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Fauna do São Francisco é contemplada em Plano de Ação Nacional
PAN visa à conservação de oito espécies de peixes ameaçados de extinção
PAN visa à conservação de oito espécies de peixes ameaçados de extinção
Brasília (10/06/2015) – O Plano de Ação Nacional para a Conservação das Espécies Ameaçadas de Extinção da Fauna Aquática da Bacia do Rio São Francisco – PAN São Francisco – contempla oito espécies de peixes ameaçados de extinção, classificados como Criticamente em Perigo (CR), Em Perigo (EN) ou Vulnerável (VU), segundo os critérios da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN). O Plano de Ação estabelece, ainda, estratégias para proteção de outras seis espécies de peixes, inseridas na categoria Quase Ameaçada (NT). O PAN foi publicado no Diário Oficial da União, em 28 de maio.
O PAN São Francisco é coordenado pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Peixes Continentais (Cepta/ICMBio), com supervisão da Coordenação Geral de Manejo para Conservação (CGESP/ ICMBio). Seu objetivo primordial é ampliar o conhecimento sobre as espécies ameaçadas e conter as atividades impactantes, promovendo a conservação e a recuperação da fauna aquática do São Francisco dentro dos próximos cinco anos.
De acordo com o analista ambiental do Cepta, Cláudio Fabi, responsável pela coordenação do Plano, as ações serão inicialmente concentradas na região do alto São Francisco, estado de Minas Gerais, onde a ocorrência das espécies é maior. "Mesmo em uma área que não abrange toda a bacia, os resultados das ações são promissores, podendo levar a uma recuperação substancial dessas espécies", avaliou.
Em relação aos objetivos específicos do PAN, o coordenador destaca a recuperação das matas ciliares do São Francisco, a capacitação dos órgãos locais de fiscalização, o trabalho de conscientização sobre espécies ameaçadas junto aos pescadores da região, a diminuição dos impactos causados pelos empreendimentos de mineração, além de uma maior fiscalização sobre o uso de agrotóxicos nas margens do rio.
"Também pretendemos discutir a questão das espécies exóticas invasoras que prejudicam as espécies ameaçadas e articular com os municípios a implantação do tratamento de água onde isso ainda não ocorre, a fim de minimizar o impacto do esgotamento sanitário sobre o rio. Outro objetivo do Plano é aprofundar os estudos na região do baixo São Francisco, aumentando o conhecimento sobre as espécies nessa área", completou.
Ainda segundo Fabi, o presidente do ICMBio, Cláudio Maretti, designou um Grupo de Assessoramento Técnico para auxiliar no acompanhamento da implementação do PAN São Francisco. O Plano deverá ser monitorado anualmente, com uma avaliação intermediária, prevista para ocorrer na metade do período de vigência do PAN, e uma avaliação final após o seu término.
Conheça o trabalho desenvolvido pelo Cepta/ICMBio .
Saiba mais sobre o PAN São Francisco .