o IX Seminário de Pesquisa e IX Encontro de Iniciação Científica. O evento segue até a quinta-feira (14) com palestras, debates e apresentação de trabalhos de pesquisadores do órgão, de fora e de estudantes bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic). Veja abaixo a programação completa.
Soavinski destacou o recente repasse de R$ 4 milhões feito pelo ICMBio a projetos de pesquisa em 19 unidades de conservação federais nos biomas da Caatinga e Mata Atlântica.
A seleção para os projetos está aberta até 6 de outubro
e conta com a parceria do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e das fundações estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs).
“Uma boa gestão parte do conhecimento que vem da pesquisa. E a parceria com o CNPq tem ajudado a gerar esse conhecimento”, argumentou Soavinski, ressaltando que os R$ 4 milhões são oriundos de compensação ambiental de duas grandes obras, a integração do Rio São Francisco com as bacias hidrográficas do Nordeste Setentrional e o gasoduto Cacimba-Catue.
O presidente substituto do CNPq, Marcelo Morales, que também participou da abertura do evento, disse que a parceria com o ICMBio para projetos de pesquisa com recursos da compensação ambiental começou em 2011 focado no bioma da Caatinga. Desse trabalho, nasceu também um livro com os resultados. Agora, segundo ele, essa nova parceria contempla uma pesquisa mais ampla.
A nova chamada, que está no site do CNPq, inclui o bioma Mata Atlântica, além da Caatinga, num total de 19 unidades de conservação, e envolve as FAPs nos estados. ”A parceria entre ICMBio e CNPq é o oferecimento do que cada um tem de melhor, gerando conhecimento. A iniciação científica é transformadora”, afirmou.
Tomada de decisões
O diretor de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade do ICMBio, Marcelo Marcelino, também ressaltou a importância da parceria com o CNPq para desenvolver pesquisas nas unidades de conservação. De acordo com ele, a pesquisa ajuda a tomar decisões, sem perder de vista a conservação do patrimônio da biodiversidade.
Marcelino citou o banco de espécies do ICMBio, que avalia o estado de conservação de mais de 12 mil animais veterbrados e inverterbrados. Segundo ele, para montar o catálogo foram necessárias pesquisas em muitos artigos científicos, trabalho que representa hoje um dos mais completos diagnósticos sobre o estado de conservação da fauna brasileira. “O resultado é que esses 12 mil estão sendo protegidos, e que 170 espécies já sairam da lista de animais ameaçados”, afirmou.
Já a coordenadora-geral de Pesquisa e Monitoramento da Biodiversidade do ICMBio, Katia Torres Ribeiro, disse que a pesquisa está no DNA da conservação da biodiversidade no ICMBio. “A investigação científica, quando atrelada a estratégia de gestão do conhecimento e em diálogo com as demais formas de conhecimento, é um dos pilares da gestão ambiental, para o delineamento dos problemas fundamentais, das estratégias e para avaliação do sucesso das ações, tão importantes dado o desafio de gerir 324 unidades de conservação e promover estratégias de conservação da fauna brasileira em contextos sempre mutantes", complementou.
Dez anos
O tema da 9ª edição do seminário é ICMBio - 10 anos de aprendizado em pesquisa para a conservação, já que o órgão completou uma década de existência no mês de agosto. Além de apresentar a experiência em pesquisa adquirida pelo ICMBio ao longo de sua trajetória, o evento busca provocar reflexões sobre os avanços que a pesquisa trouxe para a gestão e o manejo das unidades de conservação e espécies ameaçadas e ajudar a enxergar como a pesquisa pode fortalecer a instituição no enfrentamento dos desafios de conservação para a próxima década.
Além dos servidores e bolsistas do ICMBio envolvidos direta ou indiretamente com pesquisa para a conservação, o instituto tem cadastrados no Sistema de Autorização e Informação da Biodiersidade (Sisbio) 49.160 pesquisadores e 19.042 pesquisas autorizadas, distribuídas em todos os biomas.
O seminário representa também a conclusão de ciclo do Pibic, conduzido em parceria com o CNPq, quando os alunos têm a oportunidade de reunir-se para divulgar os resultados dos projetos desenvolvidos com seus orientadores aos demais colegas e trocar experiências com servidores da casa e o público externo.
Painel
Na programação de amanhã (13) está previsto um painel sobre “Como as estratégias de gestão socioambiental se traduzem em conservação a natureza”. No período da tarde, serão realizadas duas mesas-redondas: “Estratégias de comunicação e sensibilização da sociedade em relação à conservação da natuereza” e “Abordagens inovadoras de pesquisa para a conservação da natureza”.
O encerramento do Seminário e Encontro de Iniciação Científica, na quinta-feira, contará com a apresentação e premiação dos trabalhos mais bem avaliados do Pibic/ICMBio. Além disso, haverá uma mesa rendonda sobre o tema “Os desafios da gestão de dados, informações e conhecimento” e duas palestras sobre “Valores culturais e espirituais das unidades de conservação”.
Serviço:
O quê: IX Seminário de Pesquisa e IX Encontro de Iniciação Científica do ICMBio
Onde: Auditório do ICMBio (EQSW 103/104, Sudoeste, Complexo Administrativo, Bloco C)
Quando: De hoje (terça) a quinta, das 9h às 12h e das 14h às 18h
. O evento é aberto à participação do público interessado, independentemente da apresentação de trabalhos. As inscrições são gratuitas e realizadas durante o evento.
. Clique
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para ver a programação completa
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280