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Pesquisadores voltam ao mar nesta segunda
Especialistas da Ufes, Uerj e Furg iniciam mais uma expedição à área marinha atingida pela lama da Samarco. Desta vez, eles farão coletas entre Aracruz e Degredo, no litoral de Linhares
Sandra Tavares
sandra.tavares@icmbio.gov.br
Brasília (02/12/2016) – Pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) estão dando sequência ao monitoramento marinho. Com colegas da Universidade Federal do Rio Grande (Furg) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), eles voltam ao mar na próxima segunda-feira (5) para dar continuidade à análise em campo dos impactos da pluma de sedimentos na foz do rio Doce.
Desta vez, a expedição se dará a bordo do navio de pesquisas Abaeté, contratado pela Fundação Renova, instituição autônoma e independente constituída para reparar os danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, de propriedade da Samarco Mineração, localizada em Mariana (MG).
A expedição realizará coletas entre Aracruz (ES) e Degredo no litoral de Linhares (ES). “Serão coletadas amostras de água, sedimento e organismos vivos, como peixes, camarões e plâncton”, explica Nilamon de Oliveira Leite Júnior, analista ambiental do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Tartarugas Marinhas (Tamar), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Segundo o professor do Departamento de Oceanografia da Ufes, Alex Bastos, esta quinta expedição tem, entre outros objetivos, o de aprofundar a avaliação do impacto causado pelos rejeitos de mineração, caracterizando as principais mudanças causadas no ambiente marinho e apontando os possíveis impactos ambientais, além de nortear medidas necessárias para proteção do ambiente.
Sobre a Fundação Renova
A
Fundação Renova
foi criada em 30 de junho e iniciou suas operações dia 2 de agosto de 2016. Fruto da assinatura do Termo de Transação de Ajustamento de Conduta (TTAC), ocorrido dia 2 de março, entre a Samarco, Vale e BHP e os governos Federal e Estaduais de Minas Gerais e Espírito Santo.
Ela é a responsável pela gestão e execução dos programas socioambientais e socioeconômicos aprovados no acordo definidos pelas Câmaras Técnicas e aprovados no âmbito do Comitê Interfederativo (CIF). Cabe à Fundação Renova monitorar, reparar, restaurar e reconstruir as comunidades e ambientes impactados pelo rompimento da barragem de Fundão.
Histórico das expedições
A primeira expedição foi feita a bordo do navio Vital de Oliveira, da Marinha, entre os dias 26 de novembro e 2 de dezembro de 2015, cinco dias após a lama chegar ao mar de Regência (ES). A segunda expedição foi feitapelo navio Soloncy Moura, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), no período de 27 de janeiro a 2 de fevereiro de 2016.
Entre os dias 15 de fevereiro e 19 de fevereiro foi realizada a terceira expedição, a bordo do navio Antares, da Marinha, somente com uma equipe da Ufes. A quarta expedição também foi realizada pelo navio Soloncy Moura no período de 19 a 30 de abril.
Pesca continua proibida
A pesca na região da foz do Rio Doce continua proibida, compreendendo a zona de amortecimento da Rebio Comboios, indo de Degredo, em Linhares, até Barra do Riacho, em Aracruz, limitando-se à profundidade de 20 metros.
Comunicação ICMBio – (61) 2028-9280 – com Comunicação Tamar – (27) 3222-1417