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Pesquisa que teve apoio do Tamar é finalista em concurso
Final do Science Slam Brazil será nesta quinta (22). Veja como assistir
Final do Science Slam Brazil será nesta quinta (22). Veja como assistir
Brasília (21/10/2015) – O projeto de pesquisa "Tartarugas marinhas híbridas da costa brasileira", da professora Maíra Proietti, do Instituto de Oceanografia da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), é um dos cinco finalistas do concurso de divulgação científica Science Slam Brazil, promovido pela Comissão Europeia. A etapa final será nesta quinta-feira (22), com transmissão ao vivo pela internet. A professora trabalha há mais de dez anos com tartarugas marinhas, tendo o Tamar/ICMBio como parceiro.
A grande final do Science Slam Brasil ocorrerá na Casa da Ciência, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no Rio de Janeiro, no âmbito da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, edição 2015. Cada um dos cinco finalistas fará uma apresentação do seu trabalho, em inglês ou português, com duração de até 10 minutos. Os finalistas serão avaliados com base em sua capacidade de capturar a atenção da audiência com uma apresentação precisa, acessível e original do seu tema de pesquisa.
. Para assistir à final do concurso ao vivo, os interessados devem se inscrever aqui . E nesta quinta-feira (22), a partir das 18h, poderão acompanhar as apresentações dos trabalhos e votar, por meio do canal do evento no youtube .
Projeto surgiu em 2012
Maíra trabalha com ecologia molecular de tartarugas marinhas, principalmente estudos populacionais. O projeto com as tartarugas híbridas surgiu em 2012, quando se deparou com animais híbridos nas amostras de tartarugas-de-pente (Eretmochelys imbricata) imaturas que coletou para o doutorado. O Tamar contribuiu para a pesquisa da professora Maíra Proietti, fornecendo amostras dos animais, e também auxiliou na análise, interpretação e discussão dos resultados.
O projeto ainda está em andamento no Laboratório de Ecologia Molecular Marinha da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), sob coordenação da professora. O objetivo da pesquisa é estudar a distribuição, ecologia e sobrevivência das tartarugas marinhas híbridas para entender se o hibridismo é prejudicial a elas e ajudar na elaboração de estratégias de manejo destes animais.
Hibridismo já era estudado pelo Tamar
O Tamar/ICMBio realiza desde 2011 a pesquisa “Hibridismo em tartarugas marinhas na costa brasileira: uma análise genética, ecológica e comportamental”, que busca entender o processo de hibridismo entre as espécies cabeçuda e de-pente (Caretta caretta e Eretmochelys imbricata), e cabeçuda com oliva (Caretta caretta com Lepidochelys olivacea).
O estudo é fruto da tese de doutorado de Luciano Soares, em finalização no Archie Carr Center, com orientação da doutora Karen Bjorndal e o doutor Alan Bolten, do Departamento de Biologia da Universidade da Flórida, com a colaboração da doutora Eugenia Naro-Maciel, do College of Staten Island. A pesquisa amplia o conhecimento sobre a relação entre essas espécies, além de esclarecer algumas curiosidades sobre o deslocamento dos animais após a reprodução e o comportamento em áreas de alimentação.
Saiba mais
Criado há 35 anos, o Projeto Tamar é uma cooperação entre o Centro Tamar/ICMBio e a Fundação Pró-Tamar. Trabalha na pesquisa, proteção e manejo das cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil, todas ameaçadas de extinção: tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta), tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), tartaruga-verde (Chelonia mydas), tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea) e tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea).
Segundo o coordenador Nacional do Tamar/ICMBio, João Carlos Thome, o projeto protege cerca de 1.100 quilômetros de praias e está presente em 25 localidades, em áreas de alimentação, desova, crescimento e descanso das tartarugas marinhas. Abrange litoral e ilhas oceânicas que vão do Ceará a Santa Catarina. Reconhecido internacionalmente como uma das mais bem sucedidas experiências de conservação marinha do mundo, seu trabalho socioambiental, desenvolvido com as comunidades costeiras, serve de modelo para outros países.
Comunicação ICMBio - (61) 2028-9290 - com informações do Tamar