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População de Micos-Leões-de-Cara-Dourada será repatriada
O último levantamento do Instituto Pri-Matas identificou cerca de 106 indivíduos da espécie Mico-Leão-de-Cara-Dourada na cidade fluminense
Além das instituições finaciadoras como, a Fundação O Boticário, Lion Tamarin of Brazil Fund, Primate Action Fund, Margot Marsh Foundation, MBZ Species Conservation Fund, Câmara de Compensação Ambiental - Rio de Janeiro.
Segundo o último levantamento do Instituto Pri-Matas foram identificados aproximadamente 106 indivíduos da espécie Mico-Leão-de-Cara-Dourada na Serra da Tiririca, na cidade fluminense. Os animais se estabeleceram no local em decorrência de fuga de cativeiro e do tráfico de animais.
Com o objetivo de evitar que a aproximação entre as populações dessas espécies comprometa sua já fragilizada sobrevivência (ambas encontram-se em risco de extinção), favorecendo a indução de doenças, competição territorial e criação de um novo híbrido, entidades ambientais locais e nacionais se comprometeram no projeto de retirada da espécie potencialmente invasora e sua translocação para o sul da Bahia.
O programa de repatriação do Mico-Leão-de-Cara-Dourada está sendo desenvolvido conjuntamente pelo ICMBio, com a participação da Conservation International, da AMLD, do INEA, do Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CPRJ), da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo e do Instituto de Estudos Socioambientais do Sul da Bahia e será executado pelo Pri-Matas.
O Instituto Chico Mendes trabalha com o
Plano de Ação Nacional (PAN) para a Conservação dos Mamíferos da Mata Atlântica Central
que inclui metas e ações para 23 espécies ameaçadas de extinção como, por exemplo, as espécies de mico-leão. Coordenado pelo Centro de Primatas Brasileiros, o PAN tem como objetivo incrementar a viabilidade das espécies-alvo, com a reversão do declínio populacional e ampliação da extensão, conectividade e qualidade de seus habitats em áreas estratégicas dentro de cinco anos.
Mico-leão-da-cara-dourada
- Pequeno primata que habita tanto florestas ombrófilas mais próximas do litoral como florestas semideciduais mais interioranas. Os frutos representam o principal alimento, néctar e flores são consumidos em menor proporção, assim como ovos de aves e pequenos vertebrados. Os indivíduos dormem em ocos de árvores, mas podem utilizar também bromélias ou emaranhados de cipós. É uma espécie essencialmente de florestas bem conservadas.
Mico-leão-dourado
- É um primata endêmico da Mata Atlântica de baixada costeira do Estado do Rio de Janeiro. A espécie presenta as maiores áreas de uso entre os primatas da família Callitrichidae. Vive em grupos familiares com uma média de 6 micos por grupo, podendo variar de 2 a 14 indivíduos. A dieta é constituída por frutos, néctar, invertebrados, pequenos vertebrados e exsudatos.
Ascom/ICMBio
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