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Prática mobiliza sociedade em prol da conservação
Publicado em
02/05/2018 14h34
Com o objetivo de propagar experiências de parcerias e melhores práticas apresentadas no III Seminário de Boas Práticas e I Fórum Internacional de Parcerias na Gestão de Unidades de Conservação, apresentamos a boa prática “Restauração de Cerrado no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (PNCV): uma oportunidade para aproximar a sociedade da conservação”. Essa iniciativa é fruto da parceria do ICMBio, IBAM (unidade executora do projeto Parcerias Ambientais Público-Privadas - PAPP), e IPÊ - Instituto de Pesquisas Ecológicas. Acompanhe!
A Embrapa, a UNP, a Rede de Sementes do Cerrado, a Associação Cerrado de Pé, a Pequi Pesquisa e Conservação do Cerrado e o Norte Brasil Transmissão de Energia são os parceiros desta boa prática, apresentada como proposta no seminário, e que já está em andamento, tendo como objetivos desenvolver técnicas de restauração de semeadura mais baratas, aplicá-las em larga escala para a restauração de áreas degradadas no PNCV e entorno, e envolver a comunidade para aproximá-la da gestão da UC e da conservação do Cerrado.
Grandes desafios levaram à realização desta prática, como a existência de áreas degradadas no entorno e dentro do PNCV, foco de disseminação de espécies invasoras e de fogo para áreas íntegras, a desconexão das comunidades do entorno com a gestão do PNCV e perda de relação com o Cerrado. “O maior problema da restauração de áreas degradadas neste bioma são as gramíneas invasoras usadas como pastagem que, geralmente, não são adequadamente controladas. Além disso, os esforços de restauração focam exclusivamente no plantio de árvores, sendo que a maior parte da biodiversidade desta área está na espécies herbáceo-arbustivas. Associado a este problema, temos um baixo conhecimento e valorização destas espécies pelas pessoas em geral, o que favorece a conversão da vegetação nativa em atividades agropecuárias”, explica Alexandre Bonesso Sampaio, servidor do ICMBio.
Diante da observação de pastos abandonados dentro de unidades de conservação, onde não ocorre a regeneração natural de Cerrado, da invasão crescente por gramíneas invasoras dentro das UCs, da ineficácia das técnicas usuais de plantio de mudas de árvores para restauração, e da falta de conhecimento e pertencimento pelos moradores do entorno das UCs com relação às próprias unidades vizinhas e ao bioma, os gestores do ICMBio decidiram agir e buscar parcerias para solucionar este problema.
E, foi por conta das parcerias firmadas, que o projeto conseguiu desenvolver uma técnica de restauração por semeadura direta que possibilita a substituição da cobertura de gramíneas exóticas por especies nativas do estrato herbáceo-arbustivo do Cerrado. Esta técnica depende da coleta de sementes em larga escala e, por meio de treinamento e incentivo, conseguiu-se estabelecer uma rede de coletores autônomos na Chapada dos Veadeiros (Associação Cerrado de Pé) que conseguem disponibilizar sementes no mercado para além da chapada por meio da parceria com a Rede de Sementes do Cerrado.
Segundo Alexandre, a prática demonstrou que ações de pesquisa podem servir para agregar parceiros e aproximar a comunidade da gestão da UC e da conservação da biodiversidade. "A restauração é uma ação que, além dos benefícios evidentes relativos à conservação dos ecossistemas, é ainda uma excelente oportunidade para sensibilizar as pessoas para a importância da conservação e da manutenção das UC. O ato de semear uma espécie nativa e vê-la crescer está intimamente ligado ao imaginário da grande maioria das pessoas. O projeto aproveitou esta oportunidade e utilizou a restauração como uma ferramenta de mobilização da sociedade do entorno em prol da conservação", finaliza o servidor.
Segundo Alexandre, a prática demonstrou que ações de pesquisa podem servir para agregar parceiros e aproximar a comunidade da gestão da UC e da conservação da biodiversidade. "A restauração é uma ação que, além dos benefícios evidentes relativos à conservação dos ecossistemas, é ainda uma excelente oportunidade para sensibilizar as pessoas para a importância da conservação e da manutenção das UC. O ato de semear uma espécie nativa e vê-la crescer está intimamente ligado ao imaginário da grande maioria das pessoas. O projeto aproveitou esta oportunidade e utilizou a restauração como uma ferramenta de mobilização da sociedade do entorno em prol da conservação", finaliza o servidor.
Sobre o Seminário e Fórum
O III Seminário de Boas Práticas na Gestão de Unidades de Conservação e I Fórum Internacional de Parcerias na Gestão de Unidades de Conservação ocorreu em Brasília de 27 a 29 de novembro de 2017. Ao todo 46 boas práticas realizadas em UCs federais e estaduais foram apresentadas, com objetivo de difundir experiências bem sucedidas na gestão de unidades de conservação com potencial de replicação.
O evento foi realizado pelo ICMBio em parceria com o IPÊ - Instituto de Pesquisas Ecológicas, Gordon and Betty Moore Foundation, Projeto Desenvolvimento de Parcerias Ambientais Público-Privadas apoiado pelo Banco Interamericano para o Desenvolvimento (BID), Caixa e Instituto Brasileiro de Administração Municipal (Ibam), Agência de Cooperação Técnica Alemã (GIZ) e outros parceiros.
Comunicação ICMBio
O evento foi realizado pelo ICMBio em parceria com o IPÊ - Instituto de Pesquisas Ecológicas, Gordon and Betty Moore Foundation, Projeto Desenvolvimento de Parcerias Ambientais Público-Privadas apoiado pelo Banco Interamericano para o Desenvolvimento (BID), Caixa e Instituto Brasileiro de Administração Municipal (Ibam), Agência de Cooperação Técnica Alemã (GIZ) e outros parceiros.
(61) 2028-9280