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Poluição das águas ameaça pato-mergulhão
ICMBio faz apresentação especial sobre a espécie no 8º Fórum Mundial das Águas
Águas límpidas, tranquilas e transparentes. Essas são as condições necessárias para a sobrevivência do pato-mergulhão (Mergus octosetaceus). Águas turvas dificultam que o pato consiga alimentos, já que ele literalmente mergulha para caçar suas presas.
Como forma de alertar a sociedade para o perigo de extinção do pato-mergulhão, o ICMBio fará apresentação especial sobre a espécie no 8º Fórum Mundial das Águas, no dia 20/03, às 17h. Haverá a mostra de um vídeo institucional sobre a espécie e a participação do presidente do órgão, Ricardo Soavinski e do Chefe de Gabinete do Ministério do Meio Ambiente (MMA), José Pedro e da presidente do Instituto Terra Brasilis, Sônia Rigueira, que há anos trabalha na conservação do Parque Nacional da Serra da Canastra, principal habitat do pato-mergulhão.
As autoridades assinarão Carta de Apoio para institucionalizar essa ave tão importante e tão ameaçada como símbolo das águas brasileiras. O ICMBio também vai disponibilizar toy-arts (dobraduras) da espécie para quem quiser levar, mesmo simbolicamente, um pouco do pato-mergulhão consigo.
A crescente poluição das águas, a alteração dos rios por projetos hidrelétricos, o assoreamento dos cursos d’água e outras formas de degradação dos ambientes aquáticos dificultam a sobrevivência dessa espécie. Atualmente, ela é classificada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pela classificação de espécies ameaçadas de extinção, como criticamente em perigo.
Existem somente 250 indivíduos do espécime no Brasil, sendo que a maioria se encontra nas unidades de conservação federais: Parque Nacional da Serra da Canastra (MG) e Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (GO) (geridos pelo ICMBio). Há populações também na Serra do Salitre (MG), na região do Jalapão (TO) e alguns, em cativeiro, no Zooparque de Itatiba. São 21 patos que estão no contexto do Programa de Manejo Populacional Integrado.
Unidades de Conservação: fonte de água, vida e sociobiodiversidade
As unidades de conservação (UCs) cumprem um papel decisivo para a conservação dos recursos hidrológicos do país, afinal, elas protegem as nascentes e mananciais de água em todas bacias hidrográficas do país responsáveis por abastecer e gerar energia para milhões de brasileiros.
Casos assim ocorrem no Distrito Federal, onde quase 100% da água usada por mais de 2,5 milhões de pessoas vem de reservatórios e pequenas captações protegidas pela APA do Descoberto, pela Floresta Nacional e pelo Parque Nacional de Brasília, que são responsáveis pela sobrevivência das nascentes que irrigam a região do Descoberto e o Lago de Santa Maria.
As águas das unidades ajudam a compor a beleza cênica e paisagística da natureza em nosso país. De cachoeiras a praias, as quedas d’água, lagoas, lagos e costas são atrativos importantes nas unidades de conservação, que recebem milhares de visitantes. O Parque Nacional do Iguaçu, segundo local mais visitado pelos estrangeiros no nosso país, é reconhecido como uma das Sete Maravilhas Naturais.
O Brasil é o país de maior biodiversidade do mundo e esta riqueza também habita nossas águas. Algumas espécies, como o pato mergulhão, o peixe-boi e o boto-cor-de-rosa, estão ameaçadas de extinção. As unidades de conservação são reconhecidamente a principal estratégia de conservação da biodiversidade.
O papel das unidades de conservação na proteção das águas brasileiras também será assunto de debate durante o 8º Fórum Mundial da Água no auditório do Espaço Brasil. Após o evento, haverá um coquetel oferecido pela Fundação Banco do Brasil.
Serviço ICMBio no Fórum Mundial da Água
Unidades de Conservação: fonte de água, vida e sociobiodiversidade
Dia: 20/03 (terça-feira)
Local: Auditório do Espaço Brasil na Expo - Estacionamento do Estádio Mané Garrincha
Horário: 15:20
Pato-mergulhão - Embaixador das Águas Brasileiras
Dia: 20/03 (terça-feira)
Local: Espaço Brasil na Expo - Estacionamento do Estádio Mané Garrincha
Horário: 17:00
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280