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PLANO PARA CONSERVAÇÃO DE CORAIS ESTÁ SENDO ELABORADO
Encontro é organizada pelo CEPSUL em parceria com a Petrobras
Brasília- (09/04/2014) – O Plano de Ação Nacional para Conservação dos Ambientes Coralíneos (PAN Corais) está sendo elaborado, em uma oficina iniciada no dia 7 de abril e encerrada do dia 11 de abril, no Centro de Convenções do Arraial d' Ajuda Eco Resort, no sul da Bahia. O objetivo do encontro é definir as ações de conservação para 20 espécies marinhas ameaçadas e determinar outras 35 espécies, que serão beneficiadas, entre corais, peixes ósseos, elasmobrânquios, equinodermos e poliquetas, assim como 18 áreas prioritárias desde o Parcel de Manuel Luís, no Maranhão, até o Arvoredo, em Santa Catarina, além de ambientes coralíneos de profundidade. A oficina é organizada pelo Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros do Litoral Sudeste e Sul (CEPSUL), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em parceria com o Projeto Coral Vivo, com patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Ambiental.
Na ocasião serão apontadas quais as maiores ameaças aos ambientes coralíneos, estabelecendo o objetivo geral e a visão de futuro do Plano, objetivos específicos, e a seguir, o principal: definir as ações que serão realizadas nos próximos cinco anos, visando a conservação dos ambientes coralíneos e os responsáveis por essas ações. "O PAN Corais busca potencializar as ações que já estão sendo realizadas por ONGs, governos de diferentes esferas, centros de pesquisa, órgãos de licenciamento, entre outros. O intuito é minimizar as ameaças, conforme a governança de cada participante, nas áreas específicas", explica Fátima Pires de Almeida Oliveira, da Coordenação de Planos de Ação Nacionais de Espécies Ameaçadas de Extinção, do ICMBio.
Para a elaboração do Plano de Ação, foram selecionadas as áreas de maior biodiversidade marinha do Brasil, ligadas aos ambientes coralíneos. "Uma região incluída é o Extremo Sul da Bahia, onde fica o Banco dos Abrolhos, que terá nesse encontro um momento de grande debate, por abrigar o maior número de espécies do Atlântico Sul, por todos os problemas de conservação que enfrenta, e toda a sensibilização da sociedade com a atual campanha Adote Abrolhos", ressalta o biólogo marinho Clovis Castro, coordenador-executivo do PAN Corais e coordenador-geral do Projeto Coral Vivo, sediado no Museu Nacional/UFRJ.
Esses ambientes, por suas características peculiares e complexas, sofrem um conjunto de pressões. Neles, são encontradas várias espécies que já apresentam declínios populacionais ou sofrem impactos que as colocam em risco de extinção. "Algumas espécies que usam os ambientes coralíneos formam densas agregações, para a reprodução por exemplo, tornando-se muito vulneráveis à pesca, que se praticada de forma excessiva, desordenada ou em áreas críticas, pode levar a declínios populacionais preocupantes. Outras espécies, por usa vez, estão ligadas ao mercado de aquariofilia, sendo que coletas excessivas também podem levar a desequilíbrios populacionais", afirma a coordenadora do CEPSUL/ICMBio e coordenadora-geral do PAN Corais, Roberta Aguiar. Ela cita também outras pressões que estes ambientes vêm sofrendo como a mineração, sedimentação e poluição em razão das drenagens das bacias hidrográficas das regiões costeiras, ocupação e uso inadequado da zona costeira, como a expansão imobiliária e o turismo.
Está prevista a presença de 100 atores-chave, de diferentes segmentos das áreas governamentais e não governamentais. A mesa de abertura do evento, na última segunda-feira (07/04), foi composta pelo presidente do ICMBio, Roberto Vizentin, pela representante da Petrobras, Rosane Aguiar, pelo secretário de Meio Ambiente do município de Porto Seguro, Benedito Gouvêa, pelo coordenador regional da CR-7, Apoena Figueiroa, além do representante do Coral Vivo, Clovis Castro, e da coordenadora do CEPSUL/ICMBio e coordenadora-geral do PAN Corais, Roberta Aguiar.
Comunicação ICMBio
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